Quando ouvia falar sobre congelamento de óvulos, a pedagoga Polyana Maria de Freitas, de 42 anos, pensava que seria algo muito longe de sua realidade. “Pensei que seria algo bem surreal de caro”, diz. Ela, que é viúva e já tem dois filhos, viu o desejo de ter um filho com o noivo, o policial militar Michael Vinícios Pereira, de 28 anos, crescer cada vez mais. “Estamos juntos há pouco mais de seis anos e comecei a ter a vontade de buscar um procedimento para engravidar. Como na época estávamos na pandemia, o cenário não era oportuno e comecei a procurar alternativas”, conta. Quando conversou com um médico especialista, ela entendeu que hoje em dia a técnica está mais acessível e que seria importante para a vida do casal. “O congelamento ou criopreservação de óvulos é uma técnica de reprodução assistida realizada com a intenção de preservar a fertilidade feminina para uso futuro, seja por uma motivo social ou oncológico”, explica Vinícius de Oliveira, médico ginecologista especialista em reprodução humana. Ele aponta que não há necessariamente uma idade limite. “Apesar disso, geralmente é recomendado que seja realizado antes dos 40 anos, preferencialmente antes dos 35 anos”, diz. “Pode-se dizer que a idade ideal para o congelamento de óvulos é entre 20 e 35 anos. Nessa faixa etária, os óvulos têm melhor qualidade e quantidade, aumentando as chances de sucesso no futuro uso para a fertilização in vitro”, diz.