Áudio Rodney Miranda

<div attr-cid="policy:1.2065216" attr-version="policy:1.2065216" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.2065216" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.2065216', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.2065216">Imagem (1.2065216)</a></div>A crise sobre a possível saída de Rodney Miranda da Secretaria de Estado da Segurança Pública de Goiás começou quando <a href="https://www.opopular.com.br/noticias/politica/pol%C3%ADcia-civil-instaura-inqu%C3%A9ritos-para-investigar-acusa%C3%A7%C3%B5es-contra-secret%C3%A1rio-1.2064714">vazou um áudio de Jorge Caiado, em que ele acusa&nbsp;o auxiliar do governo estadual de grampear seu telefone e de “pegar” R$ 1 milhão do Corpo de Bombeiros</a>. A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar as acusações.O governo do Estado chegou a anunciar o <a href="https://www.opopular.com.br/noticias/politica/cai-secret%C3%A1rio-de-seguran%C3%A7a-p%C3%BAblica-de-goi%C3%A1s-1.2065145">afastamento</a> do titular. Nesta segunda-feira (8), Rodney disse ao POPULAR que não deixou a SSP, mas está de férias e <a href="https://www.opopular.com.br/noticias/politica/blog-fabiana-pulcineli/desafio-jorge-caiado-a-apresentar-provas-diz-rodney-miranda-1.2065756">espera que Jorge Caiado consiga provar suas acusações</a>. Relembre o áudio.

Relembre áudio vazado em que Jorge Caiado acusa Rodney Miranda de grampear seu telefone

Política

Política - título

Assine - Offers Target - 2

Matéria - Política

Uma menina de 12 anos desapareceu em Santos, no litoral paulista, no último domingo (6), depois de a mãe descobrir que ela havia conhecido um homem pela internet. A família diz acreditar que ela tenha ido para São Paulo e faz mobilização nas redes sociais em busca de informações que possam levar a sua localização.

Segundo a mãe, a autônoma Maria Patrícia Melo de Menezes, 39, a adolescente Yara desapareceu no domingo (6), do bairro Marapé, onde mora, por volta das 18h30, depois de ser questionada pela mãe por manter contato no WhatsApp com um homem mais velho, desconhecido da família.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/jovem-desaparece-ao-sair-de-casa-para-trabalhar-em-goiania-1.3280521" target="_self">Jovem desaparece ao sair de casa para trabalhar em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/mundo/resgate-encontra-desmoronamento-de-gelo-onde-fotografo-brasileiro-desapareceu-no-peru-1.3273783" target="_self">Resgate encontra desmoronamento de gelo onde fotógrafo brasileiro desapareceu no Peru</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-usara-tecnologia-do-ministerio-da-justica-para-emitir-alerta-nas-redes-sociais-sobre-desaparecidos-1.3272539" target="_self">Goiás usará tecnologia do Ministério da Justiça para emitir alerta nas redes sociais sobre desaparecidos</a></div>

A menina foi embora levando celular, documento e poucas peças de roupa.

A mãe contou que no sábado (5) à noite, por volta das 23h, ao voltar da praia onde trabalha vendendo churrasco, viu que havia uma ligação no celular da menina, mas ela já estava dormindo.

"Falei alô, mas ele desligou. Dei umas olhadas nas conversas, ele falando que amava ela e ela falando que amava ele. Depois falando que não queria mais ficar com ele. Ele questionando o porquê, mandando figurinhas pornô para ela. Tentei falar com ele, mas não me respondeu. Na foto do perfil parecia ser um rapaz de 18 anos", contou Maria.

Ela explicou que não confrontou a filha porque já estava tarde, mas no domingo cedo, conversou com ela. A filha respondeu que conheceu essa pessoa jogando o game Free Fire e que era apenas um amigo.

"Avisei sobre as coisas que passam na televisão, que não podia ficar conversando com pessoas mais velhas em me avisar. Mas ela falou que era só um amigo do joguinho", disse.

Maria disse que tentou falar novamente com a pessoa, mas percebeu que tinha sido bloqueada.

Antes de sair para trabalhar, deixou Yara e a filha mais nova, de 3 anos, na casa da irmã, que fica na parte de baixo do sobrado onde mora.

"Ela pediu para minha irmã olhar a minha outra filha porque iria subir para arrumar a casa. Era arrumar a cama e varrer o chão, é apenas um quarto e cozinha pequena. Minha irmã viu que demorou e passou a chamá-la. Nisso, um vizinho disse que a viu saindo com uma mochila", explicou.

Maria já estava a caminho de casa quando foi avisada pela irmã.

"Imediatamente, liguei para ela, mas já estava dando caixa-postal e está dando caixa-postal até hoje. Minha desconfiança é de que ela tenha ido para São Paulo encontrar esse rapaz porque o DDD dele era 011, mas não dá muito para saber. Estou postando em todos os lugares para ver se a gente encontra", disse, no último domingo.

Maria relata que a filha conhece pouco a região, pois foi morar em Santos em dezembro de 2024. Antes disso, morava no Ceará com a família do pai.

"Ela morava lá com o pai. Ele morreu faz cinco anos. Ela ficou com as tias. Mas agora veio morar comigo. Tenho guarda compartilhada com a avó, mãe do pai dela, que também mora aqui em Santos. Ela sempre foi obediente, boazinha, nunca deu trabalho. Acho que ela fugiu para encontrar esse rapaz", finalizou.

A SSP (Secretaria da Segurança Pública) afirma que o caso foi registrado como desaparecimento de pessoa no 2º DP de Santos e é investigado por meio de inquérito policial instaurado pela 3ª Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) da cidade.

"Diligências estão em andamento para a localização da vítima e esclarecimento dos fatos e demais detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial", afirmou a pasta.

A família pede que quem tiver informações entre em contato pelos números: (13)99798-3962 e (13)99636-9461.

Adolescente de 12 anos desaparece após conhecer homem pela internet

Cidades

Cidades - título

Matéria - Cidades

litoral paulista

Procurado pela Interpol, Cacai é preso no DF após 7 meses foragido

A nova lei estadual que alterou regras para promoções de policiais militares de Goiás provocou a transferência forçada para a reserva remunerada do coronel Newton Nery Castilho, em portaria publicada no Diário Oficial do Estado, em 31 de janeiro, pela Goiás Previdência (GoiásPrev). A aposentadoria ocorreu porque o prazo limite para permanência no posto de coronel passou de oito para seis anos.

<a href="https://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Castilho é responsável pelo depoimento ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) que desencadeou a denúncia, em março do ano passado, contra o assessor da Assembleia Legislativa de Goiás Jorge Caiado pelo <a href="https://opopular.com.br/cidades/reus-do-caso-fabio-escobar-ter-o-acesso-a-inquerito-sigiloso-da-morte-de-fazendeiro-1.3170213" target="_blank">assassinato do empresário Fábio Escobar</a>, em 2021, em Anápolis. Jorge tornou-se réu naquele mesmo mês.

O coronel, que foi chefe da Secretaria da Casa Militar no início da gestão do governador Ronaldo Caiado (UB), disse em depoimento que Jorge foi o elo entre o ex-auxiliar do governo Carlos César Toledo, <a href="https://opopular.com.br/politica/foragido-por-quase-sete-meses-cacai-toledo-e-preso-no-df-1.3142671" target="_blank">conhecido como Cacai</a>, e policiais militares que se envolveram no assassinato do empresário. <a href="https://opopular.com.br/cidades/cacai-toledo-pede-nulidade-de-provas-e-nega-elo-com-morte-de-fabio-escobar-1.3158812" target="_blank">Cacai</a> é também réu no processo, acusado de ser mandante do assassinato.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/reus-do-caso-fabio-escobar-ter-o-acesso-a-inquerito-sigiloso-da-morte-de-fazendeiro-1.3170213" target="_blank">Réus do caso Fábio Escobar terão acesso a inquérito sigiloso da morte de fazendeiro</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/cacai-toledo-pede-nulidade-de-provas-e-nega-elo-com-morte-de-fabio-escobar-1.3158812" target="_blank">Cacai Toledo pede nulidade de provas e nega elo com morte de Fábio Escobar</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/foragido-por-quase-sete-meses-cacai-toledo-e-preso-no-df-1.3142671" target="_blank">Foragido por quase sete meses, Cacai Toledo é preso no DF</a></div>

Castilho afirmou no depoimento, em 4 de dezembro de 2023, que Cacai e Jorge estiveram em seu gabinete em 2019, quando manifestaram intenção de “aniquilar” Escobar, que era do DEM (hoje UB) e foi um dos coordenadores da campanha de Caiado em Anápolis. Após a vitória do governador e diante de supostos compromissos não cumpridos com o empresário, Escobar passou a fazer denúncias nas redes sociais contra o diretório do partido, que era comandado por Cacai.

O coronel também afirmou que Jorge tinha influência sobre promoções de policiais e, com isso, conseguia manipulá-los para participar de ações de seu interesse. O MP-GO afirmou na denúncia que 12 policiais militares envolvidos direta ou indiretamente com o homicídio de Escobar foram contemplados com promoções por ato de bravura em “confrontos policiais com resultado morte”.

Ainda no depoimento, Castilho diz que ouviu menção a Escobar de forma indireta no gabinete da primeira-dama Gracinha Caiado, em reunião que tratava de reforma administrativa, com a presença do tenente-coronel Ronaldo Dutra Baía, superintendente de Gestão Integrada da Casa Militar, que trabalhava com ela. Um outro coronel da PM, Benito Franco, também afirmou em depoimento que foi procurado pela dupla de réus com pedido para matar o empresário.

A defesa de Castilho disse que estuda medida judicial contra a decisão de aposentadoria, e também aguarda o julgamento da ação direta de inconstitucionalidade (ADI) protocolada no Supremo Tribunal Federal por entidade que representa os policiais. Segundo a Associação dos Oficiais, a lei atingiu outros quatro coronéis, mas eles pediram transferência à reserva antes do ato de ofício.

<div attr-cid="policy:1.3142777" attr-version="policy:1.3142777:1717513315" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3142777" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3142777', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3142777">Procurado pela Interpol, Cacai é preso no DF após 7 meses foragido (1.3142777)</a></div>

Nova lei força aposentadoria de coronel que provocou denúncia contra Jorge Caiado

Governo de Goiás

Cacai Toledo

Não há mais ninguém preso aguardando a tramitação do processo judicial sobre o assassinato do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante, de 38 anos, crime ocorrido em junho de 2021 em Anápolis. Nesta quarta-feira (11), a Justiça autorizou a soltura do ex-auxiliar do governo de Goiás <a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/justica-manda-soltar-cacai-toledo-acusado-pelo-assassinato-de-fabio-escobar-1.3209241" target="_blank">Carlos César Savastano de Toledo, o Cacai</a>, acusado de ser o mandante da morte. Dois dias antes, os cabos da PM Glauko Olívio de Oliveira e Thiago Marcelino Machado, acusados de ajudar na execução do crime, haviam conquistado a liberdade. Outros dois réus já estavam livres.

<a href="https://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Os três réus <a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-absolve-5-pms-por-triplo-homicidio-ligado-a-caso-escobar-1.3204789" target="_blank">foram soltos</a> com a condição de ficarem por 180 dias com tornozeleiras eletrônicas e impedidos de sair de casa entre 22 horas e 6 da manhã. De acordo com a Justiça, o perigo para a instrução processual, motivo alegado para a prisão dos mesmos, deixou de existir a partir do momento em que todas as testemunhas arroladas pela defesa e pela acusação já foram ouvidas, incluindo os próprios acusados. Falta apenas o interrogatório do assessor parlamentar Jorge Luiz Ramos Caiado, acusado de ter ajudado <a href="https://opopular.com.br/cidades/cacai-toledo-pede-nulidade-de-provas-e-nega-elo-com-morte-de-fabio-escobar-1.3158812" target="_blank">Cacai </a>a contratar os policiais para o crime.

No caso de Cacai, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) se posicionou contra a soltura, alegando que ele ficou foragido por cerca de sete meses antes de ser preso, em junho deste ano, e que sua prisão representa a garantia da ordem pública, “dada a gravidade concreta dos delitos em comento e o risco de reiteração na prática delitiva, quanto na garantia de aplicação da lei penal”. Entretanto, os juízes da 1ª Vara Criminal de Anápolis, ao analisar o pedido da defesa de Cacai, concordaram que ele merecia o mesmo direito concedido aos dois policiais no dia 9.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/justica-manda-soltar-cacai-toledo-acusado-pelo-assassinato-de-fabio-escobar-1.3209241" target="_blank">Justiça manda soltar Cacai Toledo, acusado pelo assassinato de Fábio Escobar</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/oito-meses-apos-ser-afastado-do-cod-tenente-coronel-edson-melo-assume-regional-em-trindade-1.3206789" target="_blank">Oito meses após ser afastado do COD, tenente-coronel Edson Melo assume regional em Trindade</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/caso-fabio-escobar-reus-pedem-para-caiado-ser-interrogado-e-depois-recuam-1.3205571" target="_blank">Caso Fábio Escobar: Réus pedem para Caiado ser interrogado e depois recuam</a></div>

O MP-GO citou o fato de Cacai ter dito, ao explicar por que não se entregou quando a prisão foi decretada, que corria risco de morte perante os “verdadeiros mandantes do crime” e que estes seriam influentes na Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO). Segundo os promotores que se manifestaram contra a soltura, considerando que essa versão fosse verdadeira, o ex-auxiliar do governo estadual poderia ter colaborado com as investigações e participado do programa de proteção à testemunha, porém optou por permanecer foragido.

Ao analisar primeiro os pedidos feitos pelas defesas de Glauko e Thiago, que se encontravam presos desde setembro do ano passado, os juízes analisaram que não prospera o argumento de que houve excesso de prazo para a tramitação do processo. Porém, com o fim das audiências das testemunhas e réus, a ordem pública poderia ser mantida por meio de monitoramento eletrônico. “Avalia-se que o perigo para a instrução processual deixou de existir. O monitoramento eletrônico se apresenta adequado para o acompanhamento das atividades do requerente.”

<div attr-cid="policy:1.3209360" attr-version="policy:1.3209360:1733955444" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3209360" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3209360', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3209360">Cacai Toledo (1.3209360)</a></div>

Em setembro, a Justiça já havia determinado a soltura do terceiro-sargento Erick Pereira da Silva, acusado de ajudar Glauko e Thiago na execução do crime. No caso dele, os juízes entenderam que a denúncia envolvia uma participação muito ínfima na morte, o que não justificava manter a prisão por tanto tempo. Erick, que já estava preso há um ano, é apontado como a pessoa que cadastrou o chip usado no celular que foi usado para atrair o empresário para a emboscada.

O processo envolve um sexto acusado, o terceiro-sargento Welton da Silva Vieiga, que se matou em janeiro de 2023. Welton é apontado como o autor dos disparos que mataram Fábio Escobar. O suicídio ocorreu quando policiais civis entraram em sua residência para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão.

Atualmente, o processo se encontra na fase de audiência de instrução e julgamento, tendo começado em 28 de outubro e previsto para ocorrer em seis dias, o último nesta quinta-feira (12), com a oitiva de Jorge. Após os depoimentos, tanto a defesa como a acusação terão um prazo para apresentar suas alegações finais e, então, os juízes vão decidir se os réus irão ou não a júri popular. No dia 20, está previsto o início do recesso do Judiciário.

As investigações apontaram que Fábio foi executado a mando de Cacai, com quem passou a ter desavenças após as eleições estaduais em 2018. Segundo a denúncia, o mandante teve a ajuda de Jorge para encontrar quem concordasse em matar o empresário. Contra os dois, o MP-GO conseguiu o depoimento de dois coronéis da PM que disseram ter ouvido dos acusados propostas para matar Fábio. A defesa levou diversos oficiais para serem interrogados na tentativa de desacreditar a versão contada por eles.

No mês passado, O POPULAR mostrou que uma testemunha de defesa no processo judicial que trata do assassinato foi morta no final de agosto em uma abordagem policial na zona rural de Niquelândia, próximo à BR-414. O pedreiro Lucas Costa Lopes Moreira, de 31 anos, foi um dos donos do aparelho celular usado para atrair o empresário. O celular é uma peça fundamental nas acusações contra os policiais militares, pois revelaria uma possível relação entre a morte de Fábio e de outras sete pessoas.

No dia 22 de novembro, entretanto, a <a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-absolve-5-pms-por-triplo-homicidio-ligado-a-caso-escobar-1.3204789" target="_blank">Justiça absolveu cinco policiais militares</a>, entre eles Glauko e Thiago, pela acusação de homicídio contra três dessas sete supostas vítimas relacionadas à execução de Fábio. Para os juízes, prevaleceu a tese de legítima defesa.

Justiça manda soltar últimos presos do caso Fábio Escobar

Crime

A defesa do assessor parlamentar Jorge Luiz Ramos Caiado pediu à Justiça que autorizasse a oitiva do governador Ronaldo Caiado (UB) como testemunha no processo que apura as circunstâncias da execução do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante, mas, seis dias depois do pedido, recuou da petição. Jorge foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) por supostamente ajudar o ex-auxiliar do governo de Goiás Carlos César Savastiano de Toledo, o Cacai Toledo, a planejar o crime.

<a href="https://opopular.com.br/canal" style="font-size: 12px;" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

O pedido de Jorge ocorreu após o depoimento à Justiça do coronel da PM Newton Nery de Castilho, em 8 de novembro, no qual o militar afirmou que recebeu a visita de Jorge e Cacai em 2019, quando ocupava o cargo de secretário da Casa Militar e ouviu deles a proposta para auxiliar na execução de Fábio. O coronel completou na sequência que após recusar a oferta chegou a comunicar o ocorrido em uma reunião de rotina com o governador e que este não teria dado qualquer atenção ao comentário na época.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-absolve-5-pms-por-triplo-homicidio-ligado-a-caso-escobar-1.3204789" target="_blank">Justiça absolve 5 PMs por triplo homicídio ligado a caso Escobar</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/caso-fabio-escobar-justica-tira-restric-es-a-pm-preso-apos-9-meses-1.3198132" target="_blank">Caso Fábio Escobar: Justiça tira restrições a PM preso após 9 meses</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/testemunha-do-caso-fabio-escobar-e-morta-em-abordagem-policial-1.3184525" target="_blank">Testemunha do caso Fábio Escobar é morta em abordagem policial</a></div>

Também foi citado no interrogatório suposta mensagem enviada por Fábio ao celular do governador pedindo que conversasse com Jorge ou com dois oficiais da PM porque estava com medo de morrer. O pedido pelo Whatsapp teria sido feito em fevereiro de 2020, meses após a suposta conversa do coronel com Jorge e Cacai. Além de Newton, o coronel Benito Franco afirmou em depoimento que, em 2019, quando era comandante do batalhão das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam), ter recebido a dupla de réus com a mesma proposta criminosa.

Os depoimentos de Benito e Newton indicam uma articulação entre Jorge e Cacai para aliciar militares na intenção de assassinar Fábio. O empresário, então com 38 anos, foi morto em uma emboscada em 23 de junho de 2021, em Anápolis. Segundo o MP-GO, o crime foi a mando de Cacai, com quem a vítima passou a ter desavenças após as eleições estaduais em 2018. O executor do crime teria sido o terceiro sargento Welton da Silva Vieiga, com a ajuda dos cabos Glauko Olívio de Oliveira e Thiago Marcelino Machado e do terceiro sargento Erick Pereira da Silva.

Logo após a oitiva de Newton, a defesa de Cacai pediu ao juiz que presidia a sessão, Samuel José Martins, da 1ª Vara Criminal de Anápolis, que fosse deferido o depoimento do governador, mas o magistrado afirmou que analisaria o pedido apenas no final da fase de instrução, na qual são ouvidas todas as testemunhas arroladas pela defesa e pela acusação, além dos próprios acusados. Em 21 de novembro, a defesa de Jorge reforçou o pedido, alegando que o nome do governador foi citada de forma excessiva pelo coronel.

“Neste cenário, a defesa de Jorge Luiz Ramos Caiado concorda com o pleito aviado pela defesa de Carlos César, entendendo ser imprescindível a oitiva do chefe do Poder Executivo do Estado de Goiás, objetivando esclarecer as controvérsias estabelecidas pela testemunha Cel. Castilho, principalmente relativas às supostas mensagens encaminhadas por Fábio Escobar ao governador do Estado de Goiás. Ademais, tal ato elucidará a tese adotada pelo colegiado de exceção de nulidade por derivação pela descoberta inevitável da prova”, argumentou a defesa em petição.

O recuo da defesa de Jorge se deu também por ofício após os interrogatórios como testemunhas de três oficiais da PM, o coronel Luiz Carlos de Alencar, atual secretário da Casa Militar, o tenente coronel Edson Luís Souza Melo, ex-segurança do governador, e o tenente-coronel Franz Augusto Marlus Rasmussem Rodrigues, ex-ajudante de ordens do governador. Os três fizeram afirmações positivas sobre Jorge Caiado, a quem se dizem próximos, e acusações contra Newton e Benito, inclusive afirmando, sem apresentar provas, que o segundo sofre de transtornos mentais.

Os três oficiais foram ouvidos em 22 de novembro e cinco dias depois a defesa de Jorge enviou o ofício desistindo do requerimento da oitiva do governador. A alegação é que as testemunhas “esclareceram suficientemente os fatos sobre os quais o excelentíssimo governador do estado de Goiás seria inquirido” e também “pela observância a celeridade e economia processual”. Apesar de falar em rapidez, a defesa voltou a pedir o depoimento de novas testemunhas, inclusive a do titular da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Goiás, coronel Renato Brum dos Santos.

Em resumo, Luis Carlos, Edson Luís e Franz Augusto confirmam que conhecem há anos o assessor parlamentar e fazem diversos elogios a ele, como uma pessoa que é muito próxima da família, que “não sabe mentir”, é sensata, não fuma nem bebe, e que nunca fez nenhuma interferência na nomeação de cargos dentro das forças de segurança do Estado ou na indicação de promoções e de medalhas a policiais militares. Já Benito e Newton afirmaram haver uma forte ingerência por parte do assessor parlamentar dentro do governo na área de segurança pública.

Os três oficiais ouvidos no dia 22 rebateram a veracidade das afirmações de Benito e Newton, disseram que o governador recebe inúmeras mensagens diariamente em seu celular e não presta atenção nas que não são de contatos já gravados no aparelho, que até sua morte o empresário seria uma pessoa praticamente desconhecida e que suas denúncias ou queixas nunca chegaram a ser de conhecimento público ou do governo e fizeram ou confirmaram acusações contra os coronéis que narraram os encontros com Jorge e Cacai.

Apesar das afirmações de cunho pessoal ou criminal contra Benito e Newton, não foi apresentado nada que confirmasse o que foi dito pelos oficiais sobre os dois. Franz Augusto afirmou que entre 2019 e 2020, quando foi ajudante de ordem do governador, esteve em todas as reuniões nas quais Newton esteve participou na época e que em nenhum momento ouviu conversa sobre Fábio Escobar. Já Edson, que se apresenta como Coronel Raiado, concentrou boa parte das suas falas a ataques contra Benito, com quem mantém uma rixa pública desde meados de 2021.

Dos acusados pela morte do empresário, três se encontram presos, dois estão soltos e um, morto. Welton se matou em janeiro de 2023 durante operação da Polícia Civil em sua casa, em Anápolis. Ele também é suspeito de matar o fazendeiro Luiz Carlos Ribeiro da Silva em dezembro de 2022, crime que também ganhou contornos políticos durante as investigações. Glauko e Thiago estão presos desde setembro de 2023. Cacai ficou seis meses foragido e foi detido em junho. Erick foi preso com os dois colegas, mas conseguiu a liberdade em setembro de 2024. Jorge nunca chegou a ir para a cadeia.

O POPULAR entrou em contato com a assessoria do governador na sexta-feira para comentar sobre as afirmações de Newton e o pedido das defesas de Jorge e Cacai e até o fechamento desta reportagem não obteve resposta.