Deve durar entre três a quatro meses o processo de transição gradativa para que o Consórcio Limpa Gyn assuma 100% dos serviços públicos em Goiânia de coleta de lixo, coleta seletiva, recolhimento de entulho e implante o de varrição mecanizada de vias públicas. O cronograma ainda está sendo traçado junto à Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) e à Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg), atualmente responsável pelos três primeiros serviços e deve ser apresentado nos próximos dias.

Nesta semana, representantes do consórcio formado pelas empresas Quebec Ambiental (de Goiânia), Clean Master Ambiental (de Catalão) e CGC Concessões (de Brasília) se reuniram com equipes da Seinfra e da Comurg para definir os próximos passos, que envolvem a assinatura da ordem de serviço e o período de até 30 dias para que o grupo comece a assumir os serviços. A intenção da Prefeitura é que isso ocorra o quanto antes.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/comurg-continua-com-vice-presidente-como-interino-1.3124510" target="_blank">Comurg continua com vice-presidente como interino</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/contrato-para-coleta-de-lixo-e-assinado-mas-ainda-n-o-ha-previs-o-de-quando-consorcio-ira-assumir-o-servico-em-goiania-1.3123717" target="_blank">Contrato para coleta de lixo é assinado, mas ainda não há previsão de quando consórcio irá assumir o serviço em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/quase-100-toneladas-de-lixo-s-o-retiradas-do-rio-meia-ponte-durante-expedic-o-em-goiania-1.3121658" target="_blank">Quase 100 toneladas de lixo são retiradas do Rio Meia Ponte durante expedição em Goiânia</a> 
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O primeiro desafio do consórcio é burocrático e envolve trazer os veículos e equipamentos para a cidade, muitos deles importados, fazer a seleção e treinamento de cerca de 850 funcionários, boa parte deles sem experiência com coleta de lixo e limpeza urbana. O fato de estar havendo licitações para os mesmos serviços em capitais - algumas de grande porte como Salvador e São Paulo - torna mais demorado o processo de entrega dos caminhões por parte revendedoras.

As varredeiras mecanizadas, por exemplo, estão sendo importadas da Inglaterra, sendo que as sete primeiras devem chegar na próxima semana. Conforme O POPULAR apurou, motoristas de São Paulo com experiência com este maquinário estão vindo para a capital para os primeiros dias de funcionamento nas ruas e serão acompanhados por funcionários em treinamento. Previsto para fazer a limpeza de mais de 22 mil quilômetros de vias públicas consideradas principais da cidade, o serviço de varrição mecanizada em Goiânia é, pela dimensão, um dos maiores da América Latina.

O consórcio pretende trazer para os quatro serviços cerca de 250 máquinas e veículos novos, um investimento avaliado em R$ 300 milhões, e com tecnologia mais moderna que o da frota atual. Alguns dos veículos a serem usados para a coleta seletiva terão compactadores similares aos usados na coleta de lixo, porém adaptados para atender às demandas das cooperativas de reciclagem que receberão o material coletado.

Em entrevista à CBN Goiânia no dia 1º de abril, o procurador geral do município, José Carlos Issy, afirmou que foi criada a comissão com representantes da Seinfra, da Comurg e do consórcio por causa “da magnitude grande” do contrato que está sendo repassado às empresas consorciadas e ao fato de não ser possível disponibilizar de imediato todos os equipamentos adquiridos pelo contratante.

Na mesma entrevista, Issy falou que nesta semana ainda a ordem de serviço seria assinada e o cronograma de transição definido e que a expectativa é que o consórcio começasse a operar a partir da segunda quinzena de abril. O POPULAR apurou que a data trabalhada é início de maio.

Essa fase de transição está sendo avaliada para em torno de cem dias, não menos de três meses, mas também não mais que quatro meses. Além disso, existe a expectativa de que seis meses após iniciados os trabalhos o consórcio apresente um parecer com uma noção melhor das demandas e necessidades da cidade para a coleta de lixo e os outros serviços. Entre os desafios avaliados pela comissão, está dimensionar a melhor forma de executar as quatro tarefas contratadas.

Cada serviço tem seus desafios próprios. A remoção de entulhos, diferentemente dos outros três, não conta com um plano de trabalho prévio e depende das demandas que forem surgindo. A Comurg já tem mapeados cerca de 140 pontos mais comuns de acúmulo de entulhos, os chamados lixões clandestinos. Mas não se sabe qual a frequência que o material de acumula nem qual deve ser a rotina de recolhimento nestes locais.

O consórcio pretende trazer caminhões com capacidade de até 18 toneladas para atender os pontos mais graves de acúmulo de entulho. Os “lixões” que ficam em áreas particulares dependem de autorização do poder público para o serviço pelo consórcio. Paralelamente, a Prefeitura precisa avaliar como coibir a ação dos que despejam lixo de forma irregular e evitar que uma possível eficiência na remoção estimule o despejo irregular de entulhos, no caso móveis velhos, restos de construção e lixo comum em grande quantidade.

No caso da varrição mecanizada, a Prefeitura não quer que o serviço ocorra durante o dia para não impactar no trânsito já problemático da cidade. Mas mesmo à noite há o risco de carros estacionados atrapalharem a ação das varredeiras, pois o trabalho exige vias sem veículos parados. Mesmo em vias com corredores de ônibus e nas marginais, onde é proibido estacionar e parar veículos, há motoristas infratores que o fazem.

A Comurg vai seguir com o trabalho de varrição manual. Por isso, o foco pelo menos inicial da varrição mecanizada deve ser nos canteiros centrais, áreas que são consideradas mais perigosas para os trabalhadores da companhia. O impacto deste novo serviço também não deve ser imediato por, entre outros motivos, haver sujeiras acumuladas que a limpeza manual não dava conta de eliminar, como terra acumulada.

A coleta de lixo, que por muitos anos enfrentou várias crises, sendo as do ano passado umas das mais graves, levou a população a uma desconfiança no serviço e, pior, a um despejo do lixo doméstico fora dos horários programados no plano de trabalho. Isso vai exigir um trabalho de reconquista da confiança e de conscientização. Também é necessário reavaliar como será o serviço com todos os caminhões compactadores novos. Inicialmente o consórcio, conforme O POPULAR apurou, deve trabalhar com até 45 veículos para este serviço na cidade, avaliando depois de seis meses qual o volume necessário.

O número de compactadores do consórcio é próximo do que a Comurg dizia ser o ideal para atender a demandas de Goiânia, no caso, 46. A própria companhia tinha dificuldade em chegar a esta meta por causa da situação dos veículos próprios. Durante as crises de 2023 servidores diziam que chegou a ter menos de 20 em circulação, sendo necessário o uso de outros tipos de caminhões. Em janeiro a Comurg passou a alugar 15 caminhões da Quebec e diz que desde então atingiu os 46.

Impacto na transição

A comissão criada pela Prefeitura para a transição decidiu que a transição será de forma seccionada, com o consórcio assumindo os serviços gradativamente região por região. A primeira ainda não foi oficializada. A intenção é conforme o grupo avance numa área, os servidores e equipamentos da Comurg que atuavam nesta sejam usados nas outras que seguirão com a companhia.

A intenção com esta iniciativa é fazer com que haja um impacto positivo para a população neste período, melhorando os serviços não apenas onde o consórcio estiver, mas também onde a Comurg continuar. Somente após o grupo assumir 100% a cidade, o contrato da Seinfra com a Comurg será reavaliado para redução de valor, tirando o que ela vai deixar de fazer em definitivo. Durante a transição, o consórcio e a companhia vão receber pelo volume de trabalho realizado, conforme os valores dos contratos de cada uma, que são diferentes.

Também estão sendo discutidos canais de comunicação entre a população e o consórcio tanto para se informarem sobre horários da coleta de lixo como também para apresentarem demandas sobre remoção de entulhos e outras necessidades. O que fugir do contrato com a Seinfra seria repassado à pasta para definir o que fazer.

A Comurg e o consórcio estão dialogando para que o plano de trabalho deste último esteja adaptado à realidade de Goiânia já conhecida pela companhia. Informações como os pontos críticos, as reclamações da população, os problemas mais comuns estão sendo repassados para que se busque soluções antes de a terceirização se concretizar completamente.

Ao todo serão 24 varredeiras utilizadas pelo consórcio, além de três delas na reserva técnica. Estes veículos contam com estrutura de sucção de detritos e escovas laterais e centrais para varrição do canteiro central e meios-fios. Já para a coleta seletiva estão sendo destinados cerca de 20 caminhões, sendo 16 deles compactadores. E para a remoção de entulhos, serviço que é o principal no contrato com a Seinfra e que envolve uma previsão de coleta que é o dobro da de lixo, teria à disposição quase cem caminhões, sendo 10% para a reserva técnica. Porém estes veículos vão chegar de forma gradativa.

No começo do mês, a Seinfra trocou a pessoa responsável pela gerência de limpeza urbana e gestão de resíduos, trazendo um profissional que atuava na mesma função na prefeitura de Anápolis. Naquela cidade, o serviço de coleta de lixo é feito pela Quebec Ambiental, que integra o consórcio. Segundo a pasta, a nomeação “se deu para qualificar tecnicamente a equipe da Seinfra, haja vista que o profissional é engenheiro ambiental, pós-graduado e possui experiência em gestão de resíduos sólidos em entes públicos”.

O contrato com a Seinfra foi assinado pelo consórcio no dia 19 de março, tem duração de dois anos e o valor previsto de até R$ 470,3 milhões. O grupo vai receber pelo serviço prestado, dependendo do volume de material recolhido ou da quilometragem de vias limpas no caso da varrição mecanizada. A licitação foi aberta no dia 29 de dezembro e teve outros dois consórcios participando. Uma empresa chegou a apresentar denúncia contra a licitação no Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO), mas o órgão indicou que como o processo licitatório já foi encerrado o caso não irá prosperar.

Com desafios, terceirização do lixo em Goiânia pode durar até 4 meses

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Mudança

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) denunciou nesta segunda-feira (9) quatro policiais militares pelo assassinato de quatro jovens durante abordagem em uma casa no Residencial Solar Bougainville, em Goiânia, em abril de 2018. Uma das vítimas, o estudante João Vitor Mateus de Oliveira, de 14 anos, foi levado da residência até um matagal, onde foi executado. Até então, como os policiais militares negam que João Vitor estivesse no imóvel, ele era considerado oficialmente desaparecido. Apesar da conclusão do MP-GO, o corpo do adolescente nunca foi localizado.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

A chacina no Solar Bougainville levou à criação de um coletivo chamado Mães pela Paz, que acolhe mães que tiveram os filhos mortos em abordagens policiais em Goiás. Com frequência, eles cobravam da Polícia Civil e do MP-GO uma resposta principalmente sobre o desaparecimento de João Vitor. Além dele, foram assassinados Matheus Henrique de Barros Melo, de 19 anos, que morava na casa invadida, o atendente de restaurante Marley Ferreira Nunes, de 17, e o assistente de mecânico Divino Gustavo de Oliveira, de 19.

A Polícia Civil tratou a situação de João Vitor como desaparecimento. Os policiais militares negavam que o adolescente estivesse na residência, apesar da confirmação de testemunhas e parentes. A avó de Matheus, que era dona da residência, chegou a dizer que ao sair do local, às 14h, todos os quatro estavam lá. Ainda segundo a versão dos policiais, os três mortos reagiram à entrada da equipe no imóvel com disparos, forçando-os a reagir.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/pm-mata-jovem-na-frente-da-m-e-em-sp-video-1.3208760" target="_blank">PM mata jovem na frente da mãe em SP; vídeo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/pms-acusados-de-matar-jovem-que-estava-com-arma-de-air-soft-s-o-absolvidos-1.3207854" target="_blank">PMs acusados de matar jovem que estava com arma de air soft são absolvidos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/pms-n-o-v-o-a-juri-por-morte-de-jovem-com-cancer-nos-ossos-em-goiania-1.3185032" target="_blank">PMs não vão a júri por morte de jovem com câncer nos ossos em Goiânia</a></div>

As investigações apontam que os policiais levaram João Vitor da casa do Bougainville após matarem os outros jovens e o levaram primeiro para uma outra localidade na viatura em que estavam, depois o colocaram em um carro descaracterizado e foram até uma mata no Setor Forteville, a cerca de quatro quilômetros do local da abordagem. O adolescente teria sido morto com três tiros e seu corpo nunca foi encontrado. No matagal onde o MP-GO acredita que ele foi executado foram encontrados os chinelos que ele usava no dia, a carcaça do celular dele e três cápsulas de arma de fogo.

Foram denunciados pelas mortes o segundo tenente Fabrício Francisco da Costa, de 42 anos, o terceiro sargento Thiago Antonio de Almeida, de 37, o cabo Eder de Sousa Bernardes, de 40, e o soldado Cledson Valadares Silva Barbosa, de 33. Eles integravam o Batalhão de Choque e foram até a casa de Matheus para supostamente apurar uma denúncia anônima de que alguém havia deixado lá um veículo roubado. Quando eles entraram no imóvel, os quatro jovens estariam jogando videogame, como costumavam fazer, segundo familiares.

Conforme consta na denúncia, o segundo tenente matou Marley com quatro tiros nos fundos da residência, enquanto o soldado matou Matheus com dois tiros no peito em um dos quatros e o cabo matou Divino com três tiros em outro quarto. Divino teria trancado a porta do cômodo, levando Eder a arrombar a porta antes de atirar. Já o terceiro sargento, que seria o motorista da equipe policial foi quem colocou a viatura com a parte traseira voltada para a casa de modo que ninguém visse o momento em que João Vitor foi colocado em seu interior.

O MP-GO destaca o fato de que os peritos não encontraram indícios de que houve a troca de tiros alegada pelos policiais e que os mesmos haviam informado posteriormente, no registro da ocorrência, que recolheram as supostas armas que pertenceriam às vítimas. Para os promotores do caso, a informação sobre as armas é mentirosa e foi dada para encobrir as execuções. No caso de Divino, os peritos destacaram a ausência de quaisquer evidências que confirmassem ter havido disparos por parte da vítima contra o policial que o matou.

João Vitor foi morto, segundo a denúncia, para que não testemunhasse junto à Polícia Civil e na Justiça sobre a forma como os amigos foram executados e foi levado para a mata em outro bairro porque os policiais não conseguiram matá-lo na própria residência de modo que pudessem depois sugerir que ele disparou primeiro contra a equipe. “A morte e a ocultação do cadáver da vítima João Vitor foram praticadas para encobrir a ausência de causa justificante para a ação criminosa desenvolvida no interior da residência.”

O MP-GO também pediu o afastamento dos policiais de suas funções nas ruas, alegando que os mesmos se envolveram em outros casos de mortes em abordagens, com exceção de Thiago. Cledson, por exemplo, aparece como participante de ações que resultaram em seis mortes, e Eder, em quatro.

A denúncia feita pelo MP-GO foi possível após a abertura de um procedimento investigatório criminal (PIC) em novembro de 2023 pelo Grupo de Atuação Especial no Controle Externo da Atividade Policial e na Segurança Pública (Gaesp) após reclamação de familiares e de autoridades políticas quanto a falta de respostas por parte da Polícia Civil nos inquéritos abertos. As últimas diligências por parte da Delegacia de Homicídios datavam de novembro de 2021.

O documento entregue à Justiça no final da tarde de segunda-feira (9) pelo MP-GO tem cerca de 2,7 mil páginas. Há diversos relatos e laudos, como, por exemplo, o depoimento de um vizinho que disse ter ouvido uma pessoa no interior da casa pedindo para não ser morta. Há também testemunhos de que havia alguém na parte traseira da viatura dando chutes e gritando quando o veículo saiu.

Jovem desaparecido em 2018 foi morto por policiais, diz MP-GO

Denúncia

O ano ainda não terminou, mas já é possível cravar que 2024 será o mais quente do planeta desde o período pré-industrial. A informação é do centro europeu Copernicus, programa da União Europeia para monitoramento das mudanças climáticas. A conclusão chegou após novembro ter sido o 16º, em um período de 17 meses, a ter média global 1,5°C acima dos níveis registrados entre 1850 e 1890.

O alerta fecha um ano em que os sinais das altas temperaturas foram evidentes, principalmente com períodos de seca prolongados. Em 2024, Goiânia igualou o período mais longo sem chuva da história, com 156 dias de estiagem.

A maior parte dos especialistas concorda que é praticamente impossível impedir que as temperaturas continuem subindo. No máximo, será possível retardar a elevação, o que obriga a adaptação das cidades para o que vem pela frente.

O programa de governo da futura gestão da capital, que começa em janeiro, fala em “adaptar Goiânia aos impactos das mudanças climáticas”, mas é genérico quanto ao tema. É preciso que essa carta de intenções seja convertida em ações efetivas. A resiliência climática das cidades é uma agenda pública que não tem volta.

Goiânia e o calor

Editorial

Matéria - Opinião - Editorial

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<span style="font-size: 10pt; font-family: &quot;Trebuchet MS&quot;, sans-serif; background-color: transparent; font-variant-numeric: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-position: normal; font-variant-emoji: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">O órgão especial do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) determinou que o governo estadual intervenha na gestão da<a href="https://opopular.com.br/cidades/faltam-medicamentos-e-insumos-basicos-nas-unidades-de-saude-de-goiania-1.3205999" target="_blank"> rede municipal de saúde em Goiânia</a>. Em sessão extraordinária na tarde desta segunda-feira (9), o colegiado de desembargadores aprovou pedido feito na sexta-feira (6) pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) por meio da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) após o agravamento de uma crise financeira e de gestão na saúde municipal que culminou nos últimos dias com a decretação da prisão do então titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, Wilson Pollara, e na permanência por apenas sete dias de sua substituta, Cynara Mathias.&nbsp;

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O relator do processo no órgão especial, o desembargador Jeronymo Pedro Villas Boas, ao manifestar seu voto favorável à intervenção, afirmou que a crise ganhou uma tonalidade dramática e que a atual gestão do município se mostrou totalmente ineficiente e sem a devida proatividade&nbsp; e vigilância necessárias quanto aos <a href="https://opopular.com.br/cidades/promotora-marlene-nunes-sobre-crise-na-saude-em-goiania-houve-uma-violac-o-sem-precedentes-1.3204280" target="_blank">problemas enfrentados pelos pacientes </a>que demandam de atendimento na saúde pública. Ainda segundo Jeronymo, conforme se aproxima o período de fim de ano, com as festividades do Natal e do réveillon, é fato que o atendimento na saúde pública se agrava ainda mais.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/medicos-mantem-paralisac-o-em-goiania-a-partir-de-segunda-feira-9-1.3206835" target="_blank">Médicos mantêm paralisação em Goiânia a partir de segunda-feira (9)</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/secretaria-de-saude-de-goiania-recem-empossada-cynara-mathias-pede-demiss-o-1.3206585" target="_blank">Secretária de Saúde de Goiânia recém-empossada, Cynara Mathias pede demissão</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/faltam-medicamentos-e-insumos-basicos-nas-unidades-de-saude-de-goiania-1.3205999" target="_blank">Faltam medicamentos e insumos básicos nas unidades de saúde de Goiânia</a></div>

Os desembargadores decidiram que a intervenção deve durar até o dia 31 de dezembro, quando vence o mandato do atual prefeito, Rogério Cruz (SD). Com isso, o prefeito eleito Sandro Mabel (UB) poderá nomear um novo secretário municipal de saúde e terá total autonomia na gestão da rede municipal. Entretanto, o colegiado votou para que 90 dias após a posse Mabel apresente dentro do processo judicial um relatório das ações adotadas e um plano de gestão para solucionar o <a href="https://opopular.com.br/cidades/empresas-v-o-passar-a-fornecer-medicos-para-a-saude-municipal-de-goiania-1.3119841" target="_blank">déficit no atendimento </a>denunciado pelo MP-GO.

<div attr-cid="policy:1.3208343" attr-version="policy:1.3208343:1733771779" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3208343" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3208343', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3208343">webstories (1.3208343)</a></div>

O TJ-GO determinou também que o titular da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) de Goiânia, Cleyton Menezes, faça em 24 horas após a notificação o cadastramento do interventor nomeado e seus auxiliares no sistema municipal de ordenação de despesas. Ainda seguindo o voto do relator, o colegiado informou que os pagamentos a serem efetuados pelo interventor aos fornecedores e prestadores de serviço após diálogo com o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do TJ-GO.

Ao voltarem a petição do MP-GO, os desembargadores não especificam como se dará a intervenção. Na apresentação do pedido, o titular da PGJ, procurador Cyro Terra, disse que caberá ao governador Ronaldo Caiado (UB), por meio de decreto, apresentar estes detalhes. Na sexta-feira, o governo estadual afirmou que só se manifestaria a partir da decisão judicial.

A subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MP-GO, Fabiana Lemes Zamalloa do Prado, defendeu durante a sessão do órgão especial a petição feita pela PGJ e disse que “situações excepcionais exigem respostas excepcionais”. “E estamos diante de uma situação excepcionalíssima”, comentou.&nbsp;

Segundo ela, a rede de saúde está em uma<a href="https://opopular.com.br/cidades/medicos-mantem-paralisac-o-em-goiania-a-partir-de-segunda-feira-9-1.3206835" target="_blank"> situação de falência no município</a> sem que haja outras possibilidades de soluções, que já não tenham sido buscadas pelo MP-GO. Provocada pelo presidente do TJ-GO, desembargador Carlos Alberto França, a subprocuradora afirmou que o pedido foi feito faltando 20 dias para o fim da gestão porque foi tentado “ao máximo e no limite” garantir a autonomia do atual gestor.&nbsp;

Em defesa do prefeito, o procurador geral do Município, José Carlos Ribeiro Issy, disse que a intervenção significa uma ruptura institucional com a perda da autonomia da prefeitura em gerir uma área que pela Constituição Federal é de sua responsabilidade e que cabe ao Judiciário zelar pelos princípios democrático. Sobre o descumprimento de decisões judiciais alegadas pelo MP-GO, ele justificou dizendo que o município apenas entrou com recursos judiciais garantidos pela legislação e que inclusive conseguiu decisões favoráveis posteriormente.

José Carlos comentou que devido à realidade atual das finanças municipais os <a href="https://opopular.com.br/cidades/gabinete-de-crise-em-goiania-vai-criar-painel-com-informac-es-1.3204768" target="_blank">problemas enfrentados pela saúde pública </a>não serão resolvidos “em período tão curto”, “ainda mais por alguém que não tenha conhecimento do sistema do município de Goiânia como um todo”. O procurador municipal também informou que no fim de semana o prefeito procurou representantes da comissão de transição criada após as eleições municipais para que Mabel indicasse nomes que pudessem acompanhar mais de perto e mais ativamente da gestão da saúde nestes últimos dias de dezembro.

Justiça determina intervenção pelo governo estadual na saúde municipal em Goiânia

Crise

POP_AbordagemPM_0812

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ENFERMEIROS CELIA CAMARA PM

<div attr-cid="policy:1.3207972" attr-version="policy:1.3207972:1733675002" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3207972" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3207972', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3207972">POP_AbordagemPM_0812 (1.3207972)</a></div>

A enfermeira Fabiana Ribeiro de Sousa, envolvida em um <a href="https://opopular.com.br/cidades/novo-video-mostra-quando-policial-da-mata-le-o-em-maqueiro-preso-durante-confus-o-em-maternidade-1.3207969" target="_blank">episódio de confusão na Maternidade Célia Câmara</a>, lamentou o fato ocorrido no seu ambiente de trabalho e disse que ela e o colega estão sendo injustiçados. Nas imagens de câmeras de segurança, obtidas com exclusividade pela TV Anhanguera, é possível ver o momento em que o maqueiro tenta impedir a prisão da colega e foi contido pelos policiais (assista acima).&nbsp;

<cite>Não precisava disso tudo. Era uma situação que dava para ser contornada com conversa. Estamos sendo injustiçados por conta de toda essa situação. Eu estava no meu ambiente de trabalho, prestando uma assistência que com certeza, nunca deixei a desejar. Estava prestando um serviço à comunidade e ao município que inclusive não pagou o nosso salário e o nosso 13º está atrasado”, declarou a enfermeira em entrevista à TV Anhanguera.&nbsp;</cite>

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<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/dois-servidores-s-o-presos-apos-confus-o-em-maternidade-de-goiania-1.3207688" target="_blank">Dois servidores são presos após confusão em maternidade de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/novo-video-mostra-quando-policial-da-mata-le-o-em-maqueiro-preso-durante-confus-o-em-maternidade-1.3207969" target="_blank">Novo vídeo mostra quando policial dá 'mata-leão' em maqueiro preso durante confusão em maternidade</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/inconformado-maqueiro-diz-que-foi-tratado-como-bandido-pela-pm-e-pede-justica-1.3208075" target="_blank">Inconformado, maqueiro diz que foi tratado como bandido pela PM e pede Justiça</a></div>

O caso aconteceu na noite do dia 6 de dezembro, quando a <a href="https://opopular.com.br/cidades/dois-servidores-s-o-presos-apos-confus-o-em-maternidade-de-goiania-1.3207688" target="_blank">enfermeira e o seu colega foram detidos e encaminhados para a Central de Flagrantes</a> sob as acusações de desobediência e resistência. A Polícia Militar (PM) destacou que a equipe atendeu uma ocorrência de possível omissão de socorro a uma gestante, que passava mal no Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara.&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3207978" attr-version="policy:1.3207978:1733676871" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3207978" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3207978', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3207978">webstories dois servidores presos (1.3207978)</a></div>

<h2>Entenda o caso</h2>

O caso aconteceu na noite do dia 6 de dezembro,&nbsp;de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde-GO), <a href="https://opopular.com.br/cidades/dois-servidores-s-o-presos-apos-confus-o-em-maternidade-de-goiania-1.3207688" target="_blank">durante a troca de plantão dos funcionários</a>, após o marido de uma gestante, classificada como de “menor gravidade”, exigir atendimento prioritário.

A PM, por meio de nota enviada ao&nbsp;POPULAR, informou que durante o atendimento da ocorrência,&nbsp;a equipe policial enfrentou resistência de alguns servidores do hospital, que se recusaram a fornecer informações essenciais para o registro dos fatos, comprometendo o andamento regular da ocorrência. E tal conduta exigiu <a href="https://opopular.com.br/cidades/novo-video-mostra-quando-policial-da-mata-le-o-em-maqueiro-preso-durante-confus-o-em-maternidade-1.3207969" target="_blank">medidas adicionais por parte dos policiais para assegurar o cumprimento das determinações legais</a> e o restabelecimento da ordem&nbsp;(confira a nota ao fim do texto).

<div attr-cid="policy:1.3208266" attr-version="policy:1.3208266:1733761037" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3208266" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3208266', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3208266">Webstories (1.3208266)</a></div>

O Sindsaúde-GO classificou a abordagem policial como um episódio de violência e abuso de autoridade, durante a troca de plantão dos funcionários&nbsp;(veja nota abaixo).&nbsp;Ao&nbsp;POPULAR,&nbsp;o delegado Rilmo Braga, da Central de Flagrantes, disse que não houve nenhum registro de reclamação, por parte dos funcionários da&nbsp;Maternidade Célia Câmara, de abuso de autoridade pelos PMs envolvidos na ocorrência.

<div attr-cid="policy:1.3207724" attr-version="policy:1.3207724:1733568215" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3207724" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3207724', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3207724">ENFERMEIROS CELIA CAMARA PM (1.3207724)</a></div>

De acordo com a Polícia Civil, com relação à enfermeira foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), por desobediência, e ela foi liberada com compromisso de comparecer à audiência de custódia.&nbsp;Já contra o <a href="https://opopular.com.br/cidades/inconformado-maqueiro-diz-que-foi-tratado-como-bandido-pela-pm-e-pede-justica-1.3208075" target="_blank">maqueiro foi registrado um auto de prisão em flagrante por resistência</a> com lesão corporal. Ele só foi liberado após pagamento de fiança de um salário mínimo.

A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), responsável pela administração da unidade ressaltou que os funcionários seguem um rigoroso protocolo de classificação de riscos nas maternidades&nbsp;(leia a nota na íntegra ao fim do texto).&nbsp;

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Funcionários de maternidade são presos em meio à crise na Saúde em Goiânia (Reprodução/TV Anhanguera)

Nota à Imprensa do Hospital e Maternidade Célia Câmara&nbsp;

“O Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) esclarece que segue rigoroso protocolo de Classificação de Risco, prestando assistência às pacientes de acordo com a urgência que cada caso exige.&nbsp; &nbsp;

A paciente citada tentou ser atendida em desacordo com o protocolo, exigindo passar à frente de outras mulheres, situação que não foi permitida pela equipe.&nbsp;&nbsp;

O HMMCC lamenta a conduta ofensiva da Polícia Militar com os profissionais que seguiam as diretrizes da assistência eficaz, respeitosa e segura, e informa que a Fundahc/UFG, gestora da unidade, acionou uma advogada criminalista para conduzir a situação.&nbsp;&nbsp;

Mesmo com a triste circustância, o hospital mantém o atendimento às pacientes que procuram a Emergência da unidade. O cuidado com a saúde da população não pode parar.&nbsp;

Assessoria de Imprensa Fundahc/UFG&nbsp;

6/12/2024”&nbsp;

Nota da Polícia Militar

“A Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) informa que, na última sexta-feira (6), foi acionada para atender uma ocorrência no Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara, em Goiânia, relacionada a um possível caso de omissão de socorro envolvendo uma gestante que apresentava sinais de mal-estar.

Durante o atendimento, a equipe policial enfrentou resistência de alguns servidores do hospital, que se recusaram a fornecer informações essenciais para o registro dos fatos, comprometendo o andamento regular da ocorrência. Tal conduta exigiu medidas adicionais por parte dos policiais para assegurar o cumprimento das determinações legais e o restabelecimento da ordem.&nbsp;

Diante da recusa reiterada, dois servidores foram detidos pelos crimes de desobediência e resistência, sendo conduzidos à Central Geral de Flagrantes. O transporte foi realizado em veículo institucional do hospital, sob a supervisão da equipe policial. Na delegacia, a autoridade competente analisou os depoimentos das testemunhas e os fatos apresentados, culminando na lavratura de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e em uma prisão em flagrante, com o devido encaminhamento às medidas legais cabíveis.

Ressalta-se que a gestante foi prontamente conduzida à sala de cirurgia, onde outro médico da unidade realizou o parto, resultando no nascimento de uma menina em segurança, garantindo a integridade da mãe e da criança.

A Polícia Militar reafirma seu compromisso com a transparência, a legalidade e a eficiência de suas ações. Para tanto, foi instaurado um procedimento apuratório que buscará esclarecer todas as circunstâncias relacionadas aos fatos ocorridos.”&nbsp;

Nota Prefeitura de Goiânia&nbsp;

“A Prefeitura informa que está ciente da detenção de dois servidores na Maternidade Célia Câmara, ocorrida no fim da tarde desta sexta-feira, em razão de uma suposta recusa de atendimento a uma paciente.&nbsp;

A administração municipal reforça seu respeito às autoridades policiais e acompanha o caso com atenção, aguardando o desenrolar das investigações para adoção das medidas cabíveis, caso necessário.”&nbsp;&nbsp;

Nota Sindsaúde-GO

“O Sindsaúde-GO manifesta sua perplexidade e indignação diante das cenas de violência e abuso de autoridade registradas nesta sexta-feira (6), na Maternidade Célia Câmara, em Goiânia, onde dois trabalhadores da saúde foram presos de forma truculenta durante a troca de plantão. As imagens chocantes retratam uma situação inadmissível e inaceitável, especialmente em um contexto no qual os profissionais da saúde já enfrentam sobrecarga de trabalho, atrasos salariais, condições precárias de atendimento e a constante falta de insumos e segurança.

De acordo com relatos de testemunhas, o episódio teve início quando uma paciente gestante, classificada como ficha verde – condição de menor gravidade e sem risco imediato à vida – chegou à unidade durante a troca de plantão. O marido da gestante, insatisfeito com o tempo de espera, acionou o assessor de um vereador, que compareceu ao local, iniciou filmagens e convocou a polícia. Quando os policiais chegaram, ignoraram os protocolos de triagem da unidade e agiram de forma autoritária e desproporcional.

O Sindsaúde se solidariza com os profissionais covardemente agredidos, lamenta profundamente o ocorrido e repudia veementemente a ação truculenta e o despreparo da polícia, que deveria agir para proteger a integridade física e emocional dos cidadãos, e não para intimidar e violentar os profissionais de saúde que dedicam suas vidas à assistência da população. A postura abusiva e desrespeitosa evidenciada no episódio não apenas fere os direitos humanos dos trabalhadores, mas também agrava a crise na saúde pública, ao desmoralizar e desvalorizar ainda mais os servidores já exaustos pelas condições degradantes enfrentadas diariamente.

É inaceitável que, em vez de serem protegidos e apoiados, os trabalhadores da saúde sejam tratados como vilões de uma crise que é resultado direto da negligência e da omissão do poder público. Principalmente, da maioria do Poder Legislativo, que foi conivente com a incompetência do poder executivo e sempre barganhou cargos e mercadejou com o sofrimento e dor das pessoas que utilizam o sistema público de saúde. É preciso identificar e punir o assessor e o vereador que tentaram fazer tráfico de influência na maternidade. Isso é inadmissível!

O Sindsaúde tem denunciado reiteradamente a falta de segurança nas unidades de saúde, onde servidores têm sido vítimas de agressões, assaltos e até estupros. Onde estava a polícia e os vereadores que sempre se omitiram? O que se presenciou hoje, no entanto, ultrapassou todos os limites: o uso do aparato estatal de forma abusiva e autoritária contra trabalhadores que apenas cumprem seu dever dentro das condições possíveis.

O Sindsaúde exige uma apuração rigorosa e transparente do caso e responsabilização dos envolvidos no abuso de poder. Reiteramos nosso compromisso em defender os trabalhadores da saúde e cobrar das autoridades uma atuação ética, justa e respeitosa, que garanta a segurança e a dignidade desses profissionais. Seguiremos acompanhando o caso de perto e tomaremos todas as medidas necessárias para que a justiça seja feita.”&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3208245" attr-version="policy:1.3208245:1733755696" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3208245/Proporção para foto do site.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Enfermeira diz que confusão poderia ter sido evitada com diálogo (Reprodução/TV Anhanguera)

Enfermeira diz que confusão poderia ter sido evitada e afirma: 'Estamos sendo injustiçados'

CRISE NA SAÚDE

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