Uma frase apócrifa, erroneamente atribuída a Lênin, pode ser aplicada aos tempos que correm: “Há décadas em que nada acontece, e há semanas em que décadas acontecem.” Macron dissolveu a Assembleia Nacional em 9 de junho para revigorar seu poder. Um mês depois, a ultradireita periga eleger o primeiro-ministro. Com ou sem sua vitória no domingo, a França está fadada a um grande tumulto. Na última quarta-feira, Biden entrou confiante no debate eleitoral. Afinal, foram ele e os democratas que o propuseram aos republicanos. Saiu da refrega de maca e sua campanha entrou em coma. Trump ganhou pontos preciosos nas pesquisas de opinião, aplainou a trilha para tomar o poder. Indagado duas vezes no debate, deixou evidente que não aceitará eventual derrota nas urnas. Como no 8 de janeiro de 2021, mobilizará seus fanáticos e tentará um golpe.