Em 28 de outubro do ano passado, na beira do Rio Vermelho, na cidade patrimônio mundial de Goiás, foi feito sem nenhum alarde um encontro de especialistas ambientais da iniciativa privada, denominado a Jornada da Água. Foi um sábado inteiro de conversas sobre aquele rio, em particular, e sobre a água, em especial. Um rio e a água, convenhamos, são coisas banais, tratadas como sem importância e que passam sem nenhuma atenção especial pela vida da gente, não é assim? Pois bem, mesmo com seus alertas, foi assim o resultado daquela conversa, repercutindo apenas no burburinho levado pelo rio. Até que chegou a madrugada de 22 de fevereiro deste ano, quando soou o alarme e algumas casas ao longo do Rio Vermelho precisaram ser urgentemente evacuadas. Até mesmo o Hospital São Pedro D’Alcântara, o mais antigo do Estado, com pacientes fragilizados, inclusive gestantes nascituras e bebês em incubadeiras, acordados no meio da noite e encaminhados de helicóptero para outras unidades bem longe dali. Tudo isso agora, não faz três meses.