O plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou nesta quinta-feira (04) o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025, com 26 votos favoráveis e nenhum contrário. Com a votação definitiva, os deputados estaduais encerram as atividades no primeiro semestre e iniciaram o recesso parlamentar, com retorno previsto para sessão ordinária híbrida no 1º de agosto.O texto da LDO, aprovado pela Alego, consolida acordo para a previsão orçamentária dos poderes e órgãos autônomos, após dois meses de queda de braço dos entes com o Executivo. Emenda modificativa enviada por Caiado definiu redução no Orçamento dos poderes de R$ 203,6 milhões para 2025. O texto enviado pela ex-secretária de Economia, Selene Peres, cortaria de R$ 763,1 milhões.Até antes do acerto, Caiado defendia a redação inicial para impor maior rigor no teto de gastos, quando o projeto considerava para o cálculo do orçamento o valor empenhado em 2021 mais a inflação acumulada desde então. Com o acordo, no entanto, o limite passa a ser baseado na dotação inicial de 2024 somada à inflação deste ano.A LDO prevê receita corrente líquida de R$ 42,747 bilhões no próximo ano, em previsão de aumento de 5,9% em relação ao valor estimado para 2024. O atual secretário estadual da Economia, Francisco Sérvulo Nogueira, reforçou a defesa pelo cumprimento do teto de gastos imposto pelo Regime de Recuperação Fiscal, em audiência pública sobre o texto. Ele ainda apontou risco de saldo negativo no futuro diante do aumento dos valores referentes aos serviços da dívida do estado, que não é acompanhado pelo resultado primário.EmendasDurante a avaliação em segundo turno, a matéria contou apenas com a discussão do deputado Clécio Alves (Republicanos), que negou recuo de deputados que articulam para o aumento da fatia dedicada às emendas impositivas, dos atuais 1,2% para 2% da receita corrente líquida, o que elevaria de R$ 13 milhões para R$ 20,8 milhões os valores indicados por cada parlamentar no orçamento do próximo ano.O parlamentar questionou, no dia anterior, se a elevação estaria no projeto de LDO e se os colegas na Casa não iriam “agachar de novo”, em referência ao posicionamento do governador Ronaldo Caiado (UB), que é contra o aumento enquanto o estado estiver no Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Nesta quinta, Clécio mudou o tom. “A LDO organiza a aplicação orçamentária para o ano que vem, mas ele não diz respeito às nossas emendas impositivas”, discursou. Clécio garantiu, no entanto, que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que trata do aumento do orçamento impositivo, será aprovada “por unanimidade”.