Nenhum time goiano venceu na 7ª rodada da Série D do Campeonato Brasileiro. Depois dos empates de Anápolis e Crac em seus jogos no sábado (8), o Iporá perdeu para o Brasiliense neste domingo (9), por 1 a 0, gol de Tobinha, no Estádio Boca do Jacaré, em Taguatinga-DF. O time candango assumiu a liderança do Grupo A-5 da 4ª Divisão nacional.

Após sete rodadas, o Anápolis é o vice-líder da chave com 14 pontos, 2 atrás do Brasiliense, que tem 16 na ponta. O Iporá tem 11 e é o 3º colocado. O Mixto fecha a faixa de classificação à próxima fase, com 10 pontos em 4º lugar.

O Crac, agora, é o 5º colocado, também com 10 pontos, mas com pior saldo de gols.

No sábado (8), o Crac empatou com o Real Brasília por 0 a 0 em Catalão, e o Anápolis empatou, também em casa, com o União Rondonópolis.

Os próximos jogos dos goianos na Série D são na próxima quarta-feira (12):

Real Brasília x Crac - 15 horas 
Iporá x Brasiliense - 15 horas 
União Rondonópolis x Anápolis - 16h30

Série D: Iporá perde para o Brasiliense, e Anápolis deixa a liderança do Grupo A-5

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4ª Divisão

WEBSTORIES 2024 RETRO

Atlético-GO, Goiás e Vila Nova terminaram 2024 sem o principal objetivo da temporada. A meta do Dragão era permanecer na Série A, mas o clube atleticano foi rebaixado à Série B. Esmeraldinos e colorados lutaram pelo acesso à elite, mas ficaram pelo caminho e permanecem na Segundona.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Dos três principais clubes do futebol goiano, o <a href="https://opopular.com.br/esporte/atletico-go-aceita-proposta-e-vai-emprestar-atacante-para-o-futebol-japones-1.3214279" target="_blank">Atlético-GO</a> foi o único campeão com a conquista do inédito tri do Campeonato Goiano. O Dragão fez campanha histórica, registrou sequência de 15 vitórias seguidas (também considerando jogos da Copa do Brasil) nos primeiros três meses do ano, mas o bom desempenho passou longe no retorno da equipe à Série A, depois do acesso em 2023, e na Copa do Brasil.

No torneio eliminatório, o Atlético-GO venceu todos os jogos nas 1ª, 2ª e 3ª fases, mas duelou com adversários de menor expressão - União-MT, Real Brasília e Brusque. No primeiro desafio diante de um time da Série A, o Dragão sucumbiu diante do Vasco e se despediu da Copa do Brasil nas oitavas de final.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/esporte/goias-quer-elenco-de-ate-28-jogadores-e-n-o-vai-dificultar-saidas-de-alguns-jogadores-com-propostas-1.3214898" target="_blank">Goiás quer elenco de até 28 jogadores e não vai dificultar saídas de alguns jogadores com propostas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/esporte/rafael-lacerda-assume-vila-nova-comovido-por-busca-pelo-acesso-ja-passou-muito-perto-1.3215227" target="_blank">Rafael Lacerda assume Vila Nova comovido por busca pelo acesso: "Já passou muito perto"</a> 
<a href="https://opopular.com.br/esporte/atletico-go-aceita-proposta-e-vai-emprestar-atacante-para-o-futebol-japones-1.3214279" target="_blank">Atlético-GO aceita proposta e vai emprestar atacante para o futebol japonês</a></div>

Já no Brasileirão, o Atlético-GO só não ficou na zona de rebaixamento em 3 das 38 rodadas: 9ª (foi 13º colocado), 10ª (16º lugar) e 11ª (também (16º).

<div attr-cid="policy:1.3215341" attr-version="policy:1.3215341:1735652740" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3215341" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3215341', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3215341">WEBSTORIES 2024 RETRO (1.3215341)</a></div>

Nas outras 35 rodadas, a equipe rubro-negra figurou entre os quatro últimos. O prêmio de consolação foi não ter terminado a competição na lanterna, posição em que permaneceu durante 19 rodadas, equivalente a um turno.

O Atlético-GO teve problemas com interrupções de trabalhos de treinadores. O Dragão começou 2024 <a href="https://opopular.com.br/esporte/jair-ventura-atletico-go-e-conhecido-por-montar-equipes-competitivas-e-descobrir-talentos-1.3094875" target="_blank">sob comando de Jair Ventura</a>, que foi demitido durante a Série A. Vagner Mancini assumiu o cargo, mas sua passagem durou sete jogos até a demissão. Umberto Louzer assumiu o clube e também teve passagem rápida de 11 partidas. Anderson Gomes terminou a temporada como técnico interino.

O clube passa por uma reformulação em seu elenco, será comandado pelo técnico Rafael Guanaes em 2025, e a meta na próxima temporada será manter a hegemonia no Goianão, com a conquista do inédito tetracampeonato, ir mais longe na Copa do Brasil e voltar à Série A na temporada seguinte ao descenso.

Não são metas diferentes do rival Goiás. O clube esmeraldino quer acabar com o <a href="https://opopular.com.br/esporte/goias-tera-ataque-reformulado-em-2025-1.3213616" target="_blank">jejum sem o título</a> do Estadual - o último foi em 2018 - e conquistar o acesso à Série A.

São os mesmos objetivos que a equipe definiu para o ano de 2024, e não teve sucesso. A temporada foi a primeira do clube com o novo formato de gestão, com um Conselho de Administração no lugar da figura de um presidente executivo, além da criação do cargo de CEO.

Em março, no terceiro mês da temporada, o Goiás foi eliminado de maneira precoce no Goianão e na Copa Verde. A equipe esmeraldina foi superada pelos rivais Goiânia e Vila Nova, nas quartas de final dos respectivos torneios.

As eliminações resultaram em demissões do diretor de futebol Agnello Gonçalves e do técnico Zé Ricardo. Para a Série B, Lucas Andrino e Márcio Zanardi foram contratados para os respectivos cargos e iniciaram uma reformulação no elenco.

O clube esmeraldino teve bom desempenho nas oito primeiras rodadas da Segundona, quando alcançou o topo da tabela, mas sucumbiu durante a fase de oscilação que começou na 9ª rodada e durou até a 32ª rodada. A falta de resposta no momento turbulento e queda técnica dos atletas resultaram na demissão de Márcio Zanardi.

Três dias depois de ter sido demitido do Atlético-GO, Vagner Mancini acertou com o Goiás. A equipe demorou a engrenar, mas ele esteve à frente do time durante a sequência invicta de oito partidas, sendo sete vitórias consecutivas, maior marca do clube na história do Campeonato Brasileiro, considerando todas as divisões. A arrancada, no entanto, foi tardia e a equipe esmeraldina ficou a um ponto do acesso.

Quem começou o ano de 2024 com expectativas elevadas foi o Vila Nova. Em 2023, o clube colorado ficou a uma vitória do acesso à Série A, se reestruturou e tentou manter o pensamento de conquistas para a temporada seguinte. O Tigre voltou à final do Goianão, mas foi dominado pelo rival Atlético-GO na decisão e segue com o jejum sem o título estadual, que perdura desde 2005.

Clube goiano com mais participações (8) e jogos (34) na Copa Verde, o Vila Nova também chegou à final - a terceira dele no torneio regional. Como nas anteriores, ficou com o vice-campeonato, mas desta vez de maneira assustadora. O Tigre foi atropelado pelo Paysandu, com placar agregado de 10 a 0, após duas goleadas: 6 a 0 na ida e 4 a 0 na volta.

Como seus rivais, o Vila Nova tinha o <a href="https://opopular.com.br/esporte/tecnico-do-vila-nova-diz-que-principal-meta-e-acesso-e-quer-titulos-o-torcedor-deve-sonhar-1.3215193" target="_blank">acesso à Série A como principal objetivo</a>. O Tigre sempre começava a Série B com discurso de que a permanência era o foco e o que viesse depois seria conquista. Desta vez, desde o início o pensamento foi de buscar uma vaga na elite - assim como será em 2025.

O clube colorado esteve entre os dez primeiros colocados em todas as 38 rodadas da Série B - foi a primeira vez que isso ocorreu na história do Vila Nova. O Tigre figurou próximo da briga pelo acesso, experimentou algumas aparições no grupo dos quatro primeiros colocados, mas, na reta final da competição, entrou em declínio, perdeu pontos em jogos importantes (alguns em casa) e não alcançou a meta. Também seguirá na Segundona em 2025.

O Vila Nova foi outro que conviveu com interrupções de trabalhos de técnicos em 2024. O Tigre começou o ano com Márcio Fernandes, demitido após goleada no jogo de ida da final da Copa Verde. Luizinho Lopes assumiu a equipe por 26 jogos, também foi demitido. Na reta final da Série B, Thiago Carvalho comandou o clube colorado nas seis rodadas finais da Segundona. Sem acesso, não permaneceu para 2025. O Vila Nova será comandada por Rafael Lacerda no ano que vem.

RELEMBRE OUTROS FATOS DO ESPORTE

GOIANOS NA SUPERLIGA A

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Goiás Vôlei foi superado pelo líder Cruzeiro no encerramento do 1º turno da Superliga (Divulgação / CBV)

A final da Superliga B foi goiana. Saneago / Goiás Vôlei e Neurologia Ativa chegaram à decisão e garantiram a vaga na elite do vôlei nacional. A competição já tem um turno disputado e as duas equipes estão na <a href="https://opopular.com.br/esporte/times-goianos-terminam-ano-na-zona-de-rebaixamento-da-superliga-1.3213328" target="_blank">zona de rebaixamento</a>.

NA FÓRMULA 1

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Gabriel Bortoleto foi campeão da F2 antes de participar de sua primeira temporada da F1 (Divulgação / X (antigo Twitter / @Formula2)

O Brasil vai voltar para a Fórmula 1 em 2025. Gabriel Bortoleto, de 20 anos, assinou com a Sauber, e vai ser titular. O último brasileiro em corridas oficiais foi Felipe Massa, em 2017. <a href="https://opopular.com.br/esporte/confirmado-na-f1-gabriel-bortoleto-fecha-ano-com-titulo-da-f2-1.3208001" target="_blank">Gabriel foi campeão da Fórmula 2</a>, o que tornou o Brasil o único país com dois títulos na modalidade - Felipe Drugovich levantou o caneco em 2022. Na Fórmula 1 em 2024, Max Verstappen se tornou tetracampeão consecutivo.

OLIMPÍADAS DE PARIS-2024

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Rebeca Andrade (D) e Simone Biles (Alexandre Loureiro / COB)

O Brasil terminou as Olimpíadas de Paris-2024 com 20 medalhas. O número total de pódios foi menor do que Tóquio-2021, em que obteve 21. O País ficou longe do recorde de ouros, que é de sete em uma edição (Brasil-2016). Os destaques dourados foram. Rebeca Andrade, Beatriz Souza e a dupla Duda e Ana Patrícia, que conquistaram os lugares mais altos do pódio na <a href="https://opopular.com.br/esporte/rebeca-andrade-amplia-colec-o-de-medalhas-com-prata-no-salto-em-paris-1.3160905" target="_blank">ginástica artística</a> (solo), no judô (mais de 78kg) e no vôlei de praia, respectivamente.

ANO DO BOTAFOGO

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Thiago Almada vai deixar o Botafogo (Eduardo Carmim/Photo Premium/Folhapress)

O Brasil esteve nas finais de competições continentais. Na Sul-Americana, Cruzeiro e Racing (ARG) se enfrentaram em 23 de novembro, e o time mineiro foi derrotado. A final da Libertadores da América foi brasileira. O <a href="https://opopular.com.br/esporte/botafogo-supera-expuls-o-no-inicio-vence-atletico-mg-e-conquista-a-sua-1-libertadores-1.3205382" target="_blank">Botafogo derrotou o Atlético-MG</a>, no Estádio Monumental, em Buenos Aires (Argentina), por 3 a 1, e alcançou o topo da América pela primeira vez em sua história. Além disso, o time carioca ainda venceu o Campeonato Brasileiro.

PARALIMPÍADAS DE PARIS

O Brasil <a href="https://opopular.com.br/esporte/brasil-festeja-melhor-campanha-da-historia-nas-paralimpiadas-1.3172359" target="_blank">quebrou recorde</a> nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Com 280 atletas, conquistou 89 medalhas (25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze), e terminou em 5ª lugar no quadro final. As Paralimpíadas contaram com seis goianos, em 4 esportes. Jane Karla Rodrigues, no tiro com arco; Adria de Jesus, Nurya de Almeida e Raysson Ferreira, nas seleções de vôlei sentado; Carlos Alberto Gomes, no paraciclismo; e Rodrigo Parreira, no salto em distância.

Retrospectiva 2024: trio goiano naufraga nas duas principais divisões do Brasileiro

Futebol goiano

O técnico Rafael Lacerda, do Vila Nova, contou nesta segunda-feira (30) que o calvário recente do time colorado em busca do acesso à Série A, sem sucesso, pesou na chegada dele ao clube. O treinador não escondeu que o acesso à elite do Campeonato Brasileiro é o principal objetivo da equipe goiana no ano que vem - a Série B começa em abril.Na noite desta segunda-feira (30), Rafael Lacerda foi apresentado como novo treinador do Vila Nova. Aos 40 anos, ele iniciou a carreira como técnico profissional em 2019 e passou por Caxias (RS), Aimoré (RS), Amazonas, ABC e Barra (SC).Agora, Rafael Lacerda começará um novo desafio no Vila Nova. O principal foco de 2025 é o acesso à Série B, mas o treinador garantiu que a comissão técnica e os jogadores estão com os olhos voltados para a disputa do Campeonato Goiano, que abrirá a temporada. A estreia no Estadual será em 15 de janeiro, às 19h30, no Estádio Olímpico.“Quando eu venho para o Vila Nova, é claro que eu penso na Série B. Não tenha dúvidas disso, por isso que fizemos um contrato de um ano. Mas temos que pensar no momento. Hoje, meu principal foco é a preparação, preparar a equipe da melhor maneira possível para o meu primeiro adversário, que é a Aparecidense”, destacou o técnico.Nos dois últimos anos, o Vila Nova brigou pelo acesso durante a maior parte da Série B. Em 2023, o Tigre chegou na última rodada precisando apenas vencer o lanterna e rebaixado ABC, fora de casa, mas perdeu por 3 a 2 e não conseguiu subir. Em 2024, permaneceu entre os quatro primeiros durante várias rodadas, mas perdeu o ímpeto na reta final. Essa briga recente pelo acesso foi motivadora para Rafael Lacerda. “Vendo o que aconteceu nos dois últimos anos do Vila Nova, foi um fator determinante para eu vir. Acompanhei de perto muitos jogos do Vila Nova em 2023, quando escapou o acesso no último jogo para o ABC. Inclusive, no outro ano, comecei como técnico do ABC, mas não comandei o time no ano anterior, é bom citar isso. Vi o que o Vila Nova fez dentro de campo em 2024, em que se manteve por um bom período no G4. Dois anos seguidos com o Vila Nova perto do acesso. Isso mexeu demais comigo porque alguma coisa está muito perto desse acesso”, contou o treinador.Em 2025, o Vila Nova disputará o Goianão, a Copa Verde, a Série B e a Copa do Brasil. A expectativa, tanto da diretoria quanto do próprio treinador, é de que Rafael Lacerda esteja à frente da equipe em todos os torneios. Seria um contraste com o ano 2024, em que o clube teve quatro técnicos diferentes: Higo Magalhães, Márcio Fernandes, Luizinho Lopes e Thiago Carvalho.No Goianão, o Vila Nova lida com a pressão de não vencer o torneio desde 2005. Na Copa Verde, o time participou de três finais e acumulou três vice-campeonatos, sendo que o último, neste ano, terminou em uma goleada de 10 a 0 no agregado, contra o Paysandu.Na Série B, o clube busca o primeiro acesso. Já na Copa do Brasil, a expectativa é chegar o mais longe possível.“Quando falei que a minha responsabilidade de estar aqui é muito grande, gosto disso porque é o que nos alimenta. Ir para um clube que não almeja o acesso, você vai lá só passar. Falo com os atletas: o que vamos deixar no Vila? O Lacerda não vai deixar um legado, ter um retrato na parede, contar histórias para os filhos e netos? Se me perguntar, o grande objetivo é o acesso à Série A, porque já passou muito perto. Já esteve na porta em 2023, e em 2024 estava encaminhado, mas na reta final ficou um pouco distante”, complementou o treinador.Quem é Rafael Lacerda?Rafael Lacerda iniciou a carreira como zagueiro em 2002 e pendurou as chuteiras em 2018. Nesse período, defendeu principalmente equipes da Região Sul do Brasil e atuou pelo Goiás entre 2012 e 2013. Em 2019, estreou como técnico pelo Caxias e, no ano seguinte, foi vice-campeão gaúcho - perdeu para o Grêmio na decisão.Apesar da boa campanha do Caxias no Gauchão, o auge da trajetória de Rafael Lacerda como treinador foi pelo Amazonas. Em 2022, comandou o time de Manaus na Série D e conquistou o acesso. Em 2023, foi campeão da Série C antes de deixar o clube para comandar ABC e Barra.Rafael Lacerda retornou ao Amazonas em 2024, quando a equipe passava por dificuldades na Série B. Sob seu comando, o time se estabilizou, chegou a brigar pelo acesso por algumas rodadas e terminou em 11º lugar, mantendo o clube na 2ª Divisão em sua primeira participação no torneio.

Rafael Lacerda assume Vila Nova comovido por busca pelo acesso: "Já passou muito perto"

Entrevista

A configuração do Campeonato Brasileiro mudou com acessos e descensos na temporada de 2024. O futebol goiano registrou mais campanhas decepcionantes do que conquistas e não terá nenhum representante na Série A em 2025, algo que não ocorria desde 2018. Clubes do Sudeste e Nordeste seguem predominantes, considerando todas as divisões.

Em 2024, o futebol goiano registrou dois rebaixamentos: o Atlético-GO caiu para a Série B e a Aparecidense foi rebaixada para a Série D. O Dragão se junta aos rivais Goiás e Vila Nova, que não conquistaram o acesso à Série A e permanecem na Segundona em 2025. O Anápolis foi o principal destaque entre os times goianos.

O Galo da Comarca fez campanha histórica na Série D, foi vice-campeão em sua primeira final nacional e conquistou o inédito acesso à Série C. O Anápolis será o único representante do futebol goiano na 3ª Divisão nacional em 2025.

Na Série A, os clubes nordestinos vão fazer história em 2025. Serão cinco representantes na elite: Fortaleza, Bahia e Vitória garantiram a permanência, enquanto Sport e Ceará conquistaram o acesso neste ano. Será o maior número de participantes no formato dos pontos corridos, desde 2003.

Outra novidade na Série A em 2025 será a participação do Mirassol. O clube do interior paulista conquistou o inédito acesso e vai disputar a elite nacional pela primeira vez em sua história, justamente no ano do seu centenário.

O clube paulista é o quinto estreante no formato dos pontos corridos. Os outros foram: Brasiliense (estreou na Série A em 2005), Ipatinga (2008), Grêmio Barueri (2009) e Cuiabá (2021).

Centro-Oeste fora

A ausência de destaque na Série A será dos clubes do Centro-Oeste. Com os rebaixamentos de Atlético-GO e Cuiabá, nenhuma equipe da região participará da elite. A última vez que isso ocorreu foi em 2018. A região Norte permanece sem representante no Brasileirão em 2025.

Na Série B de 2025, portanto, Atlético-GO, Goiás e Vila Nova voltarão a se enfrentar na Segundona. Será a terceira vez na história que os principais rivais goianos participarão da competição na mesma temporada.

Em 2024, os paulistas foram maioria na Série B com oito participantes, mais de um terço. No ano que vem, o número despencou para três. Isso ocorreu por causa dos acessos de Santos e Mirassol à Série A e os rebaixamentos de Ituano, Guarani e Ponte Preta.

Na próxima temporada, Novorizontino, Botafogo-SP e Ferroviária, que conquistou o acesso em 2024, são os paulistas que vão disputar a Série B.

A Segundona também volta a contar com um time do Rio de Janeiro, que não é um dos considerados grandes. O Volta Redonda estará na Série B em 2025. O último clube do estado que participou da competição, diferente de Botafogo, Fluminense e Vasco, foi o Macaé, em 2015 - o Flamengo nunca foi rebaixado.

Na Série C, os clubes do Nordeste seguem predominantes. Dos 20 participantes, 8 são nordestinos, assim como em 2024. A principal novidade é o Retrô, do Pernambuco, que conquistou o título da Série D ao vencer o Anápolis na decisão e vai disputar a 3ª Divisão pela primeira vez.

Um dos principais clássicos do interior brasileiro, Ponte Preta x Guarani vai ocorrer na Série C pela primeira vez na história em 2025. Os rivais foram rebaixados neste ano e vão se encontrar na 3ª Divisão.

Na Série D, os clubes nordestinos também seguem em maior número. São 22 times, assim como ocorreu na edição deste ano.

Série D

Na 4ª Divisão, o futebol goiano terá quatro clubes. Três se classificaram por meio do Estadual: Goianésia, Goiatuba e Goiânia. O outro é a Aparecidense, que foi rebaixada na Série C.

A Série A em 2025 será paralisada durante o Mundial. A elite terá início no dia 29 de março, será interrompida entre os dias 15 de junho a 13 de julho, e concluída no dia 21 de novembro.

As outras divisões não serão paralisadas. A Série B vai de 5 de abril a 22 de novembro; a Série C de 13 de abril a 26 de outubro; e a Série D de 13 de abril a 28 de setembro.

Futebol goiano terá chance de repetir o que paulistas fizeram em 2008

O futebol goiano terá a oportunidade de em 2025 tentar repetir um feito que ocorreu apenas uma vez na história da Série B no formato dos pontos corridos: acesso triplo de clubes do mesmo Estado. A única vez que isso ocorreu na Segundona foi na edição de 2008.

Na ocasião, foram três times de São Paulo. O Corinthians foi o campeão com 85 pontos (é a maior pontuação da Série B na história), o Santo André terminou em 2º com 68 pontos e o Grêmio Barueri foi o 4º colocado com 63 pontos. O intruso entre os paulistas foi o Avaí, 3º lugar, com 67 pontos.

Em outras cinco edições, desde 2006, pelo menos dois clubes do mesmo Estado subiram, juntos, à Série A.

Na primeira edição, em 2006, Sport e Náutico conquistaram vagas na Série A. Em 2011, Portuguesa e Ponte Preta repetiram o feito. Nas edições de 2013 e 2014 foi a vez dos catarinenses: Chapecoense e Figueirense em 2013 e Joinville e Avaí no ano seguinte. Na última temporada, outra dupla paulista subiu à Série A: Santos e Mirassol.

Para a próxima temporada, os três principais clubes goianos já definiram que o acesso à Série A é o principal objetivo.&nbsp;

O Atlético-GO tenta fazer o bate-volta e retornar à elite na temporada seguinte ao descenso. O Goiás vai para sua segunda Série B consecutiva - neste ano ficou a um ponto do acesso. Já o Vila Nova busca o inédito acesso após fazer campanhas de destaque nas últimas temporadas.

Em 2025, será a terceira vez na história que o trio participa da mesma edição da Série B. As anteriores foram em 2016 e 2018. Sempre um time goiano conquistou o acesso.

Em 2016, o Atlético-GO estava na Série B e terminou a temporada como campeão. O Goiás foi rebaixado da Série A de 2015 e terminou a competição em 13º, enquanto o Vila Nova foi campeão da Série C de 2015 e finalizou a Segundona em 12º.

Em 2018, o Atlético-GO foi novidade após ter sido rebaixado em 2017. Goiás e Vila Nova já estavam na Série B.

Desta vez, o acesso foi conquistado pelo time esmeraldino, que terminou o torneio na 4ª posição. Os rivais também brigaram pelo acesso, mas ficaram pelo caminho. O Atlético-GO terminou em 6º, uma posição à frente do Vila Nova (7º).

Temporadas com acessos de 2 ou mais times do mesmo Estado

2006: Pernambuco (Sport e Náutico) 
2008: São Paulo (Corinthians, Santo André e Grêmio Barueri) 
2011: São Paulo (Portuguesa&nbsp;e Ponte Preta) 
2013: Santa Catarina (Chapecoense&nbsp;e Figueirense) 
2014: Santa Catarina (Joinville e Avaí) 
2024: São Paulo (Santos e Mirassol)

&nbsp;

Nordeste faz história na elite

Considerando todas as divisões do Campeonato Brasileiro na próxima temporada, o futebol nordestino é o que mais terá clubes. São 36 equipes do Nordeste espalhadas da Série A à Série D.

Região mais populosa do País e a que tem mais estados, os nordestinos são naturalmente maioria na Série D, com 22 representantes, mas também são maioria na Série C, com oito times, além de terem registrado o recorde de clubes da região na Série A com cinco clubes. Na Segundona, será apenas uma equipe.

O Ceará é o estado com mais representantes pelo Nordeste. São sete times cearenses: Ceará, Fortaleza (Série A), Floresta (Série C), Ferroviário, Horizonte, Iguatu e Maracanã na Série D.

A região Sudeste aparece atrás do Nordeste no número de times no Campeonato Brasileiro: 35. O estado de São Paulo puxa a lista com 17 clubes, em todas as divisões.

No ranking de estados com mais representantes, o Rio Grande do Sul é o segundo do País com mais times no Campeonato Brasileiro. Grêmio, Internacional e Juventude estão na elite, Caxias e Ypiranga na Série C e o quarteto Brasil de Pelotas, Guarany de Bagé, São José e São Luiz vão jogar a Série D.

Sozinho, o futebol goiano é responsável por 57,1% dos times do Centro-Oeste no Campeonato Brasileiro.

Sem representantes na elite nacional, Atlético-GO, Goiás e Vila Nova estão na Série B, o Anápolis na C, Aparecidense, Goianésia, Goiatuba e Goiânia na Série D.

Capital e Ceilândia são os times do Distrito Federal na Série D, o Operário-MS é a única equipe do Mato Grosso do Sul e jogará a Série D, enquanto Cuiabá (Série B), Luverdense e Mixto (Série D) são os representantes do Mato Grosso.

A região Norte do País é a que tem mais estados com apenas um time no Campeonato Brasileiro. Todos estão na Série D: GAS (Roraima), Porto Velho (Rondônia) e Trem (Amapá). O Mato Grosso do Sul, com o Operário-MS, é o outro estado com apenas um time garantido em alguma divisão (também a Série D) da principal competição do Brasil.

Mapa do Campeonato Brasileiro 2025: como ficaram as quatro divisões

Futebol

Os acessos e rebaixamentos deste ano mudaram a geografia da Série A do Brasileirão para 2025. A nova configuração tem recordes batidos e ausências que não aconteciam há alguns anos.

Os paulistas são maioria. O estado de São Paulo terá seis representantes na elite do Brasileirão no ano que vem: Bragantino, Corinthians, Mirassol, Palmeiras, Santos e São Paulo. Em 2024, o Rio de Janeiro teve os mesmos quatro times que SP.

Os seis times na elite fizeram o estado de São Paulo igualar um recorde: maior número de representantes nos pontos corridos com 20 times. Os paulistas tiveram o mesmo número de equipes na Série A em 2006, 2010 e 2012.

Os nordestinos também bateram um recorde. A região terá, pela primeira vez, cinco representantes ao mesmo tempo na Série A por pontos corridos: Bahia, Vitória, Fortaleza, Ceará e Sport. Antes, a maior marca tinha quatro equipes.

"É um feito histórico, que mostra a força do Nordeste. Estar na Série A significa ter acesso a maiores recursos financeiros, seja em relação aos direitos de transmissão, ou a possibilidade de atrair investimentos externos ou novos patrocínios. Ter essa representação é benéfico também para o campeonato, que agora conta com mais times de massa, capazes de lotar os jogos. O Brasileirão só tem a ganhar com isso", disse Moara Miranda, especialista em eventos esportivos.

A queda do Athletico significou o fim de uma longa presença de times do Paraná na Série A. A última vez que a competição não contou com uma equipe do estado foi em 1990.

O Centro-Oeste não terá nenhum representante. As quedas de Atlético-GO e Cuiabá deixaram a Série A sem nenhum time da região pela primeira vez desde 2018.

TIMES NA SÉRIE A DE 2025 POR ESTADO 
São Paulo: 6 (Bragantino, Corinthians, Mirassol, Palmeiras, Santos e São Paulo)

Rio de Janeiro: 4 (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco)

Rio Grande do Sul: 3 (Grêmio, Internacional e Juventude)

Bahia: 2 (Bahia e Vitória)

Ceará: 2 (Ceará e Fortaleza)

Minas Gerais: 2 (Atlético-MG e Cruzeiro)

Pernambuco: 1 (Sport)

TIMES NA SÉRIE A DE 2025 POR REGIÃO 
Sudeste: 12

Nordeste: 5

Sul: 3