O novo Plano Safra anunciado pelo governo federal nesta semana não foi recebido com muito entusiasmo pelo setor agropecuário. Apesar do montante recorde de recursos, mais de R$ 400 bilhões, representantes dos produtores reclamam que não houve redução dos juros para médios e grandes produtores, o que era esperado por conta da queda na taxa Selic. Além disso, os produtores lembram que a maior parte dos recursos ainda fica sujeita aos juros livres de mercado, ou seja, sem subsídio. O montante recorde de R$ 400,59 bilhões anunciados para a agricultura empresarial ficaram 9,7% acima dos R$ 364,2 bilhões ofertados no Plano Safra 2023-2024. Mas os juros ficaram estáveis. A única linha que teve redução foi o Moderfrota Empresarial, que caiu de 12,5% ao ano para 11,5% ao ano. Nas linhas de investimento, as taxas continuam entre 7% e 11,5% e nas de custeio permanecem em 8% para médios e 12% para grandes produtores.