Em 10 anos, a Grande Goiânia pulou de 9º para 7º lugar no ranking das regiões metropolitanas brasileiras com melhor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Isso foi possível, segundo relatório produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), principalmente pelo crescimento de microrregiões dentro da região metropolitana que estão com IDHM acima de 0,800 - o que é considerado muito alto: passou de 37 para 108. De acordo com o PNUD, 645 mil pessoas vivem nestas microrregiões.Estas microrregiões são classificadas pelo PNUD como Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs) e se referem a áreas com o maior nível de homogeneidade possível em relação a dados socioeconômicos. Por exemplo, o Setor Bueno, em Goiânia, foi dividido em sete UDHs e, em alguns casos, estas áreas foram anexadas a outros bairros por causa das semelhanças nos dados. Já Goianápolis como um todo é uma única UDH.Em 2000, a região metropolitana de Goiânia tinha 76 UDHs que se encontravam com um baixo IDH (abaixo de 0,500). Hoje nenhuma microrregião está nestas faixas. Ao todo, o PNUD encontrou 256 UDHs na região metropolitana. Há uma década, eram 245. Além das 108 que contam com um IDH muito alto, outras 79 se encontram na faixa entre 0,700 e 0,799, o que é considerado alto, abrangendo 838 mil pessoas. Já o restante - 69 UDHs ou 687 mil pessoas - estão na faixa entre 0,601 e 0,699, o que para o PNUD indica médio desenvolvimento.A Região Sul de Goiânia e bairros com condomínios fechados são as que possuem maiores IDHMs de Goiânia. Os Setores Alphaville Flamboyant, Jardim Munique, Portal do Sol, Aldeia do Vale, Monte Verde e Bueno, principalmente na região da Avenida T-63 e Parque Vaca Brava apresentam qualificações consideradas muito altas pelo PNUD.O índice, produzido pelo PNUD, em parceira com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro (FJP), avalia que essas regiões possuem pontuação de 0,953, próximas de países de Primeiro Mundo. O estudo detalhou bairro por bairro da capital e demonstra que houve poucas mudanças em relação aos locais de concentração de riqueza em Goiânia.Por outro lado, bairros periféricos como o Residencial Itapuã, na Região Oeste da capital, o Monte Pascoal, na Região Noroeste, o Setor Eldorado Oeste e Lírios do Campo continuam como os locais com os piores índices de desenvolvimento humano da cidade. Ainda assim, houve melhora geral. Enquanto esses bairros registraram 0,497, em 2000, dez anos depois subiram para 0,636. Um aumento considerável.O índice é construído a partir de uma variação de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano e próximo dos países desenvolvidos. Neste sentido, houve melhora em toda a capital, quando considerado a comparação do ano 2000 para 2010. Enquanto naquele ano, a média era de 0,715 de IDHM, em 2010 saltou para 0,799. Há 14 anos, apenas os bairros mais centralizados eram considerados com faixa de desenvolvimento humano muito altas, que variam de 0,800 a 1.-Imagem (Image_1.720761)