Uma enfermeira é suspeita de causar lesões e infecções em pacientes após realizar procedimentos estéticos em sua clínica, localizada no setor Jardim Atlântico, em Goiânia. De acordo com a Polícia Civil (PC-GO), foram cumpridos mandados de busca e apreensão na clínica de estética e na residência da enfermeira, que é a dona do local e também ministra cursos para outros profissionais da área de estética.&nbsp;

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Por não ter tido o nome divulgado, o POPULAR não conseguiu localizar a defesa da enfermeira até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

Segundo a PC-GO, a investigação teve início após consumidores denunciarem que sofreram lesões, infecções e outros problemas de saúde em decorrência dos serviços contratados na clínica. A investigação apontou que entre os procedimentos realizados, destaca-se a aplicação de polimetilmetacrilato, popularmente conhecido como PMMA, em diversas regiões do corpo dos pacientes, como glúteos, coxas, peitos e partes íntimas.&nbsp;

O estabelecimento foi autuado pela Vigilância Sanitária de Goiânia por não ter autorização do órgão sanitário para armazenar e aplicar produtos cosméticos em pacientes. Ao POPULAR, Pedro Moraes, superintendente de Vigilância em Saúde da capital, detalhou que no local foram apreendidos produtos manipulados sem registro em nome da empresa, produzidos em larga escala e sem a prescrição individualizada para utilização em pacientes.&nbsp;

De acordo com a Polícia Civil, o inquérito policial segue com outras investigações para apurar possíveis crimes contra as relações de consumo.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/influenciadora-investigada-por-morte-de-paciente-durante-procedimento-estetico-tem-clinica-em-goiania-1.3142791" target="_blank">Influenciadora investigada por morte de paciente durante procedimento estético tem clínica em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/press-o-estetica-alavanca-cirurgias-plasticas-entre-adolescentes-1.3141974" target="_blank">Pressão estética alavanca cirurgias plásticas entre adolescentes</a></div>

Questionado pelo POPULAR sobre a atuação da profissional, o Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren) afirmou que, "de acordo com a resolução que normatiza a atuação do profissional enfermeiro na área de estética, não há regulamentação e nem habilitação para este tipo de prática".

O POPULAR também procurou o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), que fez um alerta sobre os perigos associados ao uso indiscriminado do polimetilmetacrilato (PMMA) em procedimentos destinados ao preenchimento de extensas áreas corporais.&nbsp;

De acordo com o Cremego, que reprova a utilização estética do produto, a utilização fora dos parâmetros estabelecidos na resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) representa uma ameaça à saúde, podendo acarretar complicações tanto imediatas quanto tardias. Dentre os riscos, segundo o Conselho, estão a formação de nódulos, irregularidades cutâneas irreversíveis, necroses, inflamações e infecções potencialmente fatais.

<h2>Nota do Cremego na íntegra:</h2>

"Cremego faz novo alerta sobre o uso irregular do PMMA

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) reforça o alerta à população acerca dos perigos associados ao uso indiscriminado do polimetilmetacrilato (PMMA) em procedimentos destinados ao preenchimento de extensas áreas corporais, como na denominada remodelação glútea e em outras partes do corpo e rosto.

A utilização fora dos parâmetros estabelecidos na resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) representa uma ameaça à saúde, podendo acarretar complicações tanto imediatas quanto tardias. Dentre os riscos, destacamos a formação de nódulos, irregularidades cutâneas irreversíveis, necroses, inflamações e infecções potencialmente fatais.

Dessa forma, o Cremego reprova veementemente a aplicação estética desse produto, embora devidamente registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), salientando que sua utilização deve ser restrita a correções de pequenas deformidades e em pacientes com lipodistrofia por HIV."

&nbsp;

Enfermeira é suspeita de causar lesões e infecções em pacientes após procedimentos estéticos

Cidades

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Matéria - Cidades

Investigação 

<img attr-cid="policy:1.3211457" attr-version="policy:1.3211457:1735474665" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3211457/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site (21).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Karine Gouveia e Paulo Cesar, donos de clínica de estética investigada em Goiânia. (Reprodução/Redes Sociais )

O casal suspeito de deformar pacientes durante procedimentos cirúrgicos não poderá manter contato com os funcionário e nem ir à clínica, <a href="https://opopular.com.br/cidades/donos-de-clinica-de-estetica-suspeitos-de-deformar-pacientes-s-o-soltos-1.3229033">após soltura, decidiu o Superior Tribunal de Justiça</a> (STJ). Karine Gouveia e o esposo, Paulo César Dias Gonçalves, foram presos em 18 de dezembro. Eles deixaram a prisão na manhã deste sábado, segundo a Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP).

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A defesa do casal, formada pelos advogados Romero Ferraz Filho, Paulo César, Tito Souza do Amaral e Caio Victor Lopes Tito, enviaram uma nota afirmando que sempre acreditou na Justiça e que a ilegalidade da prisão seria reconhecida (veja íntegra da nota ao final do texto).&nbsp;

<cite>Desde o início da operação, foram denunciadas várias ilegalidades na investigação, a qual, inclusive, nunca foi apresentada ao Poder Judiciário para controle de legalidade. A metodologia abusiva da Autoridade Policial nos vazamentos seletivos diários de documentos sigilosos, promovendo o repudiado julgamento pela mídia, manteve uma prisão absolutamente ilegal que foi utilizada para extrair confissões forçadas de investigados", cita trecho do comunicado.&nbsp;</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/donos-de-clinica-de-estetica-suspeitos-de-deformar-pacientes-s-o-soltos-1.3229033">Donos de clínica de estética suspeitos de deformar pacientes são soltos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/policia-prende-mais-7-pessoas-ligadas-a-clinica-de-estetica-de-karine-gouveia-1.3222653">Polícia prende mais 7 pessoas ligadas a clínica de estética de Karine Gouveia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/donos-de-clinica-suspeitos-de-deformar-pacientes-mantinham-empresa-para-venda-clandestina-de-medicamentos-diz-policia-1.3222208">Donos de clínica suspeitos de deformar pacientes mantinham empresa para venda clandestina de medicamentos, diz polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/sobe-para-70-numero-de-denuncias-contra-donos-de-clinica-investigados-por-deformar-pacientes-diz-policia-1.3221443">Sobe para 70 número de denúncias contra donos de clínica investigados por deformar pacientes, diz polícia</a></div>

No entanto, na decisão, a ministra Daniela Teixeira determinou medidas cautelares ao casal. Eles precisam comparecer mensalmente à Justiça para prestar informações sobre suas atividades e atualização de endereço, entrega de passaporte, proibição de deixar o país e de ausentar-se de seu domicílio por mais de oito dias sem comunicação ao juízo.

Outras medidas incluem a proibição de acesso ou frequência à clínica onde atuavam, de contato com funcionários da empresa e de exercer atividades na área de estética e biomedicina. Também estão proibidos de manter contato com vítimas e testemunhas e de divulgar procedimentos estéticos nas redes sociais.

<div attr-cid="policy:1.3211657" attr-version="policy:1.3211657:1734551587" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3211657" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3211657', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3211657">Donos de clínica de estética são presos suspeitos de deformar pacientes (1.3211657)</a></div>

Confira todas as medidas impostas ao casal:

<ul>
	<li>comparecimento mensal em juízo para informar e justificar suas atividades, com manutenção atualizada e completa de seu respectivo endereço;</li>
	<li>entrega de passaporte, caso possua, e proibição de deixar o país; proibição de ausentar-se de seu local de domicílio, por prazo superior a 8 dias, sem comunicar ao juízo onde poderá ser encontrado;</li>
	<li>proibição de acesso ou frequência ao local onde funcionava a clínica KGG Estética Ltda e Gouveia Estética Ltda, bem como de contato com quaisquer funcionários dessa empresa;</li>
	<li>proibição de atuação profissional na área de estética, biomedicina e das demais atividades que estão sob investigação, que eram realizadas na clínica mencionada;</li>
	<li>proibição de manter contato com as vítimas e testemunhas do fato que está em apuração;</li>
	<li>proibição de divulgar procedimentos estéticos em qualquer rede social.&nbsp;</li>
</ul>

Anteriormente, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) negou pedido liminar de habeas corpus para o casal. Essa medida também foi analisada por Daniela Teixeira.&nbsp;

<cite>O encarceramento em massa de réus, sob o abstrato fundamento da necessidade de garantia da ordem pública, tem banalizado o instituto da prisão cautelar. Não se olvida, jamais, a importância da inviolabilidade da segurançapública, expressamente garantida como direito individual", escreveu a ministra.&nbsp;</cite>

<h2>Relembre o caso&nbsp;</h2>

Os proprietários da clínica de estética Karine Gouveia investigados, por suspeito de causar deformidades em pacientes, estavam presos temporariamente. O casal é investigado por supostos crimes como exercício ilegal da medicina, lesão corporal, alteração de produtos terapêuticos, estelionato contra consumidores e organização criminosa.

A Operação Face Oculta, conduzida pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO), apura a atuação da clínica na realização de procedimentos estéticos ilegais e perigosos. Karine e Paulo César são investigados por aplicar substâncias proibidas, como PMMA e óleo de silicone, além de realizar cirurgias sem a qualificação adequada. <a href="https://opopular.com.br/cidades/sobe-para-70-numero-de-denuncias-contra-donos-de-clinica-investigados-por-deformar-pacientes-diz-policia-1.3221443">Pelo menos 70 pacientes tiveram complicações graves</a>, incluindo deformidades permanentes, infecções e perda de visão.

A PC-GO revelou irregularidades, como uso de medicamentos vencidos, seringas não esterilizadas e ausência de licenciamento. Procedimentos como rinoplastia e lipoaspiração, que exigem formação médica especializada, eram realizados na clínica.

Segundo a polícia, uma vítima contraiu hepatite C devido às condições inadequadas do local, e outras relataram danos irreversíveis. Os investigadores seguem calculando a extensão dos prejuízos e a responsabilidade de outros envolvidos.

As vítimas, conforme a polícia, apresentaram desde cicatrizes e necroses até infecções severas e perda de funções corporais. Algumas necessitaram de várias cirurgias corretivas. Uma paciente precisou ser entubada após um procedimento e ficou com o nariz necrosado.

O Conselho Regional de Odontologia (CRO/GO) informou que eventuais fiscalizações do órgão são sigilosas. Ressaltou que cirurgiões-dentistas podem realizar harmonização orofacial dentro dos limites legais. O Conselho Regional de Biomedicina da 3ª Região (CRBM-3) declarou que apura o caso.

A PC informou que Karine não possui qualificação acadêmica e um áudio obtido pela investigação reforça indícios de estelionato. A inspeção conjunta da Vigilância Sanitária, realizada em 18 de dezembro, confirmou irregularidades como armazenamento inadequado de produtos, medicamentos vencidos, equipamentos sem esterilização adequada e comercialização clandestina de produtos médicos.

Na unidade de Anápolis, verificou-se que a clínica não possuía alvará sanitário nem projeto aprovado. Foram encontrados atestados assinados, mas não preenchidos, além de medicamentos e equipamentos sem autorização. Como resultado, foram lavrados termos de interdição e auto de infração.

<h2>Quais foram as irregularidades encontradas?</h2>

A inspeção feita em conjunto com a Vigilância Sanitária, no dia 18 de dezembro, nas unidades de Goiânia e Anápolis documentou as seguintes irregularidades:&nbsp;

<ul>
	<li>Armazenamento inadequado de produtos médicos e equipamentos;&nbsp;</li>
	<li>Falta de rótulos em produtos armazenados;&nbsp;</li>
	<li>Manutenção de medicamentos em condições de temperatura incompatíveis;&nbsp;</li>
	<li>Armazenamento de produtos que deveriam ser descartados;&nbsp;</li>
	<li>Medicamentos sem tampa e expostos a condições insalubres;&nbsp;</li>
	<li>Comercialização de produtos clandestinos e sem registro;&nbsp;</li>
	<li>Apreensão de medicamentos sem registro na Anvisa;&nbsp;</li>
	<li>Produção e armazenamento de produtos manipulados em larga escala destinados à venda;&nbsp;</li>
	<li>Ausência de notas fiscais dos produtos armazenados ou comercializados;&nbsp;</li>
	<li>Ausência de controle de esterilização de equipamentos e produtos;&nbsp;</li>
	<li>Medicamentos armazenados em locais inadequados, como salas de máquinas sem controle de temperatura, tornando-os impróprios para o uso humano;&nbsp;</li>
	<li>Depósitos de medicamentos sem prescrição médica;&nbsp;</li>
	<li>Produtos como botox abertos, com prazo de uso vencido, armazenados indevidamente para futuro uso, quando deveriam ter sido descartados;&nbsp;</li>
	<li>Falta de refrigeradores adequados para o armazenamento de medicamentos, ausência de fontes alternativas de energia e inexistência de instrumentos para monitoramento da temperatura nas salas de armazenamento;&nbsp;</li>
	<li>Detecção de instrumentos cirúrgicos, como cânulas utilizadas para lipoaspiração, que não eram esterilizados de forma adequada;&nbsp;</li>
	<li>Realização de procedimentos cirúrgicos incompatíveis com a capacidade técnica e qualificação profissional dos envolvidos;&nbsp;</li>
	<li>Ausência de controle sobre o armazenamento dos produtos utilizados em pacientes;&nbsp;</li>
	<li>Uso de produtos com prazo de validade expirado.&nbsp;</li>
</ul>

<h2>Nota de defesa de Karine Gouveia e Paulo César Dias&nbsp;</h2>

O Superior Tribunal de Justiça reconheceu a ilegalidade das prisões da Karine Gouveia e do Paulo César Dias Gonçalves. Na decisão, a ministra Daniela Teixeira afirmou: ”Logo, considerando os elementos individualizados do caso concreto sob julgamento, revela-se desproporcional e injustificada a manutenção da prisão cautelar dos recorrentes. Pelo exposto, reconsidero a decisão proferida e concedo a ordem para determinar a revogação da prisão cautelar.”

O advogado de Karine Gouveia, Romero Ferraz Filho e os advogados de Paulo César, Tito Souza do Amaral e Caio Victor Lopes Tito, em que pese o profundo respeito que têm pelas instituições, no exercício da atividade de advocacia, sempre apontaram com vigor a ilegalidade da prisão temporária que seus clientes foram submetidos. Essa prisão nunca foi necessária.&nbsp;

Desde o início da operação, foram denunciadas várias ilegalidades na investigação, a qual, inclusive, nunca foi apresentada ao Poder Judiciário para controle de legalidade. A metodologia abusiva da Autoridade Policial nos vazamentos seletivos diários de documentos sigilosos, promovendo o repudiado julgamento pela mídia, manteve uma prisão absolutamente ilegal que foi utilizada para extrair confissões forçadas de investigados. Se manifestava pela soltura apenas se “contribuísse” com as investigações. Nada mais absurdo e inconstitucional.

As defesas sempre acreditaram na Justiça e que de fato a ilegalidade da prisão, sustentada desde o início, seria reconhecida. A decisão do STJ deixa claro que não é possível a prisão para extrair confissões, em clara violação aos direitos fundamentais. Não têm dúvidas de que a Karine e o Paulo César, com a liberdade restabelecida, poderão esclarecer todos os fatos ao Poder Judiciário, que, inclusive, deverá enfrentar todas as ilegalidades praticadas no âmbito da investigação que já foram denunciadas.

<div attr-cid="policy:1.3222452" attr-version="policy:1.3222452:1737504164" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3222452" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3222452', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3222452">Webstories venda clandestina de medicamentos (1.3222452)</a></div>

Após soltura, casal suspeito de deformar pacientes não pode manter contato com funcionários e nem ir à clínica

Caso Karine Gouveia

Uma empresária e um farmacêutico de Goiânia foram presos nesta sexta-feira (7) suspeitos de vender suplementos alimentares proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os produtos foram apreendidos durante uma operação da Polícia Civil em uma farmácia, no setor Castelo Branco, e um empório, no setor Celina Park, na capital.

Como os nomes dos suspeitos e dos empreendimentos não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu contato com a defesa deles até a última atualização desta reportagem.

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De acordo com o delegado Humberto Teófilo, responsável pela investigação, existe uma rede de distribuição desses suplementos em todo o Brasil, com destaque para o estado de Goiás, onde a fiscalização seria menos rigorosa em comparação a outros estados. “Já estamos praticamente montando todas as pistas no Brasil. Na verdade, é uma associação criminosa que está distribuída, em especial, aqui em Goiás”, afirmou o delegado.

A operação resultou na apreensão de cerca de 400 unidades do mesmo produto em diferentes estabelecimentos. Os indícios que levaram aos suspeitos surgiram a partir de pesquisas de campo e investigações em sistemas de monitoramento. “Temos um organograma que aponta várias lojas e empresários vendendo esses produtos. Queremos, inclusive, alertar esses comerciantes para que cessem a comercialização”, destacou o delegado.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/mais-de-300-produtos-vencidos-s-o-apreendidos-pelo-procon-em-supermercado-de-goiania-1.3228338" target="_blank">Mais de 300 produtos vencidos são apreendidos pelo Procon em supermercado de Goiânia</a> 
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&nbsp;</div>

O farmacêutico e a empresária foram autuados por crimes contra as relações de consumo, mas pagaram fiança e foram liberados. Eles alegaram à polícia que não foram informados sobre a proibição dos suplementos pelo distribuidor e que órgãos reguladores deveriam tê-los notificado, o que, segundo eles, não ocorreu.

Em nota, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) afirma ter tomado conhecimento do caso por meio de notícias publicadas na internet. Segundo o órgão, a Anvisa teria proibido os suplementos da marca Sunfood Clinical devido à presença de ingredientes não autorizados, como&nbsp;ioimbina, tribulus, opuntia, entre outros, e a produção em fábrica de origem desconhecida.

<h2>Confira a nota na íntegra do CRG-GO:</h2>

O Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) tomou conhecimento do caso envolvendo a prisão de uma empresária e um farmacêutico suspeitos de comercializar suplementos proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio de matéria publicada no portal G1 Goiás na última sexta-feira (07/02). Até o momento, o CRF-GO não foi procurado para se manifestar sobre o caso.

De acordo com a Anvisa, os suplementos da marca Sunfood Clinical foram proibidos devido à presença de ingredientes não autorizados, como ioimbina, tribulus, opuntia, saw palmetto e rhodiola rosea, além da produção em fábrica de origem desconhecida.

O CRF-GO informa que, assim que obtiver informações sobre a identidade do farmacêutico envolvido, iniciará investigação e processo ético-disciplinar para apurar eventuais irregularidades na conduta profissional. É importante destacar que é garantido ao profissional o amplo direito de defesa durante todo o processo.

O CRF-GO reforça seu compromisso no combate à venda ilegal de medicamentos e suplementos por meio da fiscalização orientativa e da capacitação contínua dos profissionais. O Conselho fiscaliza todos os estabelecimentos de saúde do Estado de Goiás, pelo menos três vezes ao ano, conforme o Plano Anual de Fiscalização. Quando constatada qualquer irregularidade profissional, o Conselho abre processo ético-disciplinar e, por dever de ofício, encaminha a denúncia para outros órgãos responsáveis, como a Vigilância Sanitária, o Ministério Público e a Polícia Civil.

O CRF-GO está à disposição da imprensa para fornecer informações adicionais e segue acompanhando o caso, adotando as medidas cabíveis dentro de sua competência.

Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO)

Empresária e farmacêutico são presos suspeitos de vender suplementos proibidos pela Anvisa

Apreensão

Um homem de 42 anos foi preso em flagrante por deixar a mãe, uma idosa de 73, sem comida e sem remédios no Setor Finsocial, em Goiânia, de acordo com o delegado Alexandre Bruno Barros. O caso chegou até à polícia por meio de uma denúncia anônima, que ressaltou que a mulher vivia em uma situação precária há meses, com a saúde debilitada e sem acesso a cuidados básicos.

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Como o nome do suspeito não foi divulgado,&nbsp;O POPULAR&nbsp;não conseguiu localizar a defesa dele até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

A prisão aconteceu na terça-feira (28). Neste dia, a polícia foi até a residência onde a idosa estava, e precisou arrombar a porta diante da falta de resposta aos chamados dos policiais. No local, a equipe de policiais se deparou com a mulher deitada em uma cama, sem higiene pessoal e cercada por sujeira, em um ambiente insalubre, com forte odor, sem iluminação e ventilação adequada.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/mulher-e-presa-suspeita-de-ameacar-agredir-e-furtar-a-m-e-de-75-anos-junto-com-o-marido-em-luziania-1.3223000" target="_blank">Mulher é presa suspeita de ameaçar, agredir e furtar a mãe de 75 anos, junto com o marido em Luziânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/idosa-e-espancada-por-cuidadora-com-cabo-de-vassoura-diz-policia-1.3222240" target="_blank">Idosa é espancada por cuidadora com cabo de vassoura, diz polícia</a></div>

Segundo o delegado, a idosa estava sem medicação há uma semana, mas a situação de maus-tratos ocorria há pelo menos um ano.&nbsp;

<cite>A Polícia Civil recebeu a notícia de que isso acontecia e chegou ao local, onde se deparou com a idosa em estado quase cadavérico, muito magra. O Corpo de Bombeiros foi acionado e levou a idosa para ser internada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ela estava há dias sem comer e sem ingerir água potável”, afirmou.&nbsp;</cite>

Como o nome da idosa não foi divulgado,&nbsp;O POPULAR&nbsp;não conseguiu atualizar o estado de saúde dela até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

Após buscas, os policiais localizaram e prenderam o suspeito, o qual prestou depoimento na delegacia, mas tentou minimizar os fatos. O homem vai responder pelos crimes de maus-tratos qualificados por lesões, abandono material e exploração financeira, crimes cujas penas somadas ultrapassam 12 anos de prisão. O delegado afirmou ainda que o homem fazia uso do cartão de proventos da idosa para benefício próprio.&nbsp;

A Polícia Civil informou que também identificou outro filho da vítima, que será ouvido nos próximos dias.

&nbsp;

Filho é preso por deixar a mãe de 73 anos sem comer e sem remédios em Goiânia, diz delegado

Maus-tratos 

<img attr-cid="policy:1.3227282" attr-version="policy:1.3227282:1738682591" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3227282/geyci_da_saude_vereadora_de_neropolis_presa.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Carros do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado em frente a Secretaria de Saúde de Nerópolis durante operação (Reprodução/TV Anhanguera)

A vereadora de Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiânia, Geyciane Rosa de Oliveira (PL), conhecida como Geyci da Saúde, <a href="https://opopular.com.br/cidades/ministerio-publico-apura-fraudes-em-licitac-es-na-secretaria-de-saude-de-neropolis-1.3224791">presa na terça-feira (28)</a>, é apontada como chefe de organização criminosa que desviou R$ 1,5 milhão da prefeitura. O Ministério Público de Goiás (MP-GO), que coordena a Operação Abstersio, informou que foram coletados provas que demostram um esquema que atua na Secretaria Municipal de Saúde de Nerópolis desde 2017.&nbsp;

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Além da parlamentar, segundos os promotores de Justiça, estão envolvidos no esquema a presidente da Câmara de Nerópolis, Regina Carminda Lourenço Miquelante, conhecida como Regina da Saúde (MDB). Tanto Geyci da Saúde quanto Regina da Saúde são ex-secretárias de Saúde do município. Um terceiro parlamentar, conforme as investigações, também teria participado dos desvios de recursos. O nome dele não foi divulgado.&nbsp;

O POPULAR entrou em contato com a prefeitura e Câmara de Nerópolis, nesta quarta-feira (29), por volta das 8h45, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Ao todo, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu, em conjunto com as polícias Civil e Militar de Goiás, além do mandado de prisão preventiva contra a vereadora, outros 22 mandados de busca e apreensão, um aconteceu na sede da Secretário Municipal de Saúde, na quarta-feira. As ações policiais aconteceram em Nerópolis, Goiânia, Jataí, no sudoeste de Goiás, e em Brasília (DF).&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/ministerio-publico-apura-fraudes-em-licitac-es-na-secretaria-de-saude-de-neropolis-1.3224791">Ministério Público apura fraudes em licitações na Secretaria de Saúde de Nerópolis</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeito-de-alto-paraiso-aparece-em-lista-suja-do-ministerio-do-trabalho-sobre-trabalhos-analogos-a-escravid-o-1.3225063">Prefeito de Alto Paraíso aparece em "lista suja" do Ministério do Trabalho sobre trabalhos análogos à escravidão​</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/justica-volta-a-bloquear-recursos-da-saude-de-goiania-para-repasse-de-r-11-7-milh-es-a-fundahc-1.3222876">Justiça volta a bloquear recursos da Saúde de Goiânia para repasse de R$ 11,7 milhões à Fundahc</a></div>

A Prefeitura de Nerópolis, na quarta-feira, por meio de nota, informou que a operação investiga fatos de anos anteriores a 2025. Nesse sentido, segundo o municípoi, "já foram adotadas medidas para o imediato fortalecimento do controle interno na área da saúde, com revisão de processos e maior monitoramento, assegurando ainda mais transparência e eficiência na administração pública".

A pedido do MP-GO, a Justiça determinou o bloqueio de bens dos investigados, de R$ 1,5 milhão. O valor é proporcional ao desvio de recursos públicos no suposto esquema criminoso.&nbsp;

O promotor de Justiça Diego da Silva Cordeiro contou para a TV Anhanguera que as investigações indicaram que a vereadora Geyci da Saúde, quando era secretária de Saúde, teria criado sete empresas, de microempreendedores individuais, em nome de laranjas, para fraudar processos licitatórios.&nbsp;

<cite>Esses procedimentos licitatórios eram de assessorias, consultorias, treinamentos, palestras, cursos de capacitação, para servidores dos Caps", explicou o promotor de Justiça.&nbsp;</cite>

Em um dos casos, o promotor de Justiça Paulo Vinícius Parizotto disse que a investigação descobriu que uma pessoa analfabeta foi registrada no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Conforme Parizotto, ela nem tinha conhecimento desta empresa em seu nome.&nbsp;

<cite>Ela não tinha nenhuma noção do que essa empresa executava. Ela não sabia dizer qualquer informação, seja de cunho técnico ou informação da empresa", revelou o promotor de Justiça à TV Anhanguera.&nbsp;</cite>

<img attr-cid="policy:1.3224811" attr-version="policy:1.3224811:1738085513" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3224811/Proporção para foto do site (9).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Carros do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado em frente a Secretaria de Saúde de Nerópolis durante operação (Divulgação/MP-GO)

Entenda o caso&nbsp;

No início de 2024, o MP-GO começou a apurar a suspeita de uma organização criminosa atuando desde 2017, na Prefeitura de Nerópolis. Conforme as investigações, o esquema fraudava processos licitatórios e dispensas de licitação em diversas áreas da saúde, como treinamento, avaliação, consultoria, capacitação e palestras educativas.

Os promotores de Justiça constataram que os empresários, a maioria microempreendedores individuais, contratados não possuíam qualificação técnica para os serviços e mantinham vínculos familiares e de amizade com um servidor público apontado como líder do esquema.

<h2>Serviços não realizados&nbsp;</h2>

A investigação revelou que uma das suspeitas venceu uma licitação para representar o município junto à Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa e para preparar cuidadores de pacientes acamados, mesmo sem serem alfabetizados. Com isso, o MP-GO suspeita que parte dos serviços contratados possa sequer ter sido realizada.

De acordo com o MP-GO, os investigados podem ser indiciados por organização criminosa, frustração do caráter competitivo de licitação, contratação indireta indevida, peculato, falsidade ideológica e material, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.

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