A Secretaria Estadual de Economia apontou em nota técnica enviada no fim de abril à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) que quatro dos sete poderes e órgãos autônomos em Goiás fecharam o ano de 2023 com despesas primárias acima do limite estabelecido pelo Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O teto de gastos, previsto na Lei Complementar 159/2017, deixou de ter fiscalização individual pelo Tribunal de Contas (TCE-GO) em fevereiro, a partir de Emenda Constitucional que passou a considerar apenas o resultado global, que continua positivo. Os números levados pelo Executivo à STN mostram que o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) ultrapassou o teto em R$ 150,2 milhões, no fechamento do ano passado. O número é relativo à diferença entre a despesa primária, em valores corrigidos, de R$ 1,880 bilhão, e o limite estabelecido no RRF, que é a despesa registrada em 2021, de R$ 1,730 bilhão, somada à inflação do período.