-Imagem (Image_1.1487012)-Imagem (Image_1.1487014)Neste sábado (24), Hemerson Maria e Márcio Azevedo estarão em lados opostos em busca de uma vaga na final do Campeonato Goiano. Em outra época, os dois estiveram do mesmo lado e ajudaram a fazer brilhar a carreira de um jogador que despontou no futebol europeu e na seleção brasileira. Trata-se do atacante Roberto Firmino, do Liverpool, que vive grande momento na temporada e está garantido na Copa do Mundo.Os caminhos dos três se cruzaram em Florianópolis, no Figueirense. O técnico Hemerson Maria foi um dos responsáveis por avaliar o jovem atacante, então com 17 anos, que chegava de Alagoas em busca de um lugar ao sol. “Ele mostrava ser um menino muito humilde, muito obediente. Eu era treinador da equipe juvenil e ele, um garoto sonhador, com muita sede de vencer na vida”, lembrou.O colorado também se recordou de um fato inusitado. Nos primeiros contatos com Firmino, Hemerson Maria o chamava de “Alberto”. Muito tímido, o garoto não corrigia o treinador, até que Hemerson Maria foi alertado pelo preparador físico, Diogo Moura, sobre o equívoco.No primeiro treino, Hemerson Maria já se encantou com o talento de Firmino. O jogador se destacou ao marcar dois gols de bicicleta no treino coletivo. “Nós percebemos que estávamos conhecendo um jogador fenomenal”, frisou.Firmino chegou ao time profissional durante a Série B de 2009, quando disputou dois jogos e menos de 80 minutos. Mas foi em 2010 que deslanchou com a camisa do Figueirense.O responsável por lançar o garoto no time titular foi o técnico Márcio Azevedo, que era técnico interino do Figueirense após a saída de Renê Weber. “Quando assumi, já o coloquei para jogar. Ele impressionou na base e me impressionou nos treinos. Pedi para ele jogar quando ainda era auxiliar. Ele teve muita personalidade. O diferencial é que ele não tem medo de errar”, frisou.Depois da Série B de 2010, Firmino foi vendido ao Hoffenheim, da Alemanha. Quatro anos depois, foi para o Liverpool, da Inglaterra.O treinador da Aparecidense se lembra de conversa decisiva para a carreira de Firmino na passagem pelo Figueirense. “Como ele tinha jogado a Copa São Paulo, o pessoal achava que ele tinha de ter férias. Me comunicaram que ele teria. Pedi pra conversar com ele antes de liberar. Perguntei se ele queria férias ou jogar. Ele não pensou duas vezes em pedir para jogar”, contou o técnico Márcio Azevedo.O treinador, que mantém relação de amizade até hoje com Firmino, lembrou que o atacante não demorou para ganhar a confiança de todos no clube. “Ele impressionou nos primeiros jogos. Tinha um salário muito pequeno e pedi para a diretoria melhorar para ele”, salientou Márcio Azevedo.Para Hemerson Maria, Firmino é o melhor jogador com quem já trabalhou na carreira. “Torço muito por ele, é um jogador com quem tive o privilégio de trabalhar. Costumo dizer que é o melhor que passou por minhas mãos em toda minha carreira”, comentou o vilanovense.Com essa história em comum, os dois treinadores medirão forças defendendo Aparecidense e Vila Nova.