Pelo menos uma atleta goiana estará nos Jogos Olímpicos de Paris, entre 26 de julho e 11 de agosto. Natural de Pirenópolis, a ciclista Raiza Goulão, de 33 anos, conquistou a vaga brasileira no mountain bike e é só orgulho por estar a caminho de sua segunda Olimpíada.

“É um orgulho muito grande representar o estado de Goiás na minha segunda Olimpíada. Acredito que nosso estado tem muito potencial para esportes, não somente a bike. O esporte, no Brasil, necessita de olhos e direcionamento desde a base, desde a escola, e pensar no futuro com mais leveza, dar oportunidade para as crianças e jovens conhecerem esportes olímpicos. É entender que se pode ter uma vida de muito sacrifício e dedicação, como qualquer trabalho e escolha profissional”, contou a ciclista goiana ao POPULAR.

Raiza Goulão é pentacampeã brasileira de XCO (cross country olímpico), tricampeã brasileira sub-23, atual campeã brasileira de short track e faturou a medalha de bronze no mountain bike dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, em outubro do ano passado.

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Há praticamente três anos, o ranking olímpico vem sendo traçado para determinar quem será a representante feminina do Brasil no mountain bike nas Olimpíadas de Paris. Karen Olímpio era a principal concorrente de Raiza, enquanto Isabella Lacerda e Hercília Najara corriam por fora.

Raiza levou a melhor na pontuação do ranking internacional e foi convocada pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) para ser a representante nacional no mountain bike. Paola Reis (BMX Racing), Ulan Galinski (mountain bike), Tota Magalhães (Estrada) e Vinícius Rangel (Estrada) são os outros convocados do ciclismo brasileiro até aqui.

“Fico muito feliz de voltar a disputar as Olimpíadas. Infelizmente, em Tóquio, a pandemia e uma lesão acabaram me tirando um pouco da disputa. A pandemia porque eu tive algumas provas em que consegui pontuar, e o critério era por pontos. Eu ia conseguir chegar próxima de outro atleta, mas vinha de um problema de saúde e não pude competir o suficiente. Quando voltei à minha performance, a dominar novamente no cenário nacional, algumas provas em que eu pontuei não somaram e isso me tirou da disputa por pontos, não por performance. Eu era a melhor atleta do Brasil performando, porém não tinha os pontos. Logo depois, tive uma lesão, uma fratura na minha mão, quatro cirurgias. Então, não era para ser”, relembrou Raiza.

Em 2016, Raiza Goulão participou das Olimpíadas do Rio e terminou em 20º lugar. Após o desapontamento de não se classificar para Tóquio, a ciclista goiana acredita que chega mais preparada para o evento em Paris, com tempo suficiente para fazer os últimos ajustes antes de viajar para a França.

“Meu foco agora é totalmente em mim, na minha preparação. Serão três semanas até a minha próxima prova, vou ficar duas semanas no Brasil e depois parto para a Europa para competir em uma etapa da Copa do Mundo. Vai servir como um treinamento para as Olimpíadas”, afirmou. De 5 a 7 de julho, a etapa da Copa do Mundo será disputada em Haute-Savoie, na França.

Com a confirmação de que estará em Paris, Raiza Goulão revelou que mergulhará de cabeça em uma “bolha” de treino, trabalho físico e mental, tudo alinhado para que ela consiga o melhor desempenho possível.

A goiana vai treinar em Andorra, um lugar em que ela gosta de estar, com montanhas que a fazem se sentir conectada com algo maior. Além disso, o fato de correr na altitude também vai ajudar na preparação.

No dia 22 de julho, Raiza Goulão entra na Vila Olímpica para a disputa dos Jogos de Paris. Ainda não há definição exata de data e horários para as provas de mountain bike, mas elas devem ocorrer em 27 ou 28 de julho, segundo a atleta. De qualquer forma, o importante é estar presente no principal palco esportivo do mundo.

“Paris vem com um gosto mais forte, (sou) uma atleta mais madura, centrada. O ano de 2024 vem sendo muito desafiador, vida de atleta é isso. Meus planos iniciais são modificados a cada dia, estou me adaptando e me ajustando a alguns problemas, a tudo que não fluiu como planejado, mas acho que a vida é isso, nada é como planejado, temos que ir seguindo como o Universo nos manda.”

Confirmada em Paris, ciclista goiana vive desafio de disputar 2ª Olimpíada

Esporte

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Vaga olímpica

Terminado um ano olímpico, os atletas de alto rendimento iniciam agora o ciclo para mais uma edição dos Jogos. Tudo o que eles querem, além de saúde e medalhas, é que o caminho até as disputas esportivas de 2028, em Los Angeles, seja pouco acidentado. O trajeto até Tóquio e Paris não foi assim.

Tóquio-2020 não foi nem Tóquio-2020. O evento ficou para 2021, sem público, em meio à pandemia do então novo coronavírus. E as restrições ligadas à Covid-19 tornaram complicada a vida do mundo todo, realidade da qual evidentemente não escaparam os esportistas.

Veio, então, Paris-2024, com um atípico ciclo de três anos. Uma das consequências foi uma incidência também atípica de atletas mencionando na França questões de saúde mental, tratadas até como mais relevantes para os resultados dos que as físicas.

Foi o caso de Isaquias Queiroz, que já tinha recebido três medalhas nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, e em 2021, em Tóquio, alcançou sua maior, o ouro na modalidade individual de 1 km da canoagem (C1 1.000). Em 2023, exaurido, tirou um ano quase sabático, que quase lhe custou a vaga olímpica.

"Eu estava muito sobrecarregado, mentalmente, psicologicamente, muito estresse mental. Eu não conseguia raciocinar direito, explodia em casa por qualquer coisa, com o Sebastian", afirmou, já com a medalha de prata de Paris no peito. "Falei: 'Não sei o que está acontecendo, estou descontando no meu filho, não tem nada a ver'."

De acordo com o baiano de 30 anos, subir ao pódio só foi possível por causa do período em que deixou o esporte em segundo plano. A estratégia para Los Angeles-2028 também tem o descanso como componente fundamental.

"Estou tentando fazer um planejamento em que o ano de 2025 vai ser mais tranquilo, mais relax, um ano em que eu não preciso me preocupar tanto com os resultados. Para ter esses resultados, é preciso fazer um treino pesado, o que pode acabar prejudicando bastante lá na frente", disse o canoísta.

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Também saiu desgastada de Paris a judoca Bia Souza (26). E foi cansativo o período pós-olímpico, com uma série de compromissos comerciais decorrentes do ouro que conquistou na categoria acima de 78 kg - ela ainda foi decisiva no bronze do Brasil na disputa mista por equipes. Ao fim do ano, só queria "merecidas férias".

Não é muito diferente o raciocínio daqueles que não obtiveram em Paris aquilo que foram buscar. Ana Sátila, 28, por exemplo, ainda está tentando recalibrar as energias após uma edição olímpica que considerou decepcionante, sem medalha em nenhuma das três provas de que participou na canoagem slalom.

"É uma ressaca que você sente", afirmou. "Foram dois ciclos muito pesados. Eu praticamente não tive férias, assim como vários outros atletas que eu conheço, porque era um período menor e a gente queria chegar bem preparado. Percebo hoje que houve uma exaustão incomum dos atletas, sabe?"

Agora, espera-se alguma normalidade, alguma previsibilidade, no caminho para Los Angeles. Mas, antes, os atletas estão priorizando o descanso. Físico, mas, ainda mais, mental.

Atletas descansam e esperam, enfim, um ciclo olímpico sem sobressaltos

Paris 2024

Na Bike com Deficiente Visual

A 60ª edição do projeto Na Bike com Deficiente Visual (NBDV) ocorreu no último domingo (11) e contou com a presença de 68 participantes, sendo 20 duplas em bicicletas tandem, aquelas que possuem dois lugares e que levam pessoas com deficiência visual. Os demais ciclistas foram pessoas que participaram do evento em bicicletas comuns.

O NBDV foi criado no final de 2016 e tem objetivo de levar um pouco de diversão, socialização, conhecimento histórico de Goiânia e atividade esportiva a pessoas que não enxergam ou têm graves problemas visuais.

No domingo, antes do início do pedal, o Grupo Jaime Câmara foi homenageado. Depois, os ciclistas saíram do Parque Areião por volta das 8h40 com destino ao Parque Campininha das Flores, no setor Aeroviário. Lá, os condutores contaram a história do parque para os participantes que não enxergam ou têm graves problemas visuais.

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No retorno, o grupo parou no Sebrae para hidratação e conheceram detalhes de um curso de empreendedorismo voltado para deficientes visuais. A chegada no Parque Areião foi por volta das 11h30.

Todo trajeto contou com a presença de uma equipe da Secretaria Municipal de Mobilidade de Goiânia (SMM) e de uma ambulância da Unimed para apoio em casos de acidentes e suporte médico.

Projeto completa 60 edições com pedal em Goiânia

Ciclismo

Há oito anos, três ciclistas inspirados em um projeto de Brasília criaram um grupo de pedal em Goiânia que, em cada edição, fez com que deficientes visuais pudessem participar de atividades esportivas na cidade e conhecessem um pouco mais de locais históricos da capital. O projeto cresceu e neste domingo (10) terá a 60ª edição, a partir das 8 horas, no Parque Areião.

O “Na Bike com Deficiente Visual (NBDV)” foi criado em novembro de 2016 com objetivo de levar um pouco de diversão, socialização, conhecimento histórico de Goiânia e atividade esportiva a pessoas que não enxergam ou têm graves problemas visuais.

O projeto começou com três bicicletas tandem (aquelas que possuem dois lugares) e hoje tem 33 equipamentos do tipo. O grupo conta com 80 pessoas, entre condutores e pessoas com algum tipo de deficiência visual. O número deve aumentar nos próximos meses, já que uma das patrocinadoras deve doar novas bicicletas.

Um dos integrantes do NBDV é Alexandre Augusto Pereira Silva, de 19 anos. Ele nasceu prematuro com seis meses e com cegueira congênita, quando uma pessoa nasce cega. Aos 6 anos, foi diagnosticado com autismo.

Por causa do autismo, Alê, como é conhecido, tem hiperfoco na música. “Gosto de todos os tipos, do rock ao sertanejo”, brincou o participante do NBDV, que iniciou no projeto com 11 anos e só fica fora de alguma edição quando tem algum problema de saúde.

“Pedalar também me ajudou a cantar e conversar com as pessoas. Eu gosto de cantar enquanto pedalo com meu condutor”, completou Alê, que também é percussionista e integra a banda “Os Lanternas”, além de adorar matérias de exatas.

“O pedal veio pra somar. O Alexandre é o único autista do projeto. Ele tem mobilidade boa, consegue pedalar muito bem. Agregou muito à parte social dele, saiu do comodismo, não tem essa de não querer conversar. Ele fala sem parar, é muito ativo e o projeto trouxe muitos benefícios para a vida dele”, comentou Luiza Inês, mãe do Alê e uma das coordenadoras do NBDV.

Alê, como todos os participantes com deficiência visual do projeto, participam das edições acompanhados por um condutor. O parceiro de Alê é Supercilio Barros Filho, de 68 anos. Ele é um dos fundadores do projeto e atualmente ocupa o cargo de presidente do NBDV.

“O projeto visa dar condições à pessoa com deficiência visual de interagir e se integrar à cidade de Goiânia por meio dos passeios ciclísticos”, contou o condutor, que não faltou a nenhuma edição do projeto desde a criação.

O NBDV surgiu em Goiânia no final de 2016 inspirado no projeto “DV Na Trilha”, de Brasília. O primeiro passeio foi na Praça Cívica, com três bicicletas doadas pelo projeto coirmão.

Ao longo dos anos, o projeto goiano cresceu, ganhou patrocinadores como a Unimed e a loja Milk Moon, que são empresas que doaram bicicletas ao longo dos últimos anos. Em cada edição, os participantes pedalam em torno de 12 a 16km.

Os pedais do NBDV também contam com batedores da Secretaria Municipal de Mobilidade de Goiânia (SMM), que acompanham o trajeto do grupo. Uma ambulância da Unimed também fica presente nas edições do projeto para casos de acidentes e garantir suporte médico.

O ponto de encontro é no Parque Areião, no Setor Pedro Ludovico. De lá, o grupo pedala por Goiânia e sempre há pausas em parques ou algum local histórico, onde os condutores são responsáveis por narrar a história do local e as características para os participantes com deficiência visual.

As edições costumam ocorrer sempre no terceiro domingo do mês, mas, em alguns casos, como neste mês, é adiantado para o segundo domingo ou adiado para o quarto, quando há casos de feriados, como será na próxima semana com o feriado da Proclamação da República (15 de novembro).

“O projeto continua vivo graças às crianças e adolescentes, que hoje são os adultos do projeto. Nós temos muitos participantes que começaram conosco com 11, 12 anos e hoje permanecem no pedal com 19, 20 anos”, salientou Supercilio Barros, um dos fundadores do NBDV.

Projeto foi porta de entrada no paraciclismo 
Além de propiciar socialização, conhecimento histórico de Goiânia e atividade esportiva para pessoas que não enxergam ou têm graves problemas visuais, o Na Bike com Deficiente Visual (NBDV) foi a porta para algumas pessoas com deficiência visual ingressarem no paraciclismo. O goiano Flávio César dos Santos integra o projeto desde 2016 e hoje representa o Estado em competições da modalidade.

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Flávio César, de 44 anos, pedala desde criança. Na fase adulta, quando cursava Administração e precisava trabalhar, tinha a bicicleta como meio de locomoção. Após convite de um amigo, começou a pedalar por volta de 2009.

Dois anos depois, já com alguns problemas de visão, ele recebeu o diagnóstico de retinose pigmentar, que é uma doença que causa a degeneração dos fotorreceptores da retina e leva à perda gradual da visão. O paraciclista explicou que não perdeu totalmente a visão, mas só enxerga vultos.

“Eu enxergava normalmente. Já dirigi carro e moto, fui motorista”, contou Flávio César, que, em 2015, sofreu um acidente durante um pedal. Ele não sofreu nenhuma fratura, mas teve uma forte pancada na cabeça, que piorou sua condição visual e resultou em uma orientação para largar o ciclismo.

“O médico me falou que era o momento de eu parar de pedalar. Vendi minha bicicleta, fiquei um ano bem desanimado, até que conheci o projeto (NBDV) no final de 2016. Foi como um renascimento para mim no esporte, que amo desde criança”, completou o competidor.

Desde 2016, Flávio César voltou a pedalar ao lado de um condutor no projeto e, há três anos, começou a competir em provas da modalidades após ser convidado por Janildes Fernandes, histórica ciclista goiana com três participações em Olimpíadas (Sydney-2000, Atenas-2004 e Londres-2012), para treinos da modalidade.

Flávio César compete na categoria tandem, de bicicletas com dois lugares. Seu condutor nas provas é Ideglan Valente. “No ano passado, fui bronze na Copa do Brasil, também fiquei em 3º no Brasileiro e fui vice-campeão goiano em 2023 e neste ano”, detalhou Flávio César sobre suas recentes conquistas. No final deste mês, ele vai competir em Ribeirão Preto-SP na 3ª etapa da Copa do Brasil.
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Grupo completa 60 edições de pedal inclusivo e com afeto

Paraciclismo

Nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, que chegaram ao fim no último domingo (8) com recorde brasileiro de medalhas - 89 conquistadas, 5º lugar no quadro geral -, nenhum atleta goiano subiu ao pódio. Esta edição teve a participação de seis atletas nascidos no Estado, de quatro modalidades diferentes.

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Jane Karla é um dos maiores destaques do esporte paralímpico goiano. Com 49 anos, a atleta participou de sua quinta edição de Paralimpíadas, sendo que em Pequim-2008 e Londres-2012 a goiana era representante do tênis de mesa. Nas três edições seguintes, competiu no tiro com arco. Em Paris-2024, Jane disputou duas modalidades -&nbsp; Individual e Duplas Composto W2 -, e caiu nas quartas de final duas vezes.

No individual, a derrota foi para a britânica Jodie Grinham por 143 a 141. Já nas duplas do arco composto, a goiana competiu acompanhada do gaúcho Reinaldo Charão, e os brasileiros foram derrotados pela dupla iraniana Fatemeh Hemmati e Hadi Nori por 153 a 151.

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Rodrigo Parreira, de Rio Verde e dono de duas medalhas paralímpicas (prata nos 100 metros rasos e bronze no salto em distância nos Jogos Paralímpicos Rio-2016), também saiu sem pódio de Paris.

Neste ano, o atleta encerrou sua participação na 6ª colocação do salto em distância masculino, classe T36.

<h2>Ciclismo</h2>

Esta foi a segunda participação de Carlos Alberto Soares em Paralimpíadas. Ele esteve em Tóquio-2020. Neste ano, o atleta de Anápolis disputou três categorias do ciclismo e teve uma melhora nos resultados, comparando com a atuação na última edição. O atleta disputa competições no velódromo e nas categorias de estrada.

“As provas no velódromo são mais intensas e curtas, têm uma preparação um pouco diferente em algumas partes, e a bicicleta também tem suas particularidades. Cada vez mais, o Brasil vem melhor nas provas no velódromo. Tenho melhorado aos poucos, ainda tenho uma performance melhor na estrada”, comentou Carlos Alberto sobre as diferenças entre as modalidades.

Nas Paralimpíadas, Carlos ficou em 7º lugar na perseguição individual do ciclismo no velódromo, sendo que em Tóquio-2020 terminou a prova em 10º lugar.&nbsp; Já na categoria contrarrelógio-C1, o atleta subiu do 8 º lugar para o 7º. O tempo em 2024 foi de 23min23s52.

Carlos terminou a participação em Paris-2024 no último sábado (7), quando disputou a modalidade resistência C1-C3. O anapolino terminou na 23ª posição, entre 33 atletas, com o tempo de 2h07min48s.

“Para os Jogos de 2024, fizemos um trabalho diferenciado. Trabalhamos tudo que foi possível, tive uma evolução boa, uma evolução de equipamentos também, mas infelizmente não consegui uma medalha. Tive uma evolução, mas todos os atletas também evoluíram bastante. Vamos continuar trabalhando sempre em busca de melhorar”, completou Carlos.

<h3>Vôlei sentado&nbsp;</h3>

Adria Jesus da Silva e Nurya de Almeida Silva eram as goianas na seleção brasileira feminina de vôlei sentado. A equipe, que conquistou a medalha de bronze nas duas últimas edições de Jogos Paralímpicos, ficou em 4º lugar em Paris-2024. O Brasil foi derrotado pelo Canadá, por 3 sets a 0, na disputa de 3º lugar.

Pensando no ciclo paralímpico de Paris-2024, Nurya destacou que a preparação foi intensa, com muitos treinos e que o investimento da Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD) auxiliou no processo. O objetivo foi a busca pela medalha.

“Porém, não conseguimos chegar ao pódio. Considero que as outras seleções foram melhores e conseguiram crescer mais que o Brasil. Sem os investimentos, talvez não teríamos nem a vaga para Paris. A medalha é o sonho de todos e, nesta edição, o Brasil não alcançou seus objetivos”, concluiu a atleta.

Pensando nos resultados, Nurya ressaltou: “O aprendizado é que o trabalho precisa ser árduo e que cada dia mais o pódio fica mais difícil de ser conquistado. A medalha não veio, mas saímos dos Jogos com o dever cumprido de todo um ciclo de trabalho e dedicação. Agradeço a todos pelo apoio e pela compreensão nas ausências”, disse a atleta goiana.

Já a equipe masculina de vôlei sentado terminou a edição na 6ª colocação. A seleção brasileira teve uma vitória e três derrotas durante a competição. O Brasil foi derrotado pelo Cazaquistão no confronto valendo a 5ª colocação. Raysson Ferreira de Abreu Silva era o representante goiano entre os convocados para a modalidade.&nbsp;

Raysson chegou na seleção em 2023 e participou dos Jogos Parapan-Americanos, em que o Brasil foi campeão e conquistou a vaga para Paris-2024.

“Depois da competição, continuamos a fase de treinamentos porque o tempo era curto. Nesse meio do caminho, conseguimos jogar uma Copa do Mundo, mas não tivemos um resultado tão agradável. Nesta competição, que aconteceu em novembro [de 2023], o técnico da seleção masculina tinha acabado de chegar. Era um técnico novo, assumindo uma seleção já meio que formada, com uma base muito boa. Só que, no decorrer desse ano, mudaram peças, estilo de jogo, esquema tático e técnico”, comentou Raysson.&nbsp;

<h4>Resultados</h4>

Rodrigo Parreira (atletismo): 6ª colocação do salto em distância masculino, classe T36.&nbsp;

Carlos Alberto Gomes Soares (ciclismo): 7º lugar na perseguição individual do ciclismo no velódromo; 7º lugar no contrarrelógio-C1; e 23º na resistência C1-C3

Jane Karla Gögel (tiro com arco): chegou até as quartas de final, tanto na competição individual, como no arco composto e em dupla.&nbsp;

Adria Jesus da Silva, Nurya de Almeida Silva (vôlei sentado feminino): 4º lugar

Raysson Ferreira de Abreu Silva (vôlei sentado masculino): ficou em 6º lugar

&nbsp;

(Renata Akutsu é estagiária do Grupo Jaime Câmara em convênio com a Universidade Federal de Goiás)