Daniel Bessa vive, em 2020, uma experiência nova e que considera muito especial. Joga pela primeira vez na carreira profissional em um clube brasileiro, após 11 anos atuando na Itália. É uma das 11 contratações do Goiás para a temporada e chegou por empréstimo junto ao Hellas Verona/ITA.“Duas vezes, por ano estava em Curitiba, com a família e os amigos de infância. Sempre me senti bastante italiano, mas muito mais brasileiro. Goiânia é uma novidade, cidade que não conhecia. O Goiás era um clube que conhecia muito, mas nunca enfrentei nas categorias de base. Venho com um livro aberto para escrever, não tem muito o que trazer, além da experiência de vida, de estádios. É uma nova vida, com expectativa de coisas novas e boas”, destacou o atleta de 27 anos, que já está regularizado e à disposição do técnico Ney Franco, pois teve o nome publicado no BID da CBF nesta sexta-feira (24).Natural de São Paulo, Daniel Bessa foi morar em Curitiba ainda criança. Na capital paranaense, atuou quase cinco anos na base do Coritiba e, posteriormente, na base do Athletico-PR, por nove meses, até ser convidado para atuar na Internazionale de Milão.“Participei dos torneios da categoria (sub-15), como a Copa Votorantim, e surgiu um convite. O clube (Inter/ITA) contatou minha mãe e meu irmão, que já jogava na Itália, e fomos conhecer. Gostamos da estrutura e fui para lá, como uma escolha de vida. A cada ano, fui me fixando na Inter, renovando o contrato até o momento de profissionalizar”, explicou o meio-campista, que atuou, por empréstimo em clubes como Vicenza/ITA, Bologna/ITA e Como/ITA. As últimas equipes foram o Genoa/ITA e o Hellas Verona/ITA, time com quem tem vínculo até 2022.O amor pelo esporte vem de família. O irmão (seis anos mais velho) de Daniel, atuou na Itália, mas nas quadras. Nas quase nove temporadas que atuou na Europa, como pivô, Rafael Bessa jogou por equipes de futsal como Terno/ITA, Asti/ITA e uma equipe próxima de Pescara/ITA.“Quando jogava futsal em Curitiba, meu irmão despertou o interesse de um clube italiano. Minha mãe (Sueli) correu atrás da dupla cidadania para ele, indo atrás da árvore (genealógica) da família e, automaticamente, veio a minha também. Depois de três, quatro anos, foi minha vez de ser procurado por uma equipe da Itália”, contou o atleta, que aguarda a chegada da mulher Rafaela em Goiânia.A nova opção para o meiocampo esmeraldino se define como uma pessoa tranquila, que gosta de ficar em casa, com família e amigos, além de um grande apaixonado por futebol. Dentro dos gramados, admite ser fã de um trio de craques que fez história nas equipes que passou.“O Alex, que também saiu de Curitiba e era tido como exemplo para todos da base pelo professor Miro. Quando cheguei na Itália, tinha o Pirlo como referência. O melhor que vi jogar de todos, apesar de ser em um período curto, foi o Ronaldinho Gaúcho. São três jogadores diferentes, que gosto bastante, apesar de saber que não tenho nada a ver com as características deles”, detalhou o atleta, que disse ter realizado outro sonho ao enfrentar o espanhol Xabi Alonso, em amistoso contra o Bayern/ALE, nos Estados Unidos.Com passagens nas categorias de base da seleção italiana, Daniel Bessa mantém os pés no chão quando o assunto é ser convocado para uma equipe nacional. “Tenho o desejo, é claro, mas não tenho essa fixação, pois sou muito realista. Vivi Inter de Milão, mas também uma Série B, em clubes menores”, explicou o meio-campista, que afirmou ter conversado com Rafhael Lucas (atacante, que já defendeu o Goiás) e Luisinho, que jogou na base esmeraldina, para saber mais informações da cidade e do clube.