Atlético-GO e Corinthians se enfrentam na noite de terça-feira (11), no Estádio Antônio Accioly, pela primeira vez estando os dois juntos na zona de rebaixamento do Brasileirão. Após sete partidas disputadas, o Dragão está em 18º lugar (4 pontos), enquanto o Timão está um pouquinho acima, na 17ª posição (5 pontos).

Na Série A, os dois clubes fizeram jogos relevantes, mas geralmente o Dragão estava na luta contra o rebaixamento ou no Z4. No lado oposto, o Corinthians na parte alta da tabela, brigando por título ou por vagas nos torneios continentais.

No histórico do confronto, um time decretou a queda do outro em uma ocasião. Isso se deu no dia 4 de novembro de 2012, em Brasília, no Estádio Serejão. O Corinthians venceu por 2 a 0 e carimbou o descenso atleticano, após três anos na elite. O time paulista se preparava para disputar o Mundial de Clubes, no qual foi campeão.

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Outro encontro simbólico se deu no dia 28 de agosto de 2017, pelo 2º turno. O time atleticano estava reagindo na Série A e surpreendeu os corintianos na casa deles, com gol de Gilvan. O goleiro Marcos foi destaque do Dragão e ganhou espaço nas redes sociais, principalmente nas dos palmeirenses, em que virou “São Marcos”, denominação dada a um dos maiores ídolos do clube. O fim daquele ano foi de descenso do Atlético-GO e título do Corinthians o último do clube no Brasileirão.

Há capítulo especial entre os times na Série A de 2010. O Dragão tinha dificuldades nos jogos, sofria com a inexperiência no torneio - estava fora da elite desde 1986 - e poucos recursos para investir. O técnico René Simões chegou para buscar a reação. Conhecido por ser um profissional respeitado pelo trabalho motivacional, René teve uma sacada antes do jogo no Pacaembu. No hotel, convocou os atletas para uma atividade extra. Foram ao cinema e assistiram ao filme “Tropa de Elite 2”. Resultado: Atlético-GO 4 a 3, no dia 10 de outubro. A vitória foi decisiva na luta para evitar o descenso - o Dragão foi 16º (42 pontos).

Na abertura do Brasileirão de 2021, o Atlético-GO também surpreendeu em São Paulo e venceu por 1 a 0, com gol de Zé Roberto e pênalti defendido por Fernando Miguel, no dia 30 de maio. Logo depois, no dia 2 de junho - desta vez pela Copa do Brasil - novo triunfo atleticano sobre o time paulista (2 a 0). Naquele ano, o Dragão eliminou o Corinthians e fez boa campanha no torneio.

O Atlético-GO volta ao Bairro de Campinas após duas partidas fora - bateu o Vitória (2 a 0) e perdeu do Juventude (1 a 0) -, e o Corinthians não se deu bem na última apresentação em casa, onde foi derrotado pelo Botafogo (1 a 0). No Antônio Accioly, o Dragão procura a primeira vitória em casa na Série A. Depois da conquista do inédito tri do Estadual, no dia 7 de abril (bateu o Vila Nova por 3 a 1), sentiu só uma vez o gosto de ganhar como mandante - fez 4 a 2 sobre o Brusque-SC, pela Copa do Brasil, no dia 22 de maio.

Para o próximo jogo, a torcida atleticana alimenta a preocupação com a instabilidade técnica e emocional do time. O Dragão, depois de conseguir efeito suspensivo da punição, pode contar com o goleador Luiz Fernando, suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), por “ofensa à honra” à arbitragem do jogo Atlético-GO 1 x 2 Flamengo, na 1ª rodada.

Emprestado pelo Corinthians, o volante Roni não pode jogar a partida no Antônio Accioly por causa de cláusula entre os clubes.

O Corinthians vive crise interna, incertezas, denúncias e convive com o fim do ciclo no clube do goleiro Cássio, ídolo da torcida e um dos grandes nomes da história alvinegra. Também está à procura de ajustes, sob direção do técnico português Antônio Oliveira. Na Série A, a goleada (3 a 0) sobre o Fluminense foi o momento mais lúcido do time. Pressionada pela torcida, a diretoria convive com problemas financeiros para reforçar o elenco para a sequência da temporada.

Atlético-GO recebe Corinthians com os dois clubes juntos no Z4 pela primeira vez

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Série A

A temporada do Atlético-GO chegou ao fim neste domingo (8). Na Arena Fonte Nova, o Dragão perdeu para o Bahia por 2 a 0, e agora as atenções do clube estão voltadas para 2025. Segundo o treinador interino Anderson Gomes, a equipe rubro-negra vai fazer de tudo para ter um ano exemplar sob o comando do técnico Rafael Guanaes.

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Neste domingo, o Atlético-GO entrou em campo apenas para cumprir tabela, pela 38ª rodada do Brasileirão. Com o revés, que teve gols de Thaciano e Lucho Rodríguez, o Dragão igualou a sua pior pontuação na história da Série A de pontos corridos - o rubro-negro terminou a competição em 19º lugar, com 30 pontos, a mesma quantidade de 2012.

“Foi uma reta final de campeonato digna. Conseguimos representar bem o Atlético-GO, fizemos a melhor pontuação possível e conseguimos não terminar na última colocação, que é uma posição muito ruim. A ideia era também fazer mais um ponto para não ter a pior campanha”, avaliou Anderson Gomes, em entrevista coletiva em Salvador.

O treinador interino comandou o Dragão nas sete últimas rodadas do Campeonato Brasileiro, após a demissão de Umberto Louzer quando o time estava virtualmente rebaixado. O profissional não evitou a queda matemática do Atlético-GO, mas tirou os goianos da lanterna. O Cuiabá fechou a Série A em 20º lugar.

No ano que vem, o Atlético-GO começará a temporada sob o comando do técnico Rafael Guanaes, que estava no Operário-PR. De acordo com Anderson Gomes, o clube fará de tudo para conquistar o tetracampeonato inédito do Goianão, realizar uma boa campanha na Copa do Brasil e conseguir o acesso na Série B.

“Depois desses sete jogos, sou um novo profissional, com mais casca, mais experiente, com muita força e vontade de poder em 2025 ajudar novamente o Atlético-GO junto com o treinador que está chegando. Que o (Rafael) Guanaes seja bem-vindo, vai ter o apoio total do nosso staff e que ele possa fazer um bom trabalho e tenha sucesso aqui”, declarou.

Há semanas, a diretoria rubro-negra adiantou que utilizaria os últimos jogos de 2024 para reestruturar o elenco para 2025. O atacante Luiz Fernando, por exemplo, que foi um dos grandes nomes da temporada do Dragão, sequer entrou em campo contra o Bahia por estar acertado com outra equipe para a próxima temporada. O Athletico deve ser o destino do atleta.

“Com relação ao ano que vem, estamos reestruturando toda a equipe, conversando diretamente com a diretoria, vendo reforços. Estamos atrás de jogadores ‘com fome’, com personalidade, protagonistas e de muita força e velocidade, para que possamos fazer um ano exemplar”, projetou Anderson Gomes.

<h2 dir="ltr">Campanha na Série A</h2>

O Atlético-GO finalizou a Série A de 2024 em 19º lugar, com 30 pontos. Assim como em 2012, o Dragão teve 7 vitórias, 9 empates e 22 derrotas. Naquela temporada, o rubro-negro marcou 37 gols e sofreu 67, com um saldo de 30 gols negativos. Neste ano, o time teve um ataque pior, com 29 gols marcados, mas uma defesa melhor, com 58 gols sofridos. O saldo ficou em 29 gols negativos.

No ranking de melhores mandantes, o Atlético-GO foi o 2º pior do campeonato, com 35,09% de aproveitamento (5 vitórias, 5 empates e 9 derrotas), à frente apenas do Cuiabá. Por outro lado, o Dragão foi o pior visitante da competição, com aproveitamento de 17,54% fora de Goiânia (2 vitórias, 4 empates e 13 derrotas).

Atlético-GO fala em fazer ano exemplar em 2025

Pós-jogo

O Vila Nova deve definir o destino de mais três jogadores nesta semana. O goleiro Halls, o meia João Lucas e o atacante Caíque são os únicos atletas do elenco de 2024 que possuem contrato somente até o final deste ano e ainda não tiveram seus vínculos estendidos ou a confirmação oficial de que não vestirão a camisa colorada em 2025.

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Júnior Todinho, Ralf, Gabriel Silva, Marcondes e Emerson Urso foram os jogadores que tiveram seus contratos estendidos até o final do ano que vem. Jemmes e Elias serão comprados em definitivo. Eric Davis, Arilson, Cristiano e Alesson ainda têm vínculos até o desfecho da próxima temporada, e Du Fernandes assinou até 2026.

Os atletas que terminaram o ano de 2024 no Vila Nova e já deixaram o clube foram os seguintes: Fábio, Everton, Dankler, Denilson, Henrique Almeida, Apodi, Vitor Hugo, Islan, Dênis Júnior, Vanderley, Guilherme Lacerda, Alex Silva, Rhuan e Luciano Naninho. Rian renovou até 2027, mas foi emprestado ao Ypiranga-RS.

Vila Nova deve definir destino de mais três jogadores

Mercado

O Goiás contratou um novo diretor executivo: Leonardo Abrão Pacheco, que trabalhou por dez anos no Grupo Globo, assume o cargo que foi de Luciano Paciello, demitido em novembro, alguns dias antes do fim da Série B. O novo gestor do clube esmeraldino começa suas atividades nesta segunda-feira (9).

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Leonardo Pacheco possui currículo vasto, com destaque para o período de dez anos (entre setembro de 2009 a abril de 2019) como analista de gestão financeira no Grupo Globo. Ele teve atuações, além da Rede Globo, no Sportv e Premiere.

Ao longo da carreira, o novo diretor executivo do Goiás passou por empresas como Banco do Brasil (1997 a 1999), Grupo Xodó (1999 a 2003), atuou no gabinete do governo do Tocantins como analista de sistemas (2003 a 2005), passou pelo Banco Pactual (2005 a 2008), GR Group (2019 a 2021), Agrojem (2021 a 2023) e estava por último no Aliá Investimentos (de junho de 2023 a novembro deste ano).

Leonardo Pacheco é formado em Ciência da Computação pela PUC-GO (1995-1999) e fez pós-graduação em Tecnologia da Informação pela Universidade Politécnica de Valência, na Espanha (1999).&nbsp;

Ele ainda tem MBA em gestão econômica e financeira de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (2008-2010), fez extensão em finanças pela ANBIMA (2012), gestão de futebol pelo IBMEC (2013-2014), além de um curso de Executivo de Finanças pelo IBMEC (2014-2017) e MBA de Gestão de Negócios, Controladoria e Finanças pelo IPOG (2019-2021).

A única atividade curricular de Leonardo Pacheco relacionada com o futebol foi o curso de gestão no esporte pela IBMEC. Ele nunca trabalhou em nenhuma equipe e terá a primeira experiência no time esmeraldino - o estatuto do Goiás não exige essa questão, diz apenas que o profissional não pode ter ocupado algum cargo em uma equipe de futebol nos últimos cinco anos.

Leonardo Pacheco não terá responsabilidade com decisões relacionadas ao futebol. Essa função continuará com o diretor Lucas Andrino, que agora atuará ao lado do gerente Eduardo Pinheiro. O novo diretor executivo executará atividades mais administrativas e focadas em outras áreas dentro do Goiás.

Depois de técnico, Goiás acerta com novo diretor executivo

Novidade

A conquista do Campeonato Brasileiro neste domingo (8), oito dias depois do triunfo na Copa Libertadores, é ligada ao alto investimento feito pelo Botafogo nesta temporada. O clube foi a agremiação do país que mais gastou em reforços neste ano, incluindo a troca de sua comissão técnica.

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Em abril, pouco depois da demissão de Tiago Nunes, o empresário norte-americano John Textor resolveu desembolsar 2 milhões de euros (R$ 12,7 milhões, na cotação atual) pela liberação imediata de Artur Jorge, 52, então comandante do Sporting Braga, de Portugal.

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Embora o português não estivesse no que se pode chamar de elite do futebol europeu --a liga portuguesa é apenas a sétima colocada no ranking da Uefa (União das Associações Europeias de Futebol)--, não é um movimento comum ver um treinador europeu deixar o Velho Continente direto para a América do Sul.

A recente onda de estrangeiros no Brasil, impulsionada pelo sucesso de nomes como Jorge Jesus e Abel Ferreira, tem como uma de suas peculiaridades o fato de importar profissionais que não se firmaram em grandes clubes da Europa e que viram no mercado brasileiro uma nova chance de ganhar projeção no cenário internacional.

Artur Jorge viu essa possibilidade no projeto apresentado pelo Botafogo devido ao investimento que seu dono prometeu fazer na janela do meio do ano. Depois de ter deixado escapar o título do Brasileiro em 2023, Textor desembolsou R$ 373,2 milhões para reforçar o elenco da equipe carioca, dos quais R$ 231 milhões foram gastos no segundo semestre.

Embora cinco das oito contratações tenham chegado sem custos de aquisição de direitos, a equipe pagou caro pelo lateral Vitinho (R$ 49,3 milhões), pelo atacante Matheus Martins (R$ 61,1 milhões) e, sobretudo, pelo meia-atacante argentino Tiago Almada (R$ 120,6 milhões), que se tornou a contratação mais cara da história do futebol brasileiro.

Ao contratar nomes como Almada, campeão mundial com a Argentina na Copa do Mundo de 2022, a ideia do Botafogo era apostar em talento comprovado para evitar uma nova queda de rendimento no time na reta final das competições, como se viu na temporada passada.

Na ocasião, o time começou a se desestabilizar após a saída do técnico português Luís Castro, que trocou o time carioca pelo Al Nassr, da Arábia Saudita, e, atualmente, está desempregado. Em vez de buscar nomes de peso no mercado, apostou nos jovens de suas categorias de base. Depois de ter liderado boa parte do Nacional, acabou a competição apenas como quinto colocado.

O medo de um novo vexame fez Textor abrir a carteira. Mas nem Artur Jorge esperava que o sucesso seria imediato. "Não fizemos nenhuma projeção de títulos para este primeiro ano", disse o técnico ao jornal espanhol As. "Não há dúvida de que as coisas foram muito melhores do que projetamos."

Além dos títulos adicionais em sua galeria --que tinha até então apenas a Taça da Liga, copa nacional secundária de Portugal--, ele alcançou reconhecimento. Recentemente, foi indicado pela IFFHS (Federação Internacional de História e Estatística do Futebol) como um dos 20 candidatos a melhor treinador do ano.

Em menos de um ano, subiu rapidamente de patamar para alguém que construiu grande parte de sua carreira nas categorias de base do Braga antes de comandar a equipe principal por dois anos.

Com contrato até o fim do ano que vem, o português sabe que agora está valorizado no mercado e não tem sua permanência no Botafogo garantida depois da nova Copa do Mundo de Clubes, em junho do ano que vem --Palmeiras, Flamengo e Fluminense também vão representar o Brasil. Antes disso, Textor deverá se reunir com toda a comissão técnica para discutir uma valorização salarial.

Desde a conquista da Libertadores, ele tem recebido sondagens de clubes da Arábia Saudita, dos Estados Unidos e da Europa, de acordo com portais da mídia portuguesa, como A Bola. O português chegou a sinalizar que a prioridade é permanecer, desde que o clube se comprometa a manter suas principais peças.

A negociação, porém, só deve avançar depois da participação do Botafogo na Copa Intercontinental. O clube brasileiro estreará na próxima quarta (11), contra o Pachuca, do México. Quem avançar terá pela frente o Al Ahly, do Egito, nas semifinais. Atual campeão da Champions League, o Real Madrid entra diretamente na decisão, marcada para 18 de dezembro.