A Prefeitura de Goiânia avançou nas negociações com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para a requalificação do Grande Hotel, prédio histórico localizado na Avenida Goiás com a Rua 4, no Centro da capital. Em reunião na última quarta-feira (5), na Secretaria de Relações Institucionais (SRI), em Brasília, no gabinete do ministro Alexandre Padilha, com a presença do secretário-executivo da pasta, Olavo Noleto, e uma comissão do INSS, o secretário de Governo da Prefeitura, Jovair Arantes (Republicanos), firmou acerto por mais dois anos de aluguel e quitação da dívida do Paço referente a alugueis anteriores, em forma de reformas no prédio histórico.

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Segundo o secretário de Governo, o acordo será formalizado nas próximas semanas. “Haviam sido feitas tratativas anteriores, e nunca foi dado cabo nisso. Agora, estamos praticamente com uma solução encaminhada, mostrando a resolução das questões do problema”, afirmou Jovair ao POPULAR.

A data será fechada após reunião com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que realiza uma espécie de fiscalização da preservação do prédio. “Teremos reunião com o Iphan na semana que vem para finalizar o que o órgão quer que faça de reforma no prédio. A Prefeitura já tem o uso atual do prédio e vamos continuar alugando. Vamos fazer uma proposta de aluguel até que se termine a tratativa final por mais 24 meses, onde trocaríamos pela recuperação do que é necessário fazer no acordo com o Iphan para não ter nenhuma mexida na parte de art déco, porque é importante a preservação”, disse o secretário.

A intenção de requalificação do prédio vem de gestões anteriores, mas se intensificou depois que Rogério Cruz (SD) assumiu e com o envio do projeto Centraliza, em dezembro de 2023, para a Câmara de Goiânia. De acordo com a Secretaria de Finanças, o objetivo é que o prédio abrigue a Secretaria Municipal de Cultura (Secult).

Além disso, a previsão é que o local seja completamente revitalizado e transformado em um Centro Cultural, com Palácio da Música, museu e diversas atividades culturais. O intuito da Prefeitura é adquirir, nos próximos dois anos, o prédio avaliado em R$ 7 milhões.

A requalificação do Grande Hotel e o Jóquei Clube são prioridades no Centraliza, ao lado do calçadão da Avenida Anhanguera, entre a Avenida Tocantins e a Araguaia, e a revitalização do Bosque dos Buritis. A intenção era que, depois de aprovado o texto no legislativo, essas fossem as primeiras transformações de grande porte no Centro, e as demais ficassem para as próximas gestões.

Vaivém

Inaugurado em 1938, o Grande Hotel foi um dos três primeiros prédios construídos na capital. Idealizado para hospedar visitantes célebres. O local, considerado de luxo à época, era administrado por um arrendatário, que se endividou com o Estado, proprietário do edifício.

Em 1949, o prédio foi entregue pelo governo estadual para a Previdência para saldar dívidas e, nos anos 1980, o arrendatário foi despejado depois de o INSS entrar com uma ação na justiça. Tombado em 1991 como Patrimônio Histórico de Goiás, o Grande Hotel é um dos 22 imóveis em arquitetura art déco tombados em Goiânia.

Há décadas, a Prefeitura luta para adquirir o edifício. “O imóvel pertence aos servidores da união, há uma gestão do INSS em ter que repassar. Há até uma confusão, porque a gestão é do INSS e ele é responsável pelo imóvel. O Iphan é responsável pela questão da conservação, por se tratar de um prédio histórico em uma região histórica de art déco. Então, tem toda essa tratativa com todos esses órgãos: Advocacia-Geral da União (AGU), Iphan e o próprio INSS”, afirmou Jovair.

Em 2018, a lei 10.286 foi aprovada na Câmara e sancionada pelo então prefeito Iris Rezende (MDB) para a transferir o imóvel do INSS para o Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Goiânia (ISPM), para que a cessão ou venda da área fosse feita à Prefeitura. A cessão se devia a uma dívida do INSS com o município.

No entanto, a concretização da lei nunca ocorreu, segundo o secretário de Governo pela desatualização nos valores em discussão pelas duas partes. “Não foi consolidada na época”, informou Jovair.

“Naquela época, o encontro de contas empatava de certa forma. Era só uma questão de fazer a papelada imediata e não fizeram. Ao não fazer, o tempo passou, novas receitas ou débitos para lá e para cá foram adquiridos, não foram contabilizados conta a conta e a Prefeitura passou a dever”, acrescentou Jovair, que não soube precisar o valor da dívida da administração com a autarquia federal.

“Agora nós estamos fazendo uma nova tratativa e está muito boa a conversa. A União não quer problemas, o INSS não quer problemas e nem a Prefeitura. Estamos todos no mesmo caminho. A sintonia é uma só. Isso é muito positivo. Teremos o domínio do prédio pela Prefeitura. A solução que achamos foi essa”, afirmou o secretário.

O INSS possuía uma dívida com a Prefeitura em virtude de um “estoque” de compensação previdenciária decorrente da concessão de benefícios previdenciários. O “estoque”, conforme informações da Câmara de Goiânia, refere-se a créditos correspondentes aos valores acumulados anteriormente a 6 de maio de 1999, relativos às aposentadorias concedidas pela Administração Pública Municipal entre 5 de outubro de 1988 e 5 de maio de 1999.

Apesar disso, o município alugou o Grande Hotel em 2019 para sediar a Secretaria de Cultura, mas acumulou dívidas com o proprietário do imóvel ao longo dos anos. “A situação estava toda irregular, porque causa de acerto de contas que tinha, de dívidas entre o município e o INSS. No último encontro de contas que teve, o Íris (Rezende) quis receber dinheiro do INSS ao invés de ficar com o prédio”, afirmou a vereadora Sabrina Garcez (Republicanos), que comemorou o resultado da reunião durante sessão na última quinta-feira (6) na Câmara.

O POPULAR entrou em contato com Secult para saber se a pasta acompanha as tramitações e foi informado, por meio de nota que, conforme determinação do prefeito, “a negociação entre Prefeitura de Goiânia e o INSS referente a compra do prédio do Grande Hotel está sendo realizada pela Secretaria Municipal de Governo, que está em contato com a base nacional do instituto para deliberações”.

A pasta informou ainda que aguarda a definição mas continua o trabalho de conservação do local. “A Secult acompanha o andamento, aguarda novas decisões e segue cumprindo o papel de atuação e preservação do patrimônio cultural; confiante e na expectativa de que a questão seja resolvida e o prédio seja definitivamente municipal”.

O INSS também foi contatado, mas não retornou até o fechamento da edição.

Centraliza

Desde que foi enviado para a Câmara, o Centraliza tem atravessado diversos impasses. O projeto foi encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Legislativo em fevereiro deste ano, assim que os trabalhos foram retomados após o recesso parlamentar.

Foram realizadas audiências públicas com participação de técnicos, representantes de segmentos presentes no Centro e moradores para debater o projeto. Com as discussões, a Sefin decidiu reavaliar pontos do projeto que foram enviados à comissão por meio de emendas.

Depois do relatório de Sabrina ter sido aprovado, em abril, o projeto demorou cerca de duas semanas para entrar na pauta do dia das sessões ordinárias, onde foi aprovado em primeiro turno. Agora, o projeto enfrenta um óbice relacionado a qual comissão temática a proposta será debatida.

Enquanto parlamentares da base defendem que a Comissão de Habitação deve debater o projeto, vereadores de oposição acreditam que as questões orçamentárias se sobressaem às urbanísticas e reivindicam a discussão para Finanças.

A decisão da mesa diretora foi pela Comissão de Finanças. No entanto, o presidente Romário Policarpo (PRD) ainda deve apreciar dois requerimentos, de Pedro Azulão Jr. (MDB) e Henrique Alves (MDB), que solicitam que haja o encaminhamento para a Habitação.

Além disso, parlamentares de oposição, como Kátia Maria (PT) e Aava Santiago (MDB), defendem a manutenção de uma emenda da petista que prevê estudos de impacto de trânsito (EIT) e vizinhança (EIV) para futuras grandes obras. Enquanto isso, a base articula pela retirada da emenda da vereadora, sob alegações de que os estudos aumentariam a burocracia para os empreendimentos.

A relatora do projeto na CCJ e a base do prefeito afirmam que o Masterplan, cuja minuta está contida no projeto, já contempla estudos gerais da área. Conforme informado pela Sefin, o documento foi desenvolvido pelo escritório de arquitetura 23 Sul, de São Paulo, fruto de um Acordo de Cooperação Técnica entre a Prefeitura de Goiânia e a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), responsável pela contratação do serviço. Segundo a pasta, a elaboração do Masterplan não gerou qualquer custo para o poder municipal.

Aumentando os atuais impasses que envolvem o debate sobre o Centraliza, nesta semana, uma reunião entre representantes do Paço e Sabrina foi realizada na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio-GO) e comerciantes pediram a retirada do ponto que prevê o calçadão da Avenida Goiás. Pela proposta, com o calçadão, carros particulares não poderão transitar no local, apenas pedestres. Comerciantes temem que isso impacte negativamente a economia.

Prefeitura de Goiânia retoma diálogo sobre o Grande Hotel

Política

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Matéria - Política

Centraliza

A Prefeitura de Goiânia quer provar ao Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) e à Assembleia Legislativa (Alego) que o déficit geral da administração é de cerca de R$ 4 bilhões e, por isso, há cenário de <a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-pede-reavaliac-o-ao-tcm-sobre-calamidade-financeira-1.3222505" target="_blank">calamidade financeira</a> na capital. O número inclui dívidas com fornecedores, na área da saúde e de órgãos como a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e o Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas), além do resultado negativo contábil registrado ao longo de 2024.

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O decreto que determinou a <a href="https://opopular.com.br/politica/alego-n-o-aprova-calamidade-financeira-de-goiania-1.3222097" target="_blank">calamidade financeira</a> nas secretarias municipais da Fazenda e da Saúde foi publicado no Diário Oficial no dia 2 de janeiro. A matéria foi analisada pela Alego, que confirmou, na segunda-feira (20), a calamidade na Saúde, mas não aprovou a medida nas finanças da Prefeitura. O argumento foi a falta de informações técnicas que comprovem o cenário.

A decisão da Alego teve como base posicionamento do TCM-GO, encaminhado à Casa após pedido de diligência. Nos bastidores, existe a informação que parlamentares com base eleitoral em Goiânia tentam usar a oportunidade para negociar indicações no Paço.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-pede-reavaliac-o-ao-tcm-sobre-calamidade-financeira-1.3222505" target="_blank">Mabel pede reavaliação ao TCM sobre calamidade financeira</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/alego-n-o-aprova-calamidade-financeira-de-goiania-1.3222097" target="_blank">Alego não aprova calamidade financeira de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/decretos-de-mabel-s-o-questionados-por-adi-no-tj-go-1.3217229" target="_blank">Decretos de Mabel são questionados por ADI no TJ-GO</a></div>

Na Prefeitura, o entendimento é que, mesmo sem o aval da Assembleia, o decreto está em vigor e as medidas já tomadas no âmbito administrativo não precisam ser revogadas. A leitura é que, sem a aprovação do Legislativo goiano, a gestão apenas não poderia avançar em ações externas, como deixar de cumprir dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

De acordo com o titular da Fazenda, Valdivino Oliveira, o objetivo é que o TCM-GO reveja o parecer. No entanto, se o <a href="https://opopular.com.br/politica/decretos-de-mabel-s-o-questionados-por-adi-no-tj-go-1.3217229" target="_blank">decreto de calamidade</a> financeira não for aprovado, o secretário afirmou que “não há uma consequência maior”, pois as medidas internas foram tomadas “e são definitivas”.

“Quando publicamos o decreto, adotamos as medidas que tinham que ser tomadas em função dele. Nós contingenciamos todo o orçamento da Prefeitura, estamos renegociando todos os contratos, cortando gastos, e agora vamos criar um Comitê Gestor de Gasto. Tudo aquilo que nós tínhamos que fazer em função da calamidade, nós já fizemos. Agora é recolher os resultados. (...) A aprovação da Assembleia é importante só para convalidar o ato, mas nós já aplicamos o ato”, disse Oliveira.

<h2>Análise</h2>

Em despacho assinado pelo presidente Joaquim de Castro, o TCM-GO cita o <a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-vai-a-camara-atras-de-apoio-em-meio-a-crise-fiscal-1.3193752" target="_blank">déficit fiscal</a> da Prefeitura, em 2024, de R$ 474 milhões (5,25% da receita arrecadada no período), apontado em relatório elaborado pela Comissão de Transição de Governo. Para o tribunal, embora o dado indique desequilíbrio fiscal, “não compromete de maneira substancial a sustentabilidade financeira do município”, levando em consideração o contexto geral das contas e a margem de endividamento disponível.

O despacho também aponta dívida fundada de R$ 1,6 bilhão, número que equivale “a apenas 17,08%” do limite de endividamento total, estabelecido em R$ 9,6 bilhões (120% da receita corrente líquida). O texto ainda menciona a disponibilidade de caixa de R$ 1,1 bilhão, ressaltando que parte do recurso está vinculado a despesas de capital (já tem destino certo), mas que “evidencia solidez financeira imediata”. O TCM-GO também apontou que a dívida ativa de R$ 11,3 bilhões representa oportunidade para recuperação de receitas.

“Diante desses achados, conclui-se que, embora o déficit fiscal e os restos a pagar indiquem desafios de gestão, o município dispõe de margem de endividamento, liquidez em caixa e ativos potenciais que asseguram condições financeiras adequadas. Assim, não se configura um cenário de grave vulnerabilidade financeira que justifique o reconhecimento de calamidade pública no âmbito da Secretaria Municipal de Finanças”, disse o órgão de controle.

Por outro lado, o secretário da Fazenda argumentou que existem outras informações de dívidas da Prefeitura que não foram contabilizadas nos dados analisados pelo TCM-GO durante a diligência <a href="https://opopular.com.br/politica/alego-n-o-aprova-calamidade-financeira-de-goiania-1.3222097" target="_blank">solicitada pela Alego</a>. “A Prefeitura tem hoje déficit em torno de R$ 4 bilhões, mas que não estão contabilizados, não estão empenhados, não estão em restos a pagar, não estão no balanço. É um caos financeiro danado”, disse Oliveira.

Segundo o auxiliar, o montante representa mais de 50% da receita corrente anual da Prefeitura. “Como pagar isso se não tem nem orçamento para fazer esse pagamento? É uma situação de caos”, declarou.

Oliveira afirmou que um relatório demonstrando o cenário geral de problemas financeiros da Prefeitura foi levado ao TCM-GO. Por outro lado, o presidente Joaquim de Castro disse que o tema foi analisado em diligência solicitada pela Alego e, por isso, qualquer documento relacionado a esta matéria deve ser enviado ao tribunal pelo Legislativo. A Alego está em recesso até o início da segunda quinzena de fevereiro.

<h3>Parlamentares</h3>

Neste cenário, os deputados estaduais demonstram resistência à aprovação da <a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-pede-reavaliac-o-ao-tcm-sobre-calamidade-financeira-1.3222505" target="_blank">calamidade financeira</a>, mas afirmam que querem encontrar formas de “ajudar Goiânia”. Entre os argumentos contrários ao decreto estão o parecer do TCM-GO e o possível reflexo no debate de pedidos de calamidade de outros municípios.

“Não pode chamar de calamidade as mazelas da gestão anterior”, afirmou a deputada Bia de Lima (PT). Para a petista, cabe ao novo prefeito tomar medidas para superar as dificuldades. Bia comparou o discurso “de terra arrasada” usado por novos gestores com aquele adotado pelo governador Ronaldo Caiado (UB) em 2019, quando assumiu o estado de Goiás.

Outros deputados como Ricardo Quirino (Republicanos), Eduardo Prado (PL) e Clécio Alves (Republicanos) destacaram a necessidade da comprovação técnica de calamidade em Goiânia para dar base à decisão da Alego. Cairo Salim (PSD) fez declaração semelhante, mas também argumentou que o prefeito “precisa ter nosso total apoio para executar essas iniciativas”.

Paço quer provar R$ 4 bilhões de dívidas e calamidade

Prefeitura de Goiânia

WEBSTORIES TAXA LIXO APROVADA

O prefeito Sandro Mabel (UB) criou na quarta-feira (22) uma Comissão Especial de Trabalho para regulamentação da <a href="https://opopular.com.br/politica/com-10-votos-contrarios-camara-de-goiania-aprova-a-taxa-do-lixo-em-definitivo-1.3211560" target="_blank">taxa do lixo</a> em Goiânia, com dez integrantes, sendo nove pastas do município e um representante da Câmara. O grupo já teve reunião no mesmo dia do decreto do prefeito para estabelecer um plano de trabalho, sob coordenação da Secretaria Municipal da Fazenda.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Criada por lei em 20 de dezembro, a taxa começará a ser <a href="https://opopular.com.br/politica/taxa-do-lixo-deve-ser-cobrada-a-partir-de-abril-1.3211832" target="_blank">cobrada em abril</a> e pode variar de R$ 21,50 a R$ 133 mensais por contribuinte, com critérios que vão de tamanho do imóvel a frequência de coleta de lixo e varrição nos bairros. A comissão vai estudar o valor a ser considerado do custo total da limpeza pública, a forma de cálculo da cobrança e o subsídio por parte da Prefeitura, além de acertar com a Saneago a <a href="https://opopular.com.br/politica/com-10-votos-contrarios-camara-de-goiania-aprova-a-taxa-do-lixo-em-definitivo-1.3211560" target="_blank">inclusão da taxa</a> por meio da fatura de água, com o compartilhamento de cadastros.

O decreto não estabelece prazo para o final dos trabalhos, mas o secretário da Fazenda, Valdivino Oliveira, afirma que a previsão é ter os principais pontos finalizados até o dia 15 de fevereiro. O documento prevê entrega do relatório final dos estudos acompanhado da minuta do decreto regulamentador.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/insatisfac-es-quase-fizeram-votac-o-da-taxa-do-lixo-ficar-para-2025-1.3211837" target="_blank">Insatisfações quase fizeram votação da taxa do lixo ficar para 2025</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/taxa-do-lixo-deve-ser-cobrada-a-partir-de-abril-1.3211832" target="_blank">Taxa do lixo deve ser cobrada a partir de abril</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/com-10-votos-contrarios-camara-de-goiania-aprova-a-taxa-do-lixo-em-definitivo-1.3211560" target="_blank">Com 10 votos contrários, Câmara de Goiânia aprova a taxa do lixo em definitivo</a></div>

Segundo Valdivino, a comissão vai considerar nos cálculos o custo total de limpeza do ano passado. Isso significa que não haverá impacto das medidas de redução de despesas que vêm sendo anunciadas e prometidas pelo prefeito na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e no contrato com o Consórcio Limpa Gyn, responsável pela <a href="https://opopular.com.br/cidades/capital-sofre-com-acumulo-de-entulhos-1.3201730" target="_blank">coleta de lixo</a> desde o ano passado. O secretário prevê que o subsídio do município seja maior por conta disso, mas ainda não fala em valores cogitados.

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Junto com o decreto que institui a comissão, o prefeito também nomeou os integrantes, indicados pela Fazenda, Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) e Secretaria de Infraestrutura Urbana. O vereador Leo José (SD) é o representante do Legislativo. O documento prevê a colaboração de técnicos do município para suporte especializado aos trabalhos, se necessário. O grupo não terá remuneração.

Como representantes da Fazenda foram nomeados seis servidores: Victor Barreto Verrastro; Abelardo de Oliveira Britto Sanches; Mishel Reis Silva de Oliveira; Eduardo Henrique Rodrigues de Melo; Leidiene Ribeiro da Silva; e Rhuan Pablo Batista Ferreira. Da Amma, a representante é a presidente Zilma Peixoto. Já da Seinfra, foram designados para os trabalhos Flávia Ribeiro Dias e Josivan Dantas Batista.

Comissão para regulamentar taxa do lixo é criada

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Caio Henrique Salgado, jornalista. (Divulgação)

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), criará um comitê que ficará responsável por avaliar e autorizar (ou não) todas as despesas das secretarias, autarquias e da Comurg. O colegiado está em fase de formatação e será regulamentado por decreto. Com o nome provisório de Comitê de Controle de Gastos, ele vai analisar previamente, com poder de veto, não só a necessidade dos gastos como também preços e quantidades. “Temos que sair dessa situação (financeira) que a Prefeitura se encontra. Não pode ter desperdício e vamos garantir a qualidade dos bens que a Prefeitura compra. Vamos comprar só o indispensável”, defende o secretário da Fazenda, Valdivino Oliveira. É certo que, além de Valdivino, o grupo será composto pelos titulares da Controladoria Geral do Município (CGM), Juliano Gomes Bezerra; da Procuradoria Geral do Município (PGM), Wandir Allan; e da Secretaria de Administração, Celso Dellalibera.

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Ritmo

Valdivino adianta que a intenção é reunir o comitê ao menos uma vez por semana. Não há risco de engessar a administração? “Sabemos o que é urgente, emergente. Ninguém vai analisar se precisa comprar remédio, por exemplo”, responde o secretário.

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Três semanas

A gestão Mabel comemora o cumprimento de promessas de campanha.

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Quais?

Estão na lista elaborada pelo Paço Municipal: circulação de motos nas faixas de ônibus; direita livre; atendimento infantil nas unidades de saúde; auditoria nas licenças médicas dos servidores; ampliação de vagas em Cmeis; mutirões de limpeza; e adaptação de horário no Cmei Ceasa.

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Cena urbana - Cavalo pastando na praça da Rua C-149, no setor Jarim América, em Goiânia. (Wesley Costa / O Popular)

Romaria

Procurados para assinar o requerimento de instalação da CEI da Saúde, vereadores estão consultando o presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo (SD), antes de decidirem.

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Fantasma

O principal receio de vereadores em relação à CEI da Saúde é o de que as investigações avancem na direção de suas emendas impositivas. Vários integrantes da Câmara repetiram a esta coluna o clichê, adaptado das CPIs do Congresso Nacional, de que só é possível saber como uma CEI começa, mas não como termina.

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Superquarta

No mesmo dia em que a direção nacional do PL inativou o órgão provisório da sigla em Goiás, presidido por Wilder Morais, Jair Bolsonaro deu recado ao senador. Em entrevista à Rádio Auri Verde Brasil, disse que ele decidirá o candidato a senador oficial do bolsonarismo nos estados. “Não é quem o presidente de Goiás quer. Wilder, não é quem você quer.”

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Recado nas redes

Após a entrevista, Bolsonaro e Vitor Hugo (PL), que é pré-candidato a senador e virou “persona non grata” na direção estadual do PL, fizeram chamada de vídeo. O vereador postou print da conversa no Instagram. “Receber a ligação de um amigo de manhã revigora as energias”, escreveu na legenda.

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Márcio Luís da Silva (Divulgação)

MÁRCIO LUÍS 
Presidente da Facieg

O Fórum Empresarial se mobilizou contra a cobrança de ICMS sobre a energia fotovoltaica e o governo estadual prometeu atuar para evitar a medida. Estão satisfeitos?

Sim. O governo ficou sensibilizado com nossa reivindicação e atendeu na hora. Dentro do perfil de diálogo permanente com o setor produtivo, eles vão encontrar uma medida que seja satisfatório para quem fez e faz investimentos nessa área. 

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Arremate:

Viu essa? - O prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), nomeou Tatiany Mayary Costa para o cargo de assessora especial de seu gabinete e do gabinete do vice-prefeito, Walter Vosgrau (MDB), com quem é casada.

Adaptação -&nbsp;Inspirado no apelido dado por bolsonaristas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) foi às redes e apelidou o governador Ronaldo Caiado (UB) de Ronaldo Taxiado. A deixa foi a cobrança de ICMS sobre a energia fotovoltaica.

Timing -&nbsp;As críticas foram para as redes quando o governo já tinha informado que atuaria junto ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para evitar a cobrança.

Despesas de secretarias e da Comurg serão submetidas a comitê que Mabel vai criar

Opinião

Matéria - Coluna Giro

Giro

webstories

Em meio ao trabalho para ampliação da base aliada na Câmara Municipal de Goiânia, o prefeito Sandro Mabel (UB) avançou nas primeiras quatro semanas de mandato em aproximação com lideranças do PT e, apesar de não contar com o apoio da bancada da sigla, mantém relação de diálogo. Tanto petistas quanto aliados de Mabel apontam não esperar “oposição raivosa” e acreditam até em “cooperação”.

<a href="https://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Os movimentos com objetivo de aparar arestas deixadas pela <a href="https://opopular.com.br/politica/sandro-mabel-e-eleito-prefeito-de-goiania-1.3192146" target="_blank">disputa de 2024</a> foram iniciados já ao fim das eleições, mas com maior intensidade durante o <a href="https://opopular.com.br/politica/apos-vitoria-em-goiania-mabel-diz-que-transic-o-comeca-amanh-1.3192313" target="_blank">período de transição</a>, quando o ex-deputado federal retomou o trânsito em Brasília para, por exemplo, buscar recursos para aplacar a <a href="https://opopular.com.br/cidades/governo-estadual-requisita-170-leitos-ao-hc-1.3212635" target="_blank">crise na saúde</a> e garantir a retomada do projeto de anel viário, junto ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A deputada federal Adriana Accorsi (PT) teve reunião no Paço Municipal na segunda-feira (20), a convite do prefeito, e apresentou disposição em colaborar para viabilizar ações para o que caracterizou como “reconstrução” de Goiânia, além de buscar apoio no governo Lula para projetos na capital.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/alta-exposic-o-personaliza-a-administrac-o-dizem-analistas-sobre-atuac-o-de-mabel-1.3221321" target="_blank">Alta exposição personaliza a administração, dizem analistas sobre atuação de Mabel</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/ac-es-midiaticas-em-dias-iniciais-buscam-evidenciar-mabel-1.3221319" target="_blank">Ações midiáticas em dias iniciais buscam evidenciar Mabel</a> 
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“Vamos trabalhar pela união e reconstrução do município e para abrir as portas do Governo Federal para a nossa cidade, um compromisso nosso. Eu sigo lutando incansavelmente pela nossa gente”, afirmou Adriana, que terminou o primeiro turno em terceiro lugar, com mais de 168.145 votos.

“Nossa missão era impedir que a extrema direita chegasse à prefeitura. O prefeito Sandro Mabel pode contar comigo para ajudar Goiânia a sair do caos”, disse a deputada.

Apesar da neutralidade após a derrota nas urnas, a direção do PT divulgou nota em que defendia o “dever cívico de derrotar a extrema direita”, o que representou indicação silenciosa de apoio a Mabel contra o Fred, que contava com o apoio insistente e presencial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Um dos sinais de Mabel para aproximação com os petistas foi dado logo no discurso de posse, no dia 1º de janeiro, quando o chefe do Executivo agradeceu ao governo Lula pelo auxílio durante a <a href="https://opopular.com.br/cidades/depoimento-de-diretora-da-fundahc-detalha-atuac-o-de-investigados-dentro-da-sms-de-goiania-1.3210924" target="_blank">crise na saúde</a>. “O nosso governo federal teve a sensibilidade de nos ajudar. Agradeço Nisia (Trindade, ministra da Saúde), Padilha (ministro das Relações Institucionais) e ao nosso presidente Lula”, afirmou.

O prefeito ainda rasgou elogios ao principal representante de Goiás na gestão federal, o secretário-executivo da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Olavo Noleto. Durante visita do petista a Goiânia, no último dia 10, enquanto ocupava o cargo de ministro interino da SRI, Mabel afirmou: “eu tenho falado com ele diariamente, esse ministro é um espetáculo. Ele tem um cuidado com Goiás muito grande”. Disse ainda que o auxiliar de Lula é “um craque” e que é “muito atencioso”.

O líder do prefeito na Câmara de Goiânia, Igor Franco (MDB), planeja anunciar composição amplamente majoritária no Legislativo municipal na próxima semana e aponta cenário em que a oposição deverá ser formada apenas pelos três vereadores do PT, além de Aava Santiago (PSDB), que tem mantido postura críticas e embates públicos com a gestão. A expectativa, no entanto, é de que a postura dos três petistas na Casa seja “respeitosa”.

A base governista deve chegar a 29 nomes, já que articuladores do Paço Municipal consideram que ainda está em curso aproximação para adesão dos quatro <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/pl-nacional-inativa-org-o-provisorio-do-partido-em-goias-1.3222728" target="_blank">integrantes do PL</a>, que seguem com postura pública de independência.

“Neste primeiro momento, quem tem falado em ser oposição é basicamente a bancada do PT e a Aava, que apoiou o Sandro, mas teve esse embate recente. Mas o Mabel entende a dificuldade em que a Prefeitura está e, independente da eleição, o mais importante agora é a união em torno de Goiânia. Seja com o PT ou com o PL, o que o Sandro quer é uma resposta objetiva para os problemas da cidade”, avalia a secretária de Governo, Sabrina Garcêz (Republicanos).

A auxiliar do prefeito cita o exemplo de Adirana, que <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/adriana-se-diz-preocupada-com-gest-o-de-mabel-faria-muito-diferente-1.3219273" target="_blank">disputou o Paço</a> e se manteve oficialmente neutra no segundo turno entre Mabel e Fred Rodrigues (PL), em meio ao apoio de movimentos sociais e lideranças petistas a Mabel. “A Adriana é uma deputada extremamente articulada com o governo federal e a gente precisa de apoio do governo”, aponta Sabrina.

<h2>Oposição</h2>

Apesar de confirmar postura de oposição a Mabel, o vereador Edward Madureira (PT) lembra do apoio dado ao nome apoiado pelo governador Ronaldo Caiado (UB) em Goiânia, com a defesa de “voto crítico” em Mabel.

“Eu mesmo gravei vídeo apoiando a candidatura do Sandro. Então, é oposição, sim, mas a gente não vai colocar obstáculo no que for de interesse da cidade. Uma oposição responsável, vamos dizer assim”, aponta o ex-reitor da UFG.

“Naquilo que ferir os interesses da sociedade ou os princípios do partido, a gente vai se posicionar e fiscalizar. Eu, por exemplo, estou muito preocupado com o que está sendo anunciado na educação. Desde o fechamento de EJA (Educação de Jovens e Adultos), o veto dele na LOA ao plano de carreira dos administrativos, além de uma postura ruim em relação aos servidores, com uma culpabilização generalizada. Todos esses são pontos de atenção”, ressalva Edward.

Já a vereadora e presidente estadual do PT, Kátia Maria, defende que o partido manterá “postura contundente” na oposição à Prefeitura de Goiânia, mas o posicionamento não prejudica a manutenção de diálogo com a gestão e busca por parcerias com o governo Lula.

“O PT é oposição ao Mabel e a nossa postura tem sido contundente. Nessa semana, nós conseguimos uma grande vitória e um derrota para o governo, quando derrubados o decreto de <a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-pede-reavaliac-o-ao-tcm-sobre-calamidade-financeira-1.3222505" target="_blank">calamidade financeira</a>, porque o pedido ao TCM começou com a nossa provocação”, afirma a vereadora, em referência ao parecer do Tribunal de Contas dos Municípios que embasou decisão da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) de não aprovar o decreto de Mabel para calamidade pública na Secretaria Municipal da Fazenda.

“Não fica nada da eleição. O que fica é que nós temos dois deputados federais, três vereadores, três deputados estaduais e a presidência da República e nós buscaremos junto ao governo federal aquilo que a gente puder para ajudar e trazer recursos para a cidade. Agora isso não significa que nós somos situação. Não significa que vai participar de governo. Nós somos oposição”, avalia Kátia Maria.