Duas semanas após o início das multas por fotossensores em oito pontos da Avenida 85, o motorista goianiense ainda insiste em usar o corredor exclusivo de transporte coletivo. O uso da faixa preferencial fica maior nos horários de pico devido ao excesso de veículos. A Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) ainda não tem levantamento do número de multas aplicado.A reportagem percorreu toda a extensão da via no final da tarde de sexta-feira. Num período de sete minutos, entre 17h48 e 17h55, foram vistos 32 veículos transitando na faixa exclusiva de transporte coletivo no sentido Centro/bairro. O ponto onde houve maior número de registros de uso indevido de faixa exclusiva foi a confluência das avenidas Mutirão com a 85. A junção das vias tem excesso de veículos e provoca confusão. Na pressa, motoristas acabam usando a faixa.O POPULAR mostrou no dia 25 de março mostrou que um longo engarrafamento se formava já no semáforo da Rua Dr. Olinto Manso Pereira, no Setor Sul, durante os horários de pico, que finalizava apenas na altura da Avenida Coronel Joaquim Bastos, no Setor Marista. A SMT adotou medidas como a sincronização de sinais, proibição de estacionamentos em ruas adjacentes, trajetos alternativos e a fiscalização eletrônica. No entanto, o fluxo de veículos na região é muito grande.Alguns pontos que apresentavam problemas após a implantação do corredor continuam com estrangulamentos de trânsito. Um deles é a esquina da T-55 com a Av. 85. Mesmo com a sincronização dos sinais, o grande fluxo de carros acaba parando sobre o cruzamento, gerando uma reação em cadeia. Motoristas impacientes usam a faixa exclusiva entre a T-55 e a T-10, que não possui fiscalização eletrônica.O ponto de maior entrave continua sendo a confluência com a Avenida Mutirão. O fluxo é imenso, as faixas de rolagem são insuficientes e alguns carros são “jogados” para a faixa exclusiva, travando o trânsito. Diogo Araújo, de 35 anos, comerciante que trabalha nas proximidades, afirma que as mudanças não melhoraram a vida de ninguém. “Basta ver como estão os pontos de ônibus, sempre lotados. Até mesmo o pedestre sofre. O semáforo para quem atravessa a avenida não tem temporizador. É um tormento”, diz.