Anos de declínio na cobertura vacinal começam a cobrar uma fatura pesada no Brasil, na forma do avanço de doenças antes controladas, como a coqueluche. No fim de julho, a morte de um bebê de 6 meses, em Londrina (PR), obrigou as autoridades, inclusive o Ministério da Saúde, a reforçarem os alertas à população em todo o País. Em Goiás, foram notificados 49 casos este ano, conforme a Secretaria de Estado da Saúde (SES). Chamou a atenção o surto em uma escola de Goiânia onde cinco alunos adoeceram no fim de junho. Felizmente, não há confirmação de situações mais graves no estado. Ainda assim, há motivo para preocupação. A doença é causada pela bactéria Bordella pertussis e, segundo especialistas, tem alta transmissibilidade, por meio do contato com gotículas da saliva, tosse e até respiração de uma pessoa contaminada. Segundo especialistas, uma pessoa pode transmitir a bactéria para 17, em uma cadeia de rápido alastramento.A melhor forma de prevenção é a vacina, que está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e na rede privada. Em Goiás, a cobertura gira em torno de 70%, quando o ideal seria uma taxa de 95%. Imunizar as crianças é um ato de responsabilidade.