Policiais do Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope) entraram no Presídio de Anápolis por volta das 18h00 desta sexta-feira (1°) para conter um início de rebelião. Há cerca de uma semana presos da unidade vinham reclamando da qualidade da água consumida por eles. Segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), os detentos se recusaram a retornar para a cela após o banho de sol e alguns deles quebraram parte da estrutura e tentaram agredir os agentes de plantão, que revidaram com tiros de balas de borracha. Titular da DGAP, o coronel PM Edson Costa Araújo explicou ao POPULAR que foi preciso retirar uma casa de abelhas formada na caixa de água do presídio, mas que o problema já foi solucionado.Na manhã deste sábado (2), familiares e advogados estão na entrada do presídio tentando obter informações sobre as consequências da ação do Gope. O advogado Homero Figueiredo, que atende aproximadamente 20 presos, informou que alguns detentos ficaram feridos. Conforme nota oficial da DGAP, o Gope e a Polícia Militar contribuíram para a controlar a situação. Dezesseis presos foram conduzidos para a Delegacia de Polícia Civil onde prestaram depoimento e em seguida submetidos a exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).O advogado Homero Figueiredo disse que no início da semana ao receber reclamações dos presos sobre a qualidade da água, providenciou a entrada de 80 galões no presídio, medida que foi aceita pela diretoria da unidade. Na quinta-feira (31 de maio), dia de visita de familiares, a entrada de água não foi permitida, segundo o advogado. Hoje de manhã, duas motocicletas do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) entraram no presídio, aumentando a preocupação. "Há pessoas feridas lá dentro", comentou Homero Figueiredo.Titular da DGAP, o coronel da PM Edson Costa de Araújo garantiu que a ordem já está estabelecida no presídio e confirmou a ação do Gope. "O grupo atuou dentro das condições legais do uso da força", disse.