-Imagem (Image_1.1996551)A Polícia Civil de Bela Vista de Goiás, região metropolitana de Goiânia, considera o namorado da gerente de hipermercado Fernanda de Souza Silva, de 33 anos, como um dos suspeitos de envolvimento no sumiço da mulher. Ela foi vista pela última vez na quarta-feira (12) no município, onde reside. O carro dela, um Fiat Uno de cor vermelha, também desapareceu neste dia.O delegado que cuida do caso, Antônio André dos Santos Júnior, não quis repassar detalhes da investigação porque deve conceder entrevista coletiva à imprensa nesta terça-feira (18). “Posso adiantar que estamos próximos de desvendar o caso”, destaca. Ele conta que passou esta segunda-feira (17) em diligências. Ainda de acordo com o delegado, o namorado de Fernanda, Alan Pereira dos Reis, de 22 anos, tem uma passagem por roubo. Como o paradeiro do jovem é desconhecido, não foi possível ouvi-lo a respeito da suspeita da polícia. A reportagem também não conseguiu localizar parentes do rapaz.O jovem chegou a ir com a família de Fernanda na delegacia para registrar o desaparecimento na manhã da última sexta-feira (14), de acordo com a irmã da gerente, Vilma de Souza Silva, de 37 anos. Depois disto, conta Vilma, ele teria dito que ia trocar de roupa para continuar ajudando nas buscas, mas não retornou mais. “Ligamos no celular dele e só dá desligado. Não sabemos onde ele mora aqui em Bela Vista”, relata.A irmã de Fernanda, que trabalha como doméstica, conta que após não conseguir localizar a irmã, entrou em contato com Reis. “Ele disse que os dois haviam rompido na quarta-feira, mesmo dia em que ela sumiu, e que ela é que havia terminado o namoro com ele.”Para ela, o sumiço repentino do rapaz levanta dúvidas sobre o relato dele. “Não sabemos o que houve, mas quem não deve não teme”, diz Vilma. “Também não conhecemos ele bem para falar a respeito, até porque o relacionamento é muito recente. Eles começaram a namorar há menos de um mês”, afirma.Todos os dias da semana, Fernanda sai de casa, onde mora sozinha, e vai de carro até uma panificadora próxima a um ponto de ônibus. O percurso é de aproximadamente 3 quilômetros. Ela costuma estacionar o veículo e de lá segue no transporte público rumo ao Jardim Goiás, em Goiânia, onde fica o hipermercado em que trabalha. Ao fim do compromisso profissional, ela segue para Bela Vista de ônibus e desembarca onde deixa o carro, de lá vai para casa.O veículo foi visto pela última vez às 18h37 da quarta-feira, quando Fernanda sumiu. Imagens do circuito de segurança da panificadora registram o momento em que uma pessoa se aproxima do veículo e entra. Para a Polícia Civil é Fernanda.O casoA família notou o sumiço de Fernanda na manhã da última quinta-feira (13). A mãe dela, Doraildes de Fátima, de 57 anos, que trabalha como doméstica, relata que mandou uma mensagem via WhatsApp na quarta-feira à noite para a filha, e horas depois recebeu a resposta de que ela estaria em um local praticamente sem sinal.No outro dia, por volta de 6 horas, a mãe recebeu uma mensagem da filha dizendo que o aparelho estava com problemas. “Eu estranhei aquilo. Sabia que tinha algo de errado, porque ela sempre pede bença e fala comigo de uma forma mais carinhosa. Nesta mensagem, já foi diferente, falou seca e depois o celular só dava desligado”, conta.O hipermercado onde a gerente há 11 anos também recebeu uma mensagem de Fernanda. No texto ela informava que estaria em um hospital, e por isso, impossibilitada de trabalhar na quinta-feira.“Acho que alguém pegou minha filha e ela está em um lugar onde não pode dar notícias. Se for o caso, por favor, que a deixem sair. Pra uma mãe é muito difícil ficar assim sem nenhuma informação. Eu acredito que ela está viva”, afirma. “Preciso encontrar minha filha, não estou suportando mais esta angústia”, acrescenta. A mãe de Fernanda chegou a ir ao hospital do município nesta segunda-feira, por um pico de pressão alta.Em nota ao POPULAR, o Grupo Big, proprietário da loja onde a gerente trabalha, informou que “já entrou em contato com a família de Fernanda Souza Silva e está à disposição das autoridades na investigação do caso.”