Gêmeas viralizam após encontrar dezenas de capivaras em praça de cidade em Goiás

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Um vídeo publicado nas redes sociais viralizou ao mostrar dezenas de capivaras na beira de um rio, caminhando por uma praça em Rio Verde, no sudoeste de Goiás (assista o vídeo acima). As imagens foram gravadas e publicadas pelas Gêmeas Oliveira, como são conhecidas nas redes sociais, e já somam quase 100 mil visualizações. O POPULAR conversou com o&nbsp;biólogo&nbsp;Edson Abrão sobre os riscos do contato com esses animais.

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Os comentários brincavam sobre a quantidade de capivaras. “Corre atrás delas”, disse um seguidor. Outro internauta alertou: “Não pode pegar, não. Elas são bravas”. Outros também se mostraram preocupados e pediram que as meninas tivessem “cuidado com os carrapatos”. Uma das gêmeas, inclusive, tenta se aproximar das capivaras.&nbsp;

Sobre isso, o biólogo Edson Abrão&nbsp;disse ao POPULAR que capivaras são animais silvestres e que não se pode ter contato com elas. Ele afirma que elas têm “dentes bons” e podem morder humanos e outros animais. Além disso, explicou que são portadores do carrapato estrela, que transmite através da picada a febre maculosa, que pode causar morte.&nbsp;

<cite>Quando uma pessoa se depara com um animal desse, tem que manter distância”, destacou.</cite>

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Mamíferos são portadores do carrapato estrela, como bois, cavalos, gambás, e coelhos. Cachorros não são portadores deste carrapato, por exemplo, explicou Edson. “Os sintomas da febre maculosa são dores no corpo, manchas avermelhadas pela pele, chamadas de máculas, febre, dores enormes nas articulações”, alertou.

A gravação mostra as capivaras reunidas comendo grama no Parque Interlagos. O biólogo Edson Abrão explicou&nbsp;que elas são animais herbívoros que se alimentam de pequenas plantas aquáticas, na beira dos rios e córregos, e também podem comer frutas e cascas de frutas. Também são animais coprófagos, que se alimentam das próprias fezes para maior absorção de nutrientes.&nbsp;

<cite>Ela se alimenta muito bem, por isso que ela é gordinha. Ela faz de tudo para aproveitar todos os nutrientes que têm na alimentação dela”, disse.</cite>

<img attr-cid="policy:1.3136311" attr-version="policy:1.3136311:1715630960" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3136311/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site (80).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Biólogo explica que capivaras andam em bando para se defender de predadores (Reprodução / Redes Sociais)

O biólogo ainda explicou que elas andam em bandos para se proteger de predadores. Ele disse que sucuris, onças e lobos-guará se alimentam de capivaras. “Eles andando em bandos, dão a impressão que são mais fortes. Então, [em grupo] é mais fácil de ver um predador, avisar o restante, e se esconder nas águas ou poder correr”, disse.

<cite>Tem um macho dominante e várias fêmeas subordinadas a ele. E os machos subordinados, que no futuro, quando esse macho dominante estiver fraco ou morrer, vão brigar entre si para poder ser um macho dominante”, explicou.</cite>

Gêmeas viralizam após encontrar dezenas de capivaras em praça de cidade em Goiás; vídeo

Cidades

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Matéria - Cidades

RIO VERDE

Animais vítimas de maus-tratos

Um jovem de 24 anos foi preso por suspeita de maus-tratos em Uruaçu, no norte goiano. De acordo com a Polícia Civil (PC), na casa dele foram encontrados animais infestados de carrapatos, machucados e até mortos.&nbsp;

O caso foi descoberto, segundo o delegado Sandro Leal Costa, após denúncias anônimas. Após investigação, os policiais foram, nesta quinta-feira (22), na casa do suspeito onde se depararam com cães e gatos machucados e infestados de carrapatos. No local, a equipe também encontrou animais silvestres e exóticos que não podem ser criados sem autorização, como um cágado, e algumas aves mortas.&nbsp;

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Além disso, segundo o delegado, o local estava em condições insalubres, sem comida disponível e sem qualquer cuidado de higiene.&nbsp;

<cite>Cachorros machucados, gatos sem alimentação disponível e um local sem nenhuma condição de higiene ou manutenção. No fundo da residência foram encontrados animais silvestres, cujo a guarda não é autorizada, como jabutis, cágados, tigres d’água e várias aves como curiós, periquitos, papagaios e faisões”, detalhou o delegado.&nbsp;</cite>

Após as constatações, o homem foi preso em flagrante. Para o resgate dos animais, a polícia contou com o apoio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, do Corpo de Bombeiros, de organizações civis ligadas à causa animal (Salvar Cão e Anjo Pet) e da Clínica Veterinária Mascotes, além de outros voluntários.

De acordo com o delegado, após passar por cuidados veterinários, os animais domésticos serão destinados à adoção. Já os animais silvestres foram levados para triagem junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).&nbsp;

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Homem é preso suspeito de maus-tratos após serem encontrados animais infestados de carrapatos e até mortos na casa dele

EM URUAÇU

Goiás não possui medidas oficiais efetivas para a prevenção de atropelamentos de animais silvestres em rodovias que cortam o estado. Enquanto isso, voluntários, universitários e ambientalistas precisam se desdobrar em ações que envolvem tanto o resgate dos feridos, quanto a conscientização dos motoristas, e a cobrança por providências pelo Poder Público. Para especialistas, dispositivos simples reduziriam o número de acidentes.

A necessidade de mais mecanismos de prevenção a esses acidentes pode ser sentida no último dia 16 de agosto, quando a guia turística Jéssica Mesquita localizou um lobo-guará morto às margens da GO-118, que liga Alto Paraíso a São João D'Aliança. O canídeo é um animal ameaçado de extinção, além de ser considerado um dos símbolos do Cerrado. “É uma área que tem bastante desmatamento, a perda de hábitat provoca bastante atropelamento”, pontua a guia. Só em julho, ao menos quatro foram encontrados mortos na região.

Não é difícil encontrar animais mortos às margens das rodovias. Por outro lado, não é fácil localizar dados oficiais por parte dos órgãos ambientais e das forças de segurança rodoviárias, o que prejudica a concretização de políticas públicas para coibir o problema ambiental. Hoje, os levantamentos públicos são feitos basicamente por universidades e concessionárias administradoras de algumas destas vias.

Nas BRs 153, 414 e 080, administradas pela Ecovias do Araguaia, e que cortam de Anápolis ao Tocantins, a concessionária registrou 1.704 atropelamentos de animais silvestres em cinco meses, de setembro de 2022 a janeiro deste ano. Ou seja, em apenas três rodovias do estado, há uma média de 11 acidentes por dia, cujos afetados são, principalmente, os mamíferos.

Ao mesmo tempo, duas leis estaduais, voltadas à implementação de medidas para a prevenção de atropelamentos e à obrigatoriedade do socorro, seguem sem muitos avanços. Na Chapada dos Veadeiros, Nordeste goiano, onde há unidades de conservação, uma licitação da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) para contratação de empresa que faria a implementação de 15 passagens de fauna superiores e inferiores nas GOs 118 e 239 está emperrada.

Após ser suspensa e anulada pelo Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), por irregularidades no edital, não há previsão para quando a licitação será retomada. As passagens deveriam ter sido entregues no início do ano passado após decisão judicial de fevereiro de 2021 em atendimento à ação civil pública movida pela Associação dos Amigos da Floresta (AAF).

Dentre as medidas obrigatórias, apenas os redutores de velocidade foram implementados. Agora, em nota, a Goinfra não menciona previsão de retomada à licitação. As passagens de fauna são tidas por consenso pelos especialistas ouvidos pelo POPULAR sobre sua efetividade como medida mitigatória ao atropelamento em rodovias. A implementação de dispositivos que evitem acidentes com animais, a exemplo de redutores, passagens de fauna e sinalização, são previstas na lei estadual 20.340, de 2018.

Mestre em Ecologia pela Universidade de Brasília (UnB), o biólogo Leonardo Fraga aponta que a legislação goiana inovou “ao prever a criação de banco de dados para o registro dos atropelamentos de animais silvestres e a identificação das áreas com maior incidência de acidentes.” Porém, pontua que a efetiva aplicação pelo poder público enfrenta muitos obstáculos, “principalmente pela ausência, até hoje, do banco de dados.”

Com a falta de uma plataforma unificada para registro dos atropelamentos, mesmo diante de uma grande quantidade de dados registrados, especialmente, por pesquisadores, o biólogo destaca que as iniciativas se tornam pontuais “ocorrendo, na maioria dos casos, a nível das universidades e das organizações não governamentais (ONGs)”. E constata: “O grande número de atropelamentos da fauna silvestre resulta da inexistência de planejamentos específicos nos novos projetos rodoviários, e de ações de mitigação nas rodovias consolidadas.”

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/lei-que-obriga-motoristas-a-prestarem-socorro-a-animais-atropelados-e-sancionada-em-goias-1.3033990" target="_blank">Lei que obriga motoristas a prestarem socorro a animais atropelados é sancionada em Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/casal-usa-cavalos-em-cha-revelac-o-e-e-investigado-por-maus-tratos-video-1.3057672" onclick="window.open(this.href, '', 'resizable=no,status=no,location=no,toolbar=no,menubar=no,fullscreen=no,scrollbars=no,dependent=no'); return false;">Casal usa cavalos em chá revelação e é investigado por maus-tratos; vídeo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/rodas-colocam-em-perigo-a-biodiversidade-em-goias-1.2559526" target="_blank">Rodas colocam em perigo a biodiversidade em Goiás</a></div>

A advogada Flávia Cantal, vice-presidente da AAF, explica que o atropelamento é uma das principais causas de extinção de espécies da fauna. “Temos um número muito grande de atropelamento de fauna, tem lobo-guará, raposinha do campo, cachorro do mato, anta, tamanduá-bandeira”, pontua. Na Chapada dos Veadeiros, aponta ela, as aves são as mais afetadas e representam cerca de 40% dos acidentes.

“Dados oficiais apontam que são sete mil acidentes por ano (na Chapada dos Veadeiros). É um dado subestimado, provavelmente é muito mais que 20 mil”, diz. Flávia aponta que o alto número de atropelamentos poderia ser reduzido com medidas mitigatórias nas rodovias. “São dois grandes tipos de medidas, as passagens de fauna e os redutores de velocidade. Tem que associar os dois tipos. Quando faz a mitigação bem feita, consegue reduzir até 90% dos atropelamentos”.

A implementação dos redutores de velocidade, a exemplo, teria diminuído em ao menos 50% o número de atropelamentos nas GOs 118 e 239, que circundam a região.

A advogada explica que não há estudos oficiais, mas “a percepção de pessoas que têm muita prática e experiência com animais atropelados” é de que houve redução significativa. As lombadas foram implementadas ainda em 2021.

Consenso

Para a engenheira ambiental e presidente em exercício do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO), Wanessa Rocha, as medidas de mitigação a atropelamentos ainda são pouco adotadas. “São bastante eficazes, (mas) deveriam ser ampliadas. Passagens de fauna, cercas-guia que direcionam para esses locais de segurança. Já a parte de sinalização é mais barata, mais fácil de aplicar quando se identifica onde há esses pontos de passagens de animais”, pontua.

Conforme ela, é preciso dar início à quantificação de dados para fazer a elaboração e a implementação dos dispositivos. Wanessa pontua ainda que “a inclusão dos cuidados nas rodovias deveria constar na preparação dos novos motoristas, por meio da conscientização, da educação ambiental”. “(O que ajudaria) a mitigar esses impactos negativos como a morte por atropelamentos”, finaliza.

A doutora em Ciências Ambientais e professora da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Hélida da Cunha, aponta que o atropelamento de animais silvestres está interligado ao desmatamento. Isso porque, explica, eles necessitam de se deslocar por maiores percursos entre as áreas verdes fragmentadas pelo estado e, consequentemente, precisam passar por rodovias. O problema seria, ainda maior, durante o período noturno e chuvoso.

“Tem animais que caminham por longos períodos, faz parte do comportamento deles. A própria necessidade de procurar produtos para sobrevivência. Como as áreas são muito pequenas e degradadas, tem pouco alimento, e às vezes não tem nem água”, pontua. Ainda conforme ela, considerando o aumento do desmatamento e a diminuição da área natural, “arrisco dizer que continua crescente (o número de atropelamentos)”.

De acordo com a docente, a prevenção dos acidentes nas rodovias também necessita de estar acompanhada do aumento nas áreas de reserva legal, que são locais protegidos dentro de propriedades rurais, e das unidades de conservação. “E também o estado de conservação dessas áreas (reservas e unidades). Se a área estiver muito degradada, o animal não vai ter condições de sobreviver, então vai precisar sair, se locomover”, pontua.

Motoristas

Além do risco aos animais silvestres, os acidentes nas rodovias podem causar a morte aos motoristas e passageiros. Dessa forma, os especialistas apontam que as medidas mitigatórias defendidas pelos especialistas garantiriam toda a segurança viária. “(Os acidentes causam) uma perda da biodiversidade, perda de vidas humanas e prejuízo econômico associado a esses acidentes, como a manutenção da rodovia, o tratamento médico”, pontua a advogada Flávia Cantal.&nbsp;

Relacionada à atuação dos motoristas após acidentes envolvendo animais, a Lei estadual 21.958, sancionada em maio de 2023, e que alterou o Código de Bem-Estar Animal, instituído pela Lei 21.104/2021, impôs a obrigatoriedade do socorro imediato aos animais. Tipificou ainda a falta de assistência como crime de maus-tratos, com pena de multa.&nbsp;

O Código prevê que a fiscalização seja feita pelos “órgãos estaduais competentes”. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Semad), por outro lado, não obtém dados relacionados a atropelamentos de animais silvestres no estado. Também não respondeu em relação à fiscalização da lei.&nbsp;

Ações da sociedade civil

Enquanto há uma lacuna por parte do Poder Público, a sociedade civil se organiza em partes do estado. Em 2018, o biólogo Leonardo Fraga fundou o Eu Desacelero na Chapada. A campanha tem atuado em diferentes frentes, tanto na educação ambiental, quanto no resgate e transporte de animais silvestres feridos para tratamento em universidades ou nos Centros de Tratamento de Animais Silvestres (Cetas), ligado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBama), do Distrito Federal e de Goiás.

O biólogo Piquerobi de Souza, que atua na campanha, em Alto Paraíso, aponta que há dificuldades nos entes federativos, seja União, estado e município, em tomarem a responsabilidade sobre os cuidados com a fauna silvestre. Na região, o resgate, os primeiros cuidados, e o transporte dos animais atropelados é, basicamente, feito por grupo de voluntários, formado principalmente por biólogos e veterinários.

“Resgate de fauna não é simples”, pontua ele, acrescentando que há casos em que o animal acaba falecendo durante o trajeto ao Cetas em Goiânia e Brasília. Uma das demandas é, justamente, a implementação de centros na própria região da Chapada, e o “alinhamento das esferas de poder” para que se responsabilizem pelo problema. “Os entes governamentais que deveriam agir estão se isentando”, finaliza.

Fraga acrescenta outras ações que envolvem “blitz educativas periódicas para turistas e moradores e campanhas de divulgação na internet”. A campanha, apoiada pela Associação dos Amigos da Floresta (AAF), também atua com educação ambiental, palestras e programas culturais, conforme a vice-presidente Flávia Cantal.&nbsp;

“Promovendo pesquisas, apoiamos pesquisadores. Fazemos o monitoramento que a Goinfra deveria estar fazendo. Também fazemos a identificação e registro dos principais atropelamentos por meio de voluntários”. A associação também atua instaurando inquéritos junto ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e ajuizando ações civis públicas.

Além da Semad e da Goinfra, o POPULAR buscou dados junto à Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Rodoviária Estadual (PRE), e o Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás (CBM-GO). Nenhum dos órgãos possui dados estatísticos referentes a animais silvestres atropelados em rodovias que cortam o estado. A Triunfo Concebra e o Cetas Goiás não encaminharam nenhum levantamento até o fechamento desta matéria.

Animais silvestres estão desprotegidos nas estradas em Goiás

Fauna ameaçada

Um motorista foi preso, neste último domingo (3), transportando carne de jacaré na GO-347, em Crixás, região Noroeste de Goiás. Além do jacaré abatido, foram encontradas diversas espécies de peixes dentro do veículo, que seguia pelo Km 145 da rodovia, sentido Santa Terezinha de Goiás.

Em patrulhamento, a equipe do 2° Batalhão Rodoviário da Polícia Militar (PM) encontrou um Fiat Uno de cor cinza em atividade suspeita. Ao ser abordado, o motorista do veículo apresentou nervosismo diante do crime contra a fauna. Ele confessou que os animais eram provenientes da pesca ilegal.

O jacaré e os peixes foram apreendidos e o homem foi conduzido à Delegacia da Polícia Civil de Crixás, onde foi autuado pelo crime contra a fauna.&nbsp;O POPULAR&nbsp;entrou em contato com a delegacia, na manhã desta segunda-feira (3), para saber se o homem segue detido, mas não obteve retorno.

De acordo com a legislação brasileira, a pesca ilegal acontece quando o indivíduo faz a atividade em período na qual é proibida ou em lugares interditados. A pena pode chegar até um ano de reclusão. Já o tráfico de animais silvestres pode acarretar na prisão do indivíduo por até um ano, além do pagamento de multa. A reportagem não conseguiu localizar a defesa do suspeito.&nbsp;

Dema&nbsp;

Segundo a delegada Lara Melo Oliveira, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), a pena para maus tratos a animais pode chegar até cinco anos. “A pena aplicada foi ajustada somente para cães e gatos, mas é necessário ser estendida para os demais animais", explicou.&nbsp;

Ela explica que para o crime de tráfico de animais a pena prevista por lei é muito baixa, mesmo com a mudança recente na legislação. “Os animais silvestres continuam na mesma situação, não foram contemplados por essa mudança. O tráfico de animais silvestres tem a pena muito baixa. Não há proporcionalidade dos crimes praticados contra a fauna na lei brasileira”, informou Lara.

Maus-tratos a animais, sejam eles domésticos ou silvestres, são considerados crimes previstos por lei. A&nbsp;pena para este tipo de caso pode chegar a cinco anos de prisão. Denúncias podem ser feitas pelo número 161.

Motorista é detido transportando carne de jacaré na GO-347, diz PM

TRÁFICO DE ANIMAIS 

POPJAGUA03062022

<div attr-cid="policy:1.2467355" attr-version="policy:1.2467355" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.2467355" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.2467355', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.2467355">Imagem (1.2467355)</a></div>Uma jaguatirica foi encontrada morta em uma estrada na zona rural de Jataí, município localizado a 320 quilômetros de Goiânia. Um vídeo gravado por um motorista mostra o felino caído na beira da GO-184, próximo ao Rio Ariranha.&nbsp;Quem fez o registro foi o Hugo Rabelo de Carvalho, que estava passando pelo local à noite e viu o animal atropelado. O condutor enviou o vídeo para a TV Anhanguera de Jataí e afirmou que fez a filmagem para conscientizar os motoristas a diminuírem a velocidade ao passarem por áreas propícias para animais silvestres, que podem atravessar a pista.Além de colocar em risco a existência de algumas espécies, os acidentes causados pelos atropelamentos são responsáveis por ferimentos graves de motoristas e passageiros. Não são raros os casos de mortes.A reportagem entrou em contato com a Polícia Rodoviária Militar para confirmar se o corpo do felino foi retirado do acostamento, mas o órgão não respondeu até o fechamento da matéria.&nbsp;Atropelamentos&nbsp;Estudos do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE) da Universidade Federal de Lavras (MG) indicam que, no Brasil, 475 milhões de bichos silvestres morrem por ano nas estradas brasileiras, sendo 17 mortes por segundo e 1,3 milhão por dia. Ou seja, praticamente uma a cada 24 horas.&nbsp;A maior parte dos animais selvagens mortos por atropelamentos são pequenos vertebrados, como sapos, aves e cobras. A menor parte, correspondente a dois milhões de mortes, está relacionada aos animais de grande porte, como onças, lobos e capivaras.Victoria Lacerda é estagiária de jornalismo do convênio GJC/PUC-GO.Leia também:&nbsp;- <a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/tamandu%C3%A1-mirim-%C3%A9-resgatado-dentro-de-empresa-em-silv%C3%A2nia-1.2432324" target="_blank">Tamanduá-mirim é resgatado dentro de empresa, em Silvânia</a>&nbsp;- <a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/bicho-visto-em-trindade-n%C3%A3o-%C3%A9-uma-on%C3%A7a-revela-ibama-1.2462613" target="_blank">Bicho visto em Trindade não é uma onça, revela Ibama</a>&nbsp;&nbsp;