Dezoito estabelecimentos foram obrigados a fechar as portas nesta quarta-feira (6) depois da fiscalização da Vigilância Sanitária de Goiânia. Ao todo, os fiscais realizaram 727 visitas ou abordagens e 319 precisaram ser notificadas para que tomem providências para atendimento dos protocolos de saúde para redução do contágio do novo coronavírus. Não houve registro de autos de infração e aplicação de multas. No caso de reincidência o comerciante poderá pagar até R$ 75 mil.A verificação desta quarta-feira, de responsabilidade da Prefeitura de Goiânia, foi a primeira com maior estrutura para verificar o cumprimento das normas dos decretos do Estado e também do município. O reforço no trabalho ocorre após uma reunião feita a pedido do governador Ronaldo Caiado (DEM) para que as prefeituras tivessem rigor com o cumprimento das medidas.O Setor Oeste foi o segundo bairro a receber o trabalho, a partir da região da Praça Tamandaré. A escolha é porque este possui o segundo maior número de confirmações de casos da Covid-19 na capital. O primeiro é o Bueno, que já foi fiscalizado. Segundo o último boletim epidemiológico, divulgado na última terça-feira (5) pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, são 43 confirmações no Setor Oeste.Coordenador da Central de Fiscalização Covid-19 da Prefeitura de Goiânia, Dagoberto Costa diz que a ação foi positiva porque 390 pessoas ou estabelecimentos estavam dentro do que o decreto assinado pelo governador em 19 de abril recomenda. Além de comércios e condomínios, os fiscais também abordaram pessoas que estavam em parques da cidade.Entre estes 18 estabelecimentos que foram obrigados a encerrar as atividades de atendimento direto ao público estão lojas de colchões, de celulares e de venda de roupas. Dagoberto Costa explica que a medida foi tomada porque o decreto não permite que os comércios estejam abertos, mas que podem atuar com venda pelo telefone ou internet e entregas.Dagoberto Costa explica que hoje (7) haverá nova reunião de planejamento para definição do próximo setor a receber a ação. Ele explica que outras ações também poderão ser criadas por um período indeterminado, enquanto estivermos em pandemia do vírus Sars-Cov-2, causador da doença Covid-19. Estas ações poderão ocorrer, inclusive, aos finais de semana, em qualquer região da capital.Além de autuação, multa e interdição, a Central Covid-19 realizará ações educativas.FocoNa ação desta quarta-feira, a Central Covid-19 observou se os estabelecimentos estão cumprindo normas de distanciamento social, utilização de máscaras e álcool em gel, por exemplo. A medida inclui, além do comércio, condomínios horizontais e verticais residenciais. Também haverá fiscalização nos parques e orientação no trânsito da região.No total, a Central de Fiscalização Covid-19 reúne cerca de 200 auditores fiscais da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh), Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMT), Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), além de agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM)de Goiânia, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar (PM), Procon Goiás e Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor do Estado de Goiás (Decon).Dagoberto Costa explica ainda que, em condomínios residenciais serão verificadas as áreas comuns, que devem permanecer fechadas. “Também iremos passar pelos parques e ressaltamos que a pessoa pode fazer exercício, desde que seja de forma individual. Aquelas pessoas que se reúnem com personal trainer ou educador físico, juntando dez pessoas, por exemplo, não podem fazer isso neste momento”, completa.Dagoberto afirma que serão fechados os estabelecimentos que não têm, neste momento, autorização para funcionar e ressalta que pode haver multa em um novo momento da fiscalização. “O estabelecimento que descumprir as normas pode ser autuado e a multa pode chegar a R$ 75 mil”.Titular da Delegacia do Consumidor em Goiás, delegado Gylson Mariano também participou da fiscalização e explicou que além do reforço à equipe, a delegacia vai continuar um trabalho já desempenhado em parceria com o Procon Goiás. Juntos, eles estão verificando eventuais aumentos abusivos de preços”, pontua.