A contratação emergencial de uma série de serviços para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Goiânia deve acontecer ainda em junho. A Prefeitura irá contratar 17 novas ambulâncias, motoristas, software, além de equipe para regulação. Segundo a pasta, os médicos e enfermeiros efetivos serão mantidos. O Samu é um dos grandes gargalos da rede municipal e atualmente funciona de forma precarizada, principalmente por conta da falta de veículos.

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No dia 29 de maio, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) publicou no Diário Oficial do Município (DOM) um aviso de cotação para a contratação direta em caráter emergencial de empresa especializada na prestação de serviços em tecnologia para implementação, capacitação, manutenção e informatização das centrais de regulação do Samu. O contrato tem duração de 180 dias.

O documento também prevê a locação de ambulâncias com condutor, além da disponibilização de recursos humanos, como médicos e enfermeiros, o que causou a reação negativa dos profissionais que integram o serviço. Eles organizaram uma assembleia geral com indicativo de greve para discutir o que consideram como uma terceirização do serviço. O encontro ocorrerá nesta quarta-feira (12), na sede do Samu, no Jardim Novo Mundo.

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O secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, defende que não existe uma terceirização do Samu pois nem todos os serviços sofrerão alteração. “Não vamos mexer no Samu inteiro”, afirma. Segundo ele, além do aluguel de ambulâncias com condutores, a pasta irá contratar um serviço de software que será utilizado na parte de coordenação e regulação do serviço. Também serão contratados médicos reguladores, Técnicos Auxiliares de Regulação Médica (Tarms) e rádio-operadores. Esses profissionais atuam na regulação do serviço.

De acordo com a SMS, a existência de uma cotação dos serviços de médicos e enfermeiros não significa que, necessariamente, eles serão contratados. Pollara promete que os profissionais dessas categorias que atuam no Samu serão mantidos. Atualmente, o contrato emergencial está na Procuradoria, sob avaliação. Internamente, a expectativa é de que todos os procedimentos sejam concluídos e ele seja publicado ainda em junho.

<h2>Tensão</h2>

Na SMS, o clima é de insatisfação com os servidores do Samu. Ao POPULAR, Pollara já chegou a falar que o serviço “criou uma personalidade própria”, o que faz com que a Prefeitura “não tenha autoridade lá”. Nos bastidores, circula a informação de que profissionais do serviço estão faltando plantões, principalmente médicos. No início de março, a SMS chegou a mudar a coordenação do Samu. Entretanto, servidores da pasta apontam que nem isso fez com que a ingerência sobre o serviço diminuísse.

O presidente da Associação dos Servidores do Samu de Goiás, Jeferson Ferreira, defende a categoria. “O pessoal vai para o plantão e faz o que pode”, diz. Entre os trabalhadores do Samu, o sentimento é de insatisfação e desmotivação por conta do sucateamento de viaturas, além de problemas com o abastecimento de insumos e equipamentos. “Faltam até pás para desfibriladores”, relata Ferreira.

Desde que assumiu a pasta, em outubro passado, Pollara afirma que tem feito movimentações para tentar solucionar o problema do Samu. As ações incluíram desde mudanças na coordenação do serviço até um convite para que o médico Marcelo Takano, que atuou no Samu de São Paulo, fizesse um diagnóstico da rede. “Disse que o que está faltando aqui é tecnologia e modernidade”, explica o secretário.

Pollara acredita que com as mudanças o serviço ficará mais rápido e conta que ele será chamado de Samu Três Toques. “Não vai poder tocar mais de três vezes sem você ser atendido”, enfatiza. Ele também aposta que o serviço ficará mais tecnológico, com atividades de telemedicina e, por exemplo, o uso de comunicação por satélite nas ambulâncias. Segundo servidores do Samu, o serviço de Goiânia já conta com um aparato tecnológico que integra a parte da regulação com os profissionais que estão na ponta, sendo que eles podem consultar informações de ocorrências no próprio celular.

<h2>Recursos</h2>

No final de janeiro deste ano, a TV Anhanguera revelou que uma auditoria realizada pelo Ministério da Saúde entre janeiro de 2022 e junho de 2023 mostrou a possibilidade de uma fraude relacionada à operação das ambulâncias do Samu. A auditoria constatou que, durante esse período, sete ambulâncias ficaram paradas, mas tiveram a produção de outras viaturas lançadas como se fossem delas. O valor recebido indevidamente por essa produção fantasma seria de R$ 2,1 milhões. Na ocasião, a auditoria recomendou que o dinheiro fosse devolvido e que o custeio das sete ambulâncias com irregularidades fosse suspenso.

Segundo a pasta, atualmente 17 ambulâncias estão credenciadas junto ao Ministério da Saúde. Porém, Pollara afirma que a maior parte dos recursos para o funcionamento do serviço vem da Prefeitura. O secretário defende que, com o novo modelo, os custos com o Samu irão diminuir. Segundo ele, é gasto aproximadamente R$ 1 milhão por mês com a manutenção de ambulâncias e esse valor será reduzido para R$ 780 mil.

Questionado sobre a escolha de um contrato emergencial em detrimento de uma licitação, já que a situação do Samu está grave há meses, Pollara esclareceu que a medida foi necessária porque o quadro piorou recentemente. “Passamos dois domingos sem médicos no plantão”, frisa. De acordo com ele, a intenção é promover um processo licitatório posteriormente.

<h2>Motoristas </h2>

Segundo a SMS, os motoristas que estão no Samu serão realocados no Serviço de Atendimento ao Transporte Sanitário (Sats) sem sofrer perda salarial. Atualmente, o Sats conta com 106 motoristas e 20 ambulâncias, mas a SMS não detalhou se todos os veículos estão funcionando. A ideia de Pollara também é reestruturar o Sats, para que o Samu deixe de fazer os transportes sanitários, função que desempenha atualmente.

Prefeitura de Goiânia anuncia contratação emergencial de uma série de serviços para o Samu

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Matéria - Cidades

Mudanças

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), assinou o contrato que terceiriza o serviço de limpeza do sistema de drenagem da capital. Passados dez meses da realização do pregão eletrônico, em janeiro de 2024, a assinatura ocorreu em meio ao retorno das chuvas e dos alagamentos em Goiânia. O pregão foi homologado pela Secretaria Municipal de Administração (Semad) em março, mas só foi assinado no dia 8 de novembro. O extrato do contrato foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) desta quinta-feira (14). A vigência é de 12 meses, com valor total de R$ 20,9 milhões.

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O objeto é a contratação de empresa especializada em prestação de serviços de desassoreamento, limpeza, conservação e gestão técnico-operacional do sistema de drenagem de Goiânia. Ao todo, oito empresas participaram da disputa do pregão eletrônico. Quem ganhou foi o consórcio Cuidando de Goiânia, criado no início de 2024. Os sócios são a Goldman Soluções em Saneamento Ltda e a Norte-Sul Hidrotecnologia e Comércio Ltda. A reportagem entrou em contato com a administradora do consórcio para comentar a assinatura do contrato, mas não obteve resposta.

O edital de processo licitatório para terceirizar o serviço de limpeza do sistema de drenagem na capital – que inclui o desassoreamento das galerias, a remoção de entulho das margens e leitos dos cursos hídricos, serviço mecanizado e manual e até o dimensionamento hidráulico e mapeamento das redes – foi publicado pela Prefeitura no final de 2023. A estimativa inicial era de que a administração municipal iria gastar, por um contrato de 12 meses, R$ 22,6 milhões. A vencedora foi a empresa que ofereceu o menor custo.

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A licitação ocorreu justamente em uma época que as chuvas fortes voltaram a assolar a capital e a gerar estragos a partir de enchentes e alagamentos. Na justificativa para a licitação, a Prefeitura descreveu que historicamente “o sistema de manejo de águas pluviais e drenagem urbana da capital vem se desenvolvendo em ritmo acelerado, prejudicando o planejamento e desenvolvimento do sistema de drenagem pluvial”.

A assinatura também aconteceu em um momento em que as chuvas castigam Goiânia. Nesse sentido, a manutenção da limpeza da rede de drenagem, especialmente durante a estiagem, é essencial para evitar alagamentos com o retorno do período chuvoso. No final de outubro, quando as chuvas começaram a cair na capital depois de meses de seca, O POPULAR noticiou que moradores do Jardim Atlântico, em Goiânia, chegaram a instalar barricadas e caixas para drenar a água da chuva na tentativa de evitar que as casas sejam invadidas pela água. O bairro fica alagado em dias de chuvas volumosas.

O temporal que caiu na região Sul de Goiânia na noite de 27 de outubro causou alagamentos na Marginal Botafogo em dois pontos que tiveram obras inauguradas em menos de três anos. Na ocasião, a Seinfra informou que as ocorrências não possuem relação direta com as obras, que não tiveram estruturas prejudicadas, mas especialistas apontaram que as construções afetam a permeabilidade do solo, fazendo com que se tenha menor área de absorção da água. Chamou atenção a quantidade de resíduos que ficou ao longo do canal do Córrego Botafogo após o temporal: entulhos de construção, lixo doméstico e lama, essa última em tão grande quantidade que chegou a deixar carros atolados na via.

<h2>Serviço</h2>

Atualmente, uma parte importante do serviço de limpeza da rede de drenagem é realizada pela Seinfra, que faz a remoção de lixo dos bueiros e da rede em geral. Nesta quinta, por exemplo, a pasta fez a remoção de uma grande quantidade de galhos e troncos que atrapalhavam o curso do Córrego Taquaral, na Rua Paralela, no Residencial Santa Rita.

A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) também realiza a retirada de resíduos das proximidades dos bueiros e faz a limpeza em córregos. Os trabalhos preventivos têm como objetivo evitar transtornos, geralmente provocados por acúmulos de lixo que são jogados indevidamente. Conforme a Comurg, são 89 cursos d’água mapeados que passam por limpeza regular, sendo que, por dia, são retirados até 500 quilos de resíduos de dentro dos leitos. A limpeza de áreas de nascentes, lagos, leitos e margens de cursos d’água chega a 740 mil metros quadrados por mês.

De acordo com informações da companhia, os córregos Botafogo, Palmital, Cascavel e Anicuns são exemplos de leitos que recebem reforço de roçagem e retirada de lixo regularmente. Os trabalhos são feitos com foices, costais e, em seguida, é realizada a rastelação e a retirada do excesso de mato. Durante a execução das atividades, são recolhidos objetos descartados de forma irregular pela população, como móveis, madeira, plásticos e pneus.

Nesta sexta-feira (15), a reportagem questionou a Seinfra sobre o intervalo entre a realização do pregão eletrônico e a assinatura do contrato, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição. A pasta também não detalhou quando o consórcio Cuidando de Goiânia deve iniciar as atividades na capital.

<h2>Empresa tem histórico de contratos com a Seinfra</h2>

Uma das empresas sócias do Consórcio Cuidando de Goiânia, que será responsável pela terceirização da limpeza da rede de drenagem, já possui um histórico de contratos com a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra). Em dezembro de 2021, a pasta firmou um contrato com a Goldman Soluções em Saneamento Ltda para que a empresa desenvolvesse um trabalho de limpeza, desobstrução e recuperação estrutural de galerias de águas pluviais, por meio de diagnóstico com videoinspeção robotizada. A vigência do contrato era de um ano e meio. Pelo serviço, recebeu R$ 2,9 milhões. Depois, teve um aditivo de R$ 744 mil no contrato, assinado em março de 2022, menos de três meses após o início do trabalho.&nbsp;

Para marcar o início dos trabalhos, em dezembro de 2021, a Seinfra promoveu uma divulgação junto à imprensa, com a presença do prefeito Rogério Cruz (Solidariedade). Na época, a pasta chegou a informar que haveria um processo licitatório tão logo o contrato com a Goldman se encerrasse.&nbsp;

Em agosto de 2022, um novo contrato com a empresa foi assinado. O valor era de R$ 3 milhões e a vigência de um ano. O objeto era a contratação de “serviços de diagnóstico com videoinspeção robotizada, limpeza, desobstrução e recuperação estrutural de galerias pluviais do município de Goiânia”. Em janeiro de 2023, um outro contrato, no valor de R$ 12,4 milhões e também com a duração de um ano, foi celebrado entre a Seinfra e a empresa para a execução de serviços de limpeza e desobstrução de redes com a utilização de caminhão de hidrojateamento combinado com sucção a vácuo, castro e diagnóstico de redes por meio de videoinspeção robotizada e recuperação estrutural de bocas de lobo e galerias pluviais. Em dezembro de 2023, houve um aditivo de R$ 1,6 milhão e prorrogação do prazo de vigência para até janeiro de 2025.

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Limpeza de bueiros é terceirizada

Drenagem

Em agosto, o consórcio Ilumina Goiânia iniciou os trabalhos de troca de lâmpadas amarelas (a vapor) por LED em cinco das sete regiões da capital, mas dois meses após, o ritmo dos trabalhos ainda não redundou em resolução dos problemas na cidade. Quando a licitação foi encerrada, em junho, a Prefeitura chegou a informar que a troca das lâmpadas em toda a cidade seria realizada em até dois meses, depois, quando o serviço foi iniciado, foi dado prazo até dezembro deste ano. Pela licitação, um total de 167.247 pontos luminosos de Goiânia teriam de ser trocados pelas empresas terceirizadas, sendo que 116.773 estão licitados, já que os lotes correspondentes às regiões Leste e Norte tiveram desistência da empresa que venceu e novo processo está em andamento.

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Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), 5.674 pontos luminosos foram modernizados pelo Ilumina Goiânia, ou seja, receberam lâmpadas de LED, uma média de 94 por dia. Com isso, 161.573 locais ainda não tiveram os equipamentos trocados, mas não é possível dizer que todos estes pontos estejam sem funcionar, mas que ainda vão receber novas lâmpadas (podendo as antigas estarem iluminando as vias ou não). Neste mesmo ritmo, seria necessário 4 anos e meio para a troca em todos os pontos restantes. Entre janeiro e julho deste ano, quando o serviço ainda era totalmente de responsabilidade da Seinfra, cerca de 15 mil pontos tiveram a troca, uma média diária de 72 locais, abaixo do que o realizado pelo consórcio.

A Seinfra informa que o trabalho do consórcio “está de acordo com o contrato” e que tem fiscalizado sua execução. “O principal bairro é o Jardim América, mas o Consórcio está atuando em outros setores. Os contratos referentes aos lotes II (Leste) e IV (Norte) devem ser assinados em breve. Os demais contratos estão em andamento desde agosto”, complementa. Os pontos luminosos em que já há iluminação com luminárias LED e os lotes II e IV ainda estão sendo atendidos pela Seinfra. No entanto, há reclamação de moradores destes locais e também de bairros que já estão sendo atendidos pelo consórcio.

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No Setor Jaó, em que a Seinfra informou ter realizado a troca das lâmpadas por LED em todas as vias, a presidente da Associação de Moradores do Jaó (AmoJaó), Adriana Reis Dourado, confirma que trocaram as lâmpadas antigas por LED. “Porém, muitas lâmpadas já queimaram. E a gente tem pedido, desde março, a reposição, a troca dessas lâmpadas, e não consegue, porque a empresa que era para ser licitada não foi e a nova licitação não foi finalizada. Então, assim, nós estamos com um problema sério de iluminação aqui, porque várias ruas estão sem lâmpada”, relata, ao citar a Avenida Cristo Rei como um dos exemplos de vias que estão no escuro. Ela acredita que o Paço tem aguardado a finalização da licitação para fazer a troca.

“Está um caos de escuridão. Tem ruas aqui que estão completamente escuras, porque as lâmpadas de LED já queimaram, não sei porque elas queimam tão rápido, isso foi trocado no final do ano passado e não tem reposição”, diz Adriana, que afirma ir até a Seinfra de 15 em 15 dias para cobrar a troca das lâmpadas e a resposta é que a licitação não foi finalizada. Ressalta-se que a Seinfra informou que nos pontos já trocados e nos lotes II e IV a própria secretaria realiza o serviço. Já no Setor Sul, que está sendo atendido pelo Ilumina Goiânia, desde a segunda-feira (8) a Seinfra está realizando a manutenção dos postes das ruas e praças no Setor Sul.

Aline Melo, moradora e integrante da Associação Pró Setor Sul (Aprosul), conta que pessoalmente tem encaminhado a demanda de solicitações que os próprios moradores estão lhe enviando diretamente para a Seinfra. “Na segunda-feira (8), trocaram e fizeram reposição de oito lâmpadas na Rua 88, no Setor Sul, e depois do semáforo do cruzamento da Rua 88 com a Rua 115 próximo ao Viaduto Mauro Borges. Na terça-feira (9), trocaram as lâmpadas da Rua 116 A, Rua 111 e na Praça F35, conhecida como Baciinha.” Nesta quinta-feira (10), uma lista de 19 ruas foram enviadas pela moradora, que aguardava a solução das demandas. Ela conta que desde 2021 faz as reclamações junto à Prefeitura. “Esta gestão Rogério Cruz foi a pior na prestação de serviços públicos municipais em Goiânia”, diz a moradora do Setor Sul.

No Jardim América, bairro informado pela própria Seinfra como o mais complicado na questão de iluminação pública atualmente, a reportagem de O POPULAR verifica as mesmas ruas sem o benefício desde 2023, na região da divisa com o Setor Nova Suíça. Na Rua C-264, em frente a Praça Dona Irene Machado, há postes sem iluminação, o que segue pela Avenida C-171 e suas ruas adjacentes (ruas C-151, C-155, C-154, C-152), assim como pela Rua C-165, estas últimas já no Jardim América. A reportagem também recebeu relatos de falta de iluminação no Parque Anhanguera (Rua Santa Efigênia), Setor Serrinha (ruas Samuel Morse e Tomaz Edson), Setor Bueno (Avenida T-14, Rua T-35 e Rua Teixeira de Freitas), Setor Coimbra, Leste Universitário, Jardim Novo Mundo Mariliza, Santa Genoveva e outros bairros.

Os contratos assinados com o consórcio Ilumina Goiânia (veja quadro) são válidos por dois anos e, somados aos dois lotes ainda sem vencedores, o investimento é de R$ 94,7 milhões. A Prefeitura tentava fazer a licitação para a terceirização dos serviços desde meados de 2022, quando foi encerrado o acordo com a Citéluz, antiga empresa responsável pela manutenção da iluminação pública. Neste período, a própria Seinfra ficou responsável pelo serviço e troca de tecnologia das lâmpadas por LED.

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Ruas continuam sem iluminação, mesmo após terceirização

Goiânia

A Prefeitura de Goiânia vai contratar, de forma emergencial e sem licitação, uma empresa <a href="https://opopular.com.br/cidades/comurg-deixa-gest-o-do-aterro-sanitario-em-goiania-1.3182403" target="_blank">para fazer a gestão do aterro sanitário </a>da capital por R$ 4,2 milhões por mês, valor um pouco maior do que o dobro do que era pago à Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg), responsável pelo serviço até o próximo dia 8. O contrato é válido por um ano ou até que seja concluído o processo licitatório para a terceirização definitiva, cujo edital ainda não tem previsão de ser publicado.

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Na quarta-feira (2), a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) de Goiânia havia informado que assumiria, ela própria, com seus funcionários e equipamentos, a gestão do aterro e que iria analisar a necessidade ou não de um apoio externo com maquinários e pessoal. Porém, documento obtido pelo POPULAR mostra que no dia 1º de outubro já estava pronto um termo de referência justificando e autorizando a contratação emergencial.

A Comurg fazia a gestão do aterro desde 2007 e na última vez que o contrato foi atualizado, em outubro de 2023, o repasse previsto estava em R$ 2.016.325,63 por mês, sendo 8% deste valor relativo à administração do local e o restante à operacionalização. Agora o contrato a ser assinado com uma empresa privada fala em R$ 4.196.289,10 por mês, sendo 7,3% deste valor para a parte administrativa.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/comurg-deixa-gest-o-do-aterro-sanitario-em-goiania-1.3182403" target="_blank">Comurg deixa gestão do aterro sanitário em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/viaduto-da-fe-vira-obra-parada-1.3181994" target="_blank">Viaduto da Fé vira obra parada</a></div>

A Seinfra não explicou o motivo da diferença entre os valores. Na quarta-feira, a pasta havia dito ao jornal que o valor de R$ 2 milhões era o custo de manutenção do aterro e o que seria gasto, a princípio, para a realização dos serviços.

O promotor Juliano de Barros Araújo, titular da 15ª Promotoria de Justiça do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), disse que não havia sido informado previamente pela Prefeitura sobre as mudanças. E, segundo o promotor, ele se reuniu nesta quarta-feira e nesta quinta-feira com representantes da Seinfra e da pasta de Finanças (Sefin) para tratar justamente da licitação em andamento ainda internamente para a terceirização definitiva.

Ao procurar as partes envolvidas para esclarecer sobre a mudança na gestão, ele disse ter sido informado de que a Comurg informou à Seinfra que não teria mais condições de continuar cuidando do aterro após a empresa que fornecia os equipamentos usados no local ter rescindido de forma unilateral o contrato.

O processo que deu origem ao termo de referência teve início, segundo o sistema eletrônico de informações (SEI) da Prefeitura, em 19 de setembro. O documento prevê a entrada de 106,1 mil toneladas de resíduos sólidos por mês, sendo que, então, cada tonelada sai ao custo médio de R$ 40. A empresa terá de fornecer 153 funcionários, sendo 133 deles para a operacionalização, além de 15 veículos diversos e um contêiner onde vai funcionar o escritório administrativo do aterro.

Oficialmente, a Seinfra havia informado primeiro que a rescisão junto à Comurg se deu após ter observado “nos últimos dias” dificuldades enfrentadas pela companhia na operação e gestão do aterro, “que poderiam ocasionar interrupções na prestação desse serviço essencial”. Depois, afirmou que a continuidade do contrato ficou prejudicada “em razão de pedido da Comurg para supressão de maquinário no contrato”. “As dificuldades do aterro e recentes paralisações foram noticiadas pelo próprio O POPULAR.”

A respeito de não ter informado ainda na quarta-feira sobre a decisão de repassar a gestão a uma empresa, a Seinfra afirmou que estava ainda discutindo “a melhor forma de assumir a gestão e a operação do aterro sanitário” e que, “ao longo do dia”, ficou amadurecida a decisão pela contratação emergencial de uma empresa para assumir o trabalho do aterro. O termo de referência que justifica e autoriza o repasse da gestão a uma empresa é datado de 1º de outubro e foi assinado pelo titular da Seinfra, Breno Raner Rezende Nunes, às 15h13 do dia 2.

Juliano diz que, ao ler o termo de referência, notou alguns problemas que já repassou à Seinfra, sendo um deles relativo ao licenciamento ambiental, que no caso do aterro é corretivo e só permite a operacionalização de até 60% dos resíduos gerados na cidade e não 100%, como está previsto no documento.

Outro ponto é que o documento não aborda a contratação para a destinação dos 40% de resíduos restantes gerados na capital, nem emergencialmente nem definitivamente. No caso, os outros aterros que existem em Goiânia são particulares. “Já que vai contratar de forma emergencial, deveria resolver essa situação dos 40%”, comentou.

A Seinfra também diz que o contrato emergencial está conforme as exigências de um termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado entre a Prefeitura e o MPGO em 2020. O acordo, entretanto, visa a adequação do local para prolongar sua vida útil e atender as exigências do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Para isso, estaria prevista, segundo Juliano, não um contrato emergencial para gestão do aterro, mas, sim, uma licitação para contratar uma empresa que fizesse também as correções necessárias no espaço e, principalmente, a questão envolvendo os 60% previstos na licença provisória.

O promotor afirma que nos últimos meses estava recebendo muitas reclamações sobre o aterro, principalmente de vizinhos referentes a excesso de mau cheiro e incêndios. O promotor diz que o mais importante, seja com a Comurg ou com contrato emergencial enquanto a licitação definitiva não é concluída, é corrigir os problemas do aterro e que, no momento, no que foi apresentado em relação ao novo contrato, as exigências do TAC não estão sendo atendidas. “Precisamos de uma empresa para corrigir o aterro e não apenas para gerir.”

A Seinfra diz que nesta etapa em que se encontra a contratação emergencial ainda não é feita a escolha da empresa que vai assinar o documento. No termo, é dito que a contratada terá de provar experiência de gerir aterro com no mínimo 40% do que é recebido no de Goiânia. No dia 1º de outubro, foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) o termo aditivo ao contrato com a Comurg, informando que ela deixaria de cuidar do aterro a partir de 9 de outubro.

Em 2023, a Prefeitura já havia tentado terceirizar a gestão do aterro, mas na mesma licitação em que repassou à iniciativa privada a coleta de lixo, a coleta seletiva e o recolhimento de entulhos. A iniciativa foi vetada pelo Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO). O Consórcio Limpa Gyn vem assumindo desde abril, de forma gradativa, o serviço de coleta e recolhimento, que eram feitos integralmente pela Comurg, e a companhia seguia gerenciando o aterro.

A licitação para a contratação definitiva depende ainda, segundo Juliano, de autorização orçamentária. Ele diz não ter recebido informação sobre quando isso se dará. “Estou cobrando deles essa autorização.”

Prefeitura de Goiânia vai pagar o dobro por gestão no aterro sanitário

Gestão municipal

As linhas do número 192, que acionam o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Goiânia, não funcionam desde as 20 horas do último sábado (28). A assessoria do Samu informou ao POPULAR que o problema seria com a Operadora Telefônica Oi, e que um chamado para reparo das linhas foi aberto assim que a inoperância foi identificada.&nbsp;

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No entanto, o Samu afirma que o técnico compareceu somente nesta segunda-feira (30) na Central de Regulação, tentou solucionar o problema durante toda a manhã, mas ainda não obteve sucesso. Ao&nbsp;POPULAR,&nbsp;a Oi informou, às 15h34, "que as linhas do 192 de Goiânia foram retomadas parcialmente e uma equipe técnica já está atuando para restabelecer totalmente os serviços o mais brevemente possível".

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/sms-obedece-tcm-e-aluga-22-ambulancias-para-o-samu-1.3173673">SMS obedece TCM e aluga 22 ambulâncias para o Samu</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/sms-n-o-traz-alternativa-para-crise-no-samu-1.3156870">SMS não traz alternativa para crise no Samu</a></div>

O Samu informou que, durante o final de semana, operaram em conjunto com o Corpo de Bombeiros, de forma que as chamadas que caíam no Batalhão, eram em parte repassadas para o Samu. Já para os Centros de Atenção Integral à Saúde (Cais) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) foi disponibilizada uma linha telefônica para que conseguissem solicitar ambulâncias.&nbsp;

O Samu continua operando com os bombeiros nesta segunda-feira (30), enquanto o serviço não é normalizado. Não há previsão de retorno do 192. A reportagem tentou ligar duas vezes para este contato, às 12h15 e 13h, mas uma mensagem automática dizia que o número estava ocupado.&nbsp;

O POPULAR também solicitou posicionamento à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por mensagem, às 12h19, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.