A dengue pode ter sido responsável por mais uma tragédia que se abateu sobre uma família em Goiás. Reportagem nesta edição traz a triste notícia da morte de uma jovem grávida, de apenas 22 anos, e de seu bebê. Saudável e sem comorbidades, a vítima morreu apenas um dia após a confirmação do diagnóstico de dengue. As suspeitas são de que as complicações da doença tenham causado as mortes de mãe e filho. Na página vizinha, da mesma edição, outra reportagem revela o risco de vacinas contra a dengue perderem o prazo de validade, por causa da baixa procura no estado. Goiânia, por exemplo, imunizou apenas 45,2% do público alvo. Como as doses vencem já no dia 30 de abril, a Secretaria Estadual de Saúde vai correr para remanejar o estoque para cidades que ainda não receberam, tentando assim evitar o desperdício e ampliar o número de imunizados. Diante de uma dor como a que hoje sofre a família de Sofia, a informação sobre o desinteresse pela vacinação soa como um disparate. Combater a epidemia e suas graves consequências depende do poder público, mas também de cada um dos cidadãos, tanto no cuidado com a limpeza, como na adesão às campanhas. Só assim será possível mudar a realidade absurda em que um frágil mosquito é capaz de destruir vidas.