Takumã Kuikuro: “Somos donos da nossa imagem e levamos as lutas dos povos do Xingu para museus, festivais, cinemas, redes sociais e exposições” (Wesley Costa / O Popular) “Queremos contar nossas próprias histórias sem a interferência ou a narrativa do branco. O desejo é de se criar uma verdadeira demarcação de telas”, adianta Takumã Kuikuro, cineasta membro do povo kuikuro, do Território Indígena do Xingu (MT). É ele quem assina a curadoria da exposição Xingu: Contatos, que marca a abertura da sede do Centro do Audiovisual do Museu Nacional dos Povos Indígenas (CAud) nesta quinta-feira (11), localizado na antiga Casa do Índio, no Setor Pedro Ludovico. A trajetória de luta e resistência dos povos do Xingu pode ser vista na exposição idealizada pelo Instituto Moreira Salles (IMS). A mostra, que conta com fotografias, cartografia e materiais audiovisuais, foi exibida pela primeira vez na sede do órgão em São Paulo entre 2022 e 2023. A exibição tem curadoria de Takumã, do jornalista Guilherme Freitas e da pesquisadora Marina Frúgoli.