POP_VIDA_URBANA_ZOOLOGICO_09_12_2017

<div attr-cid="policy:1.1414033" attr-version="policy:1.1414033" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.1414033" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.1414033', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.1414033">Imagem (1.1414033)</a></div>Um novo Zoológico de Goiânia (ZooGyn) deve começar a surgir a partir de 2018. O presidente da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul), Alexandre Magalhães, deve levar ao prefeito Iris Rezende (PMDB), já no início do próximo ano, um projeto para mudar o atual zoológico, desde a localização até o plantel de animais. A ideia é que o novo ZooGyn seja instalado em outra área, na Região Norte de Goiânia. Pela proposta, o ZooGyn passaria a ter apenas animais típicos do Cerrado, que é o bioma predominante em Goiás, deixando de lado o modelo atual que conta com espécies de vários continentes. “É até uma maldade ver o que animais de outros lugares passam aqui no calor do Cerrado. Buscaremos mudar isso, deixar no zoológico apenas a fauna característica. A ideia é que isso fomente ainda mais o turismo e a visitação”, acredita Magalhães.O presidente tem o desejo de fazer em Goiânia o maior zoológico do Cerrado do Brasil. “Hoje ele é deficitário, o que conseguimos arrecadar lá não sustenta o que se gasta com manutenção. Mas penso que promover esse aspecto do Cerrado pode fazer com que ganhemos vários investimentos e parcerias de empresas que atuam na conservação de biomas brasileiros”, explica. A proposta também será discutida ainda com órgãos ambientais, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).Magalhães admite que trata-se de uma grande mudança. Ela deve começar a partir de 2018, mas a finalização é estimada para até o final do mandato do prefeito Iris Rezende. “Vamos fazendo aos poucos, tem muito o que discutir para dar certo”, afirma. Um desses principais problemas é justamente a mudança de local do ZooGyn. Nos últimos dez anos, outras propostas para essa alteração já foram apresentadas, sem sucesso. Em 2009, na última gestão Iris, a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) chegou a pesquisar áreas para realocar o zoológico. Na ocasião, duas áreas ao longo da GO-060, na Região Noroeste da cidade, e uma na BR-060, Região Sudoeste, receberam técnicos da Prefeitura. Levou-se em conta a disponibilidade de água e a facilidade de acesso, mas o projeto foi esquecido, até porque o ZooGyn, que estava embargado desde 2009, passou por reforma e conseguiu ser reaberto em 2012, após a ocorrência de morte de diversos animais de grande porte como hipopótamo, leão, onça e girafa.Região NorteAs áreas que serão levadas em conta para análise desta vez estão todas na Região Norte de Goiânia, mais propriamente no Setor Santa Genoveva, nas proximidades do Clube Antônio Ferreira Pacheco, do Serviço Social da Indústria (Sesi). “Tem duas negociações que podem ocorrer. Uma é área do Estado e temos de conversar com o governo estadual, apresentar o projeto e verificar a disponibilidade de doação ou concessão da área para a Prefeitura ou mesmo uma parceria entre os dois”, diz Magalhães.A outra opção seria a doação de uma área particular, que pertence a um grupo de empresários e teria em torno de 14 alqueires. Técnicos do ZooGyn ouvidos pela reportagem afirmam que se trata de um projeto de médio a longo prazo, ainda embrionário, mas que a mudança de local seria fundamental para se ter um zoológico apenas para animais do Cerrado. Isso porque seria necessário montar toda uma estrutura específica para isso, o que é mais simples de fazer em uma área nova do que adaptar o que existe atualmente.<div attr-cid="policy:Image_1.1414094" attr-version="policy:Image_1.1414094" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:Image_1.1414094" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'Image_1.1414094', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:Image_1.1414094">Imagem (Image_1.1414094)</a></div><div attr-cid="policy:1.1414116" attr-version="policy:1.1414116" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.1414116" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.1414116', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.1414116">Imagem (1.1414116)</a></div>

Agetul vai propor novo ZooGyn

Cidades

Cidades - título

Assine - Offers Target - 2

Matéria - Cidades

O Jardim Zoológico de Goiânia ganha o nome de José Hidasi, importante taxidermista e biólogo que participou da criação do Parque Ecológico Educativo que deu origem ao zoo. Quem visita a unidade atualmente pode ver, além do plantel de cerca de 400 animais, um museu de sua autoria. É o Museu de Zoologia, onde mais de cem exemplares taxidermizados estão expostos para a apreciação dó público.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

A homenagem à Hidasi surgiu em um Projeto de Lei do vereador Henrique Alves (MDB) que foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) de segunda-feira (04/11) como legislação nº 11.261. A lei foi sancionada pelo presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo, no mês de outubro.

<img attr-cid="policy:1.3196397" attr-version="policy:1.3196397:1730944024" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3196397/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Entrada do Parque Zoológico de Goiânia: local receberá nome do taxidermista José Hidasi (Wildes Barbosa / O Popular)

Localizado no Setor Oeste, ao lado do Parque Lago das Rosas, o zoológico se estende por uma área 200 mil m² com bastante área verde. O local passou por uma revitalizações pouco mais de um ano, no valor de R$ 935 mil, e está em boas condições. De acordo com a supervisora geral do parque, Jamile França, a última reforma trouxe melhorias na acessibilidade – com piso tátil e rampas -, impermeabilização de tanques, recintos e banheiros públicos do espaço. “O que foi aceito pelas pessoas que passam por aqui e, ainda, elogiam”, complementa.

No entanto, as placas com os nomes dos animais ainda não possuem indicação em Braille. A escrita tátil poderia ampliar a acessibilidade para pessoas cegas ou com baixa visão.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-preve-reformas-para-os-100-dias-iniciais-1.3196388" target="_blank">Mabel prevê reformas para os 100 dias iniciais</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/crianca-de-4-anos-morre-em-anapolis-com-pneumonia-diz-hospital-1.3196221" target="_blank">Criança de 4 anos morre em Anápolis com pneumonia, diz hospital</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/laboratorio-interrompe-produc-o-de-rivotril-0-5-mg-e-farmacias-ja-n-o-tem-estoque-1.3196133" target="_blank">Laboratório interrompe produção de Rivotril 0,5 mg, e farmácias já não têm estoque</a></div>

Passeando entre os bosques e os recintos do zoológico, o público pode se deparar com as principais atrações do local, de acordo com França: o urso pardo Robinho, os tigres-de-bengala, o serpentário e os grandes felinos.

A visita pode ser estendida também ao Museu de Zoologia Professor José Hidasi, onde há contribuições do professor aos estudos em Ciências Naturais na capital goiana. Fechado desde o período da pandemia, o museu foi reaberto em junho deste ano com adaptações na pintura, na parte elétrica e na ventilação. No espaço, os visitantes têm acesso a diversos répteis, aves e mamíferos empalhados, que compõem o acervo de peças taxidermizados pelo professor.

França explica que boa parte dos exemplares que pertencem ao espaço são de animais que um dia estiveram no zoológico e hoje garantem educação ambiental aos grupos visitantes. Compondo também um dos atrativos, o museu é visto pelos profissionais como um local de vínculo e até saudosismo dos adultos que puderam ver os animais do zoológico vivos no passado. Juntas, França e a secretaria-executiva da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul), Ara Rilse Lopes, contam que, por vezes, há pais que vão até o local mostrar aos filhos “os bichinhos” que, antes da sua morte, viviam pelos recintos do local. “Passa de geração em geração.”

Visitando a capital pela primeira vez, o mestrando em Administração, Breno Acacio, de 24 anos, teve o zoo entre as suas opções de “passeios legais” – a indicação foi de um local onde Acacio está hospedado. Com um olhar crítico a esses espaços, o mestrando diz ter se surpreendido com o zoológico da capital, que é “agradável e bem cuidado”. Conforme funcionários, os animais passam por diversos processos de enriquecimento ambiental com materiais naturais para garantir o maior conforto e aceitação dos recintos.

<h2>Apaixonado por animais, professor deixou legado</h2>

Um ornitólogo estuda todos os aspectos da vida das aves. Foi a paixão por elas – e por todos os demais animais – que fez de José Hidasi, nascido em 1926 em Makó, no sul da Hungria, conhecido e respeitado dentro e fora do Brasil. Ele virou referência em taxidermia, a arte de empalhar animais.

<img attr-cid="policy:1.3196396" attr-version="policy:1.3196396:1730944024" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3196396/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Museu de Zoologia Professor José Hidasi mostra animais empalhados (Wildes Barbosa / O Popular)

“É inegável a história”, conta França sobre a homenagem feita a Hidasi no zoológico de Goiânia. De acordo com ela, o professor faz parte da construção do espaço e na adaptação dos conhecimentos de botânica e fauna para a região. O que não poderia ser negado, principalmente, pelo acervo que deixou tanto no museu do local, como no fechado Museu de Ornitologia de Goiânia, que foi criado em sua própria casa, em Campinas, em 1968.

O espaço é fruto do desenvolvimento de uma técnica própria de taxidermia, onde abrigou diversas espécies de animais empalhados a fim de contribuir para estudos posteriores. Além dos exemplares expostos no zoológico, o acervo de Hidasi se expandia a peças pré-históricas, a borboletas, macacos e até botos. Todo o trabalho, que levou a construção de sua coleção, contava com mais de 120 mil peças e chegou a ser avaliada em cerca de US$ 15 milhões.

Com o fechamento do Museu de Ornitologia de Goiânia, na casa onde ele morava no Setor Campinas em 2018, em decorrência da mudança para uma casa de repouso, parte do seu acervo foi doado para o Memorial do Cerrado, que funciona no Campus II da PUC Goiás. Assim, o material do professor também pode ser encontrado em uma seção especial dedicada ao taxidermista. As peças compartilham de uma exposição da história e trabalho dos estudos em ciências naturais.

Húngaro que viveu durante décadas na capital, onde morreu aos 95 anos, Hidasi foi formado na Escola Superior de História Natural e Geografia no segmento das Ciências Naturais. Recém-chegado no Brasil em 1950, ele trabalhou no Museu de História Natural. Em Goiás, o trabalho se iniciou por volta de 1952 no projeto de ocupação da Amazônia, em Aragarças, catalogando animais que pudesse encontrar.

Apaixonado por curiosidades do mundo animal e defensor da tese que é preciso conhecer para preservar, Hidasi participou ativamente da fundação e planejamento de diversos museus naturais do país. Conforme noticiou o POPULAR no dia da sua morte, em 19 de julho de 2021, ele ajudou a criar ou organizar 14 museus em todo o Brasil, incluindo o Museu Goeldi, em Belém do Pará, referência mundial em estudos de aves.

Zoológico de Goiânia ganha nome de José Hidasi

Homenagem

Retirado da disputa pela reeleição há 10 dias, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano (UB), deve ampliar as consultas antes de anunciar se vai apoiar Leandro Vilela (MDB), pré-candidato governista. Sua decisão chegou a ser prevista para esta segunda (1°), quando teve nova conversa com o governador Ronaldo Caiado (UB), mas aliados ouvidos pela coluna afirmam que Vilmar pretende dialogar com lideranças empresariais e religiosas da cidade. 

🔔 <a href="http://opopular.com.br/canal" target="_blank">Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

“Ele vai fazer as coisas do jeito certo, do jeito que não fizeram que ele. Vai ouvir todo mundo antes de tomar uma decisão”, justifica um aliado, segundo o qual o principal empecilho para eventual apoio ao projeto emedebista é o ex-prefeito Gustavo Mendanha (MDB), que terá papel central na campanha. 

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/stf-decide-que-presos-podem-ser-transferidos-sem-ordem-judicial-1.3150395" target="_blank">STF decide que presos podem ser transferidos sem ordem judicial</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/daniel-gracinha-tem-vaga-garantida-na-chapa-para-disputar-senado-1.3150042" target="_blank">Daniel: Gracinha tem vaga garantida na chapa para disputar Senado</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/vanderlan-aposta-em-discurso-de-independencia-contra-ideia-de-isolamento-1.3149756" target="_blank">Vanderlan aposta em discurso de independência contra ideia de isolamento</a></div>

Além de Caiado e o próprio Leandro, que contaria com a preferência da maior parte de seus aliados, o chefe do Executivo abriu diálogo com o grupo do deputado federal Professor Alcides, que vai disputar a prefeitura pelo PL.

<h2>Habitué</h2>

Rogério Cruz (SD) volta à Câmara de Goiânia na próxima segunda (8) para prestação de contas referente ao primeiro quadrimestre de 2024. O prefeito foi à Casa duas vezes na semana passada.

<h2>Família</h2>

Rogério Cruz nomeou Beatriz Albuquerque Morais para o cargo de chefe de gabinete da Agência Municipal de Turismo (Agetul). É filha da deputada federal Flávia Morais e do deputado estadual George Morais, ambos do PDT.

<h2>Ajuste</h2>

A Agetul é presidida pelo pedetista Danilo Guimarães. Beatriz substitui Guilherme Chagas Silva, que vai ser candidato a vereador.

<h2>Coincidência</h2>

A nomeação foi publicada em suplemento do Diário Oficial do Município que circulou nesta segunda (1°), mesmo dia que o Ministério Público recomendou ao prefeito a exoneração de parentes de vereadores.

<img attr-cid="policy:1.3150731" attr-version="policy:1.3150731:1719883758" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3150731/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Emendas - Banners do senador Jorge Kajuru (PSB) na entrada do Hospital e Maternidade Célia Câmara e no auditório da unidade durante evento que inaugurou sua ampliação. (Diomício Gomes / O Popular)

Expectativas altas

Durante visita ao Centro de Apoio ao Romeiro, Caiado disse que a Festa do Divino de Trindade está cada ano melhor. E que espera um evento ainda maior em 2025. Depois veio com essa: “Em 2026 eu já não estarei aqui como governador. Então, ano que vem será minha última romaria como governador. Como cidadão continuarei presente.”

<h2>Amianto e o STF</h2>

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, agendou para 14 de agosto a retomada do julgamento da ação direta de inconstitucionalidade (ADI) que questiona a lei goiana que liberou a extração do amianto crisotila. O julgamento foi suspenso em junho do ano passado, após pedido de vista de Gilmar Mendes.

<h2>Placar</h2>

Alexandre de Moraes votou pela inconstitucionalidade da lei e pela concessão de mais 12 meses para a extração do amianto. Única a votar além do relator, Rosa Weber apresentou voto divergente pela derrubada do texto sem conceder sobrevida à atividade.

<h2>Pergunta para:</h2>

Kowalsky Ribeiro,&nbsp;Procurador-geral da Câmara

<img attr-cid="policy:1.3150729" attr-version="policy:1.3150729:1719883758" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3150729/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Kowalsky Ribeiro, Procurador-geral da Câmara ()

O TCM determinou o afastamento do secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara. A Câmara tem prerrogativa para fazer algo em relação a isso?

A Câmara Municipal não detém competência para rever ato do TCM ou questionar. Por ter poder mandamental, as decisões são cumpridas, não questionadas. O Poder Judiciário pode ser invocado para dirimir celeumas, o Poder Legislativo não.

<h2>Arremate&nbsp;</h2>

Ao vivo - A economista Selene Peres será a entrevista do Chega pra Cá desta terça-feira (2), às 11 horas. A ex-secretária de Economia de Goiás foi uma das autoras da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), criada logo após o Plano Real para ajudar na estabilização da moeda, tema da entrevista.

Espaço -O goiano Rodrigo Melo assumiu posto no diretório nacional do Mobiliza, antigo PMN.

Articulação - Representantes do Secovi e da ADU vão a Brasília nesta terça e quarta-feira (2 e 3) para conversar com deputados federais e senadores sobre reforma tributária e os impactos da matéria no setor da habitação. Uma das demandas é a redução da alíquota para o setor em 60%. No caso dos aluguéis, em 80%.&nbsp;

🔔 <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro" target="_blank">Veja a página especial da Coluna Giro com as publicações anteriores</a>

Vilmar Mariano protela decisão sobre apoio em Aparecida de Goiânia

Opinião

Matéria - Coluna Giro

Giro

Atendendo recomendação do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO), o prefeito Rogério Cruz (SD) exonerou a enfermeira Daiane Vieira Lopes do cargo de supervisora geral do Zoológico de Goiânia. Foi nomeada no posto a médica veterinária Jamile Freitas Queiroz França. As mudanças foram publicadas nas edições de 18 e 19 de junho do Diário Oficial do Município. Em nota, a Prefeitura confirmou que a troca foi motivada por causa do movimento do tribunal.A decisão é resultado de denúncia do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás (CRMV-GO) contra a administração municipal, em que a entidade alegou que houve irregularidade na nomeação de pessoa sem qualificação técnica para a gestão do zoológico.No documento, o CRMV alega que regimento interno da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul) - órgão responsável pela administração do parque - determina que compete à supervisão geral, entre outros pontos, responder perante o conselho, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e demais órgãos fiscalizadores pela responsabilidade técnica do zoológico.Daiane havia sido nomeada para o cargo em outubro do ano passado. Na época, o veterinário Raphael Cupertino Teixeira Mello foi exonerado após 18 anos no posto. A mudança ocorreu logo após a nomeação de Danilo Alvino Guimarães no comando da Agetul. Guimarães é advogado, foi indicado pelo PDT e atuou na antiga Secretaria Municipal do Trabalho, Emprego e Renda, de 2011 a 2013. O PDT é um dos partidos que fazem parte da base de Cruz.No processo, a Prefeitura questionou os argumentos apresentados pelo CRMV, apontando que o cargo de supervisor é de gestão e de livre nomeação do prefeito. O último ato do tribunal registrado no processo foi a abertura de vista a Cruz. Em seguida, a Prefeitura tomou a decisão de trocar a supervisão do parque.MudançasQuando alterou a presidência da Agetul, Cruz também mudou o comando de outras seis pastas: secretarias de Saúde, Administração e de Políticas para Mulheres, além do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores (Imas), Procuradoria Geral do Município (PGM) e Escritório de Prioridades Estratégicas.Esta reforma no secretariado foi sugerida pelo antigo Grupo de Apoio ao Prefeito (GAP), criado em junho de 2023 com o objetivo de criar estratégias para fortalecer o projeto de reeleição de Cruz. O principal nome do GAP era o marqueteiro Jorcelino Braga. No entanto, Braga deixou o papel de consultor de Cruz em dezembro do ano passado, após discordâncias com lideranças do Paço Municipal.

Prefeitura de Goiânia troca supervisão do zoológico

Política

Política - título

Matéria - Política

Recomendação do TCM

<img attr-cid="policy:1.3116415" attr-version="policy:1.3116415:1709854733" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3116415/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Recinto com placa de identificação vazia e mato alto: visitantes relatam sensação de abandono (Fábio Lima)

Inaugurado em 1956, o Zoológico de Goiânia está longe de ser uma unanimidade numa cidade que cresceu muito além de sua projeção inicial. Hoje localizado numa área central, cercado de condomínios verticais ocupados por classes abastadas, o parque não só ganhou maior visibilidade, como também se tornou um incômodo. As falhas no cuidado com o plantel, o mato que cresce muito no período chuvoso, obras inconclusas e até mesmo a presença de urubus, aves hoje aclamadas pela ciência pela sua importância ecológica, são reclamações constantes de quem vive ao lado ou de quem visita o parque.

Sob a responsabilidade da Agência de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul), da Prefeitura de Goiânia, o Zoológico conta atualmente com um plantel de 430 espécies, entre aves, mamíferos e répteis. Bem menos do que em 2009, quando havia cerca de 600 espécies e o parque viveu uma crise sem precedentes, com a constatação de morte de vários animais de grande porte. Em 2021, segundo dados da própria Agetul, eram 470 espécies. Naquele ano, o órgão entregou uma impactante intervenção, a revitalização do lago dos macacos, obra que custou R$ 2 milhões.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/nova-rede-de-drenagem-quer-mitigar-alagamento-no-lago-das-rosas-e-zoologico-1.2619504">Nova rede de drenagem quer mitigar alagamento no Lago das Rosas e Zoológico</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/cafe-filhote-de-mouflon-asiatico-ganha-novo-lar-no-zoologico-de-goiania-1.2565097">Café, filhote de mouflon asiático, ganha novo lar no Zoológico de Goiânia</a></div>

Nesta quinta-feira (7) o POPULAR percorreu o Zoológico de Goiânia e constatou que obras anunciadas em 2022 ainda não foram concluídas. A mais importante delas é o banheiro, mais centralizado, que não está funcionando e continua cercado de material de construção. “Se uma gestante precisar usar o banheiro precisa andar até lá e cima”, reclama uma visitante. Hoje está à disposição dos usuários apenas um banheiro, nas proximidades do recinto do urso. Para chegar lá é preciso ficar atento às indicações improvisadas que aos poucos vão desaparecendo em razão das chuvas e do sol.

“Estive aqui há 15 dias e todos os recintos estavam com mato muito alto. Hoje começaram a roçagem”, comentou a mãe de um garotinho de um ano que costuma levar o filho ali. Operários da Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg) comentaram que são escalados para a roçagem e poda no Zoológico quando são acionados, “em média de dois em dois meses”, disse um deles. Uma atendente de lanchonete disse que a limpeza só estava sendo feita porque uma equipe da TV Anhanguera esteve no Zoológico um dia antes, após denúncia de um telespectador. A reportagem apurou que a Agetul mantém um convênio com a Comurg para a roçagem e podas periódicas, com um repasse mensal em torno de R$ 70 mil.

Recintos e dezenas de estruturas de placas indicativas estão vazias. Também não avançaram as intervenções para melhorar a acessibilidade como foi prometido em 2022. Na ponte de madeira, logo no acesso principal do Zoológico, é visível o perigo, em especial para crianças, idosos e pessoas com pouca mobilidade. Para consertar danos, duas placas de madeiras foram instaladas na ponte, desniveladas, oferecendo risco de quedas para pessoas desatentas. Há cerca de um mês o Zoológico perdeu um de seus mais antigos colaboradores, uma espécie de faz-tudo em décadas de dedicação. Augusto, ou Tinhá, como era conhecido, tinha olhos de águia para problemas como esse. Ele morreu de enfarte aos 65 anos.

A obra anunciada pela Agetul em maio de 2022, na gestão de Valdery José da Silva Júnior previa aumento dos tanques em tamanho e profundidade, troca de vidros por material laminado no recinto dos grandes carnívoros, ampliação do pé direito no micário, reforma dos banheiros, melhorias nas escadarias, guarda-corpos e rampa de acesso, com instalação de piso tátil. Na época, o então presidente da Agetul explicou que seriam empregados quase R$ 1 milhão, dinheiro que estava parado desde 2011 no Ministério do Turismo. “Esses recursos seriam devolvidos para o governo federal em razão do prazo legal de dez anos, mas conseguimos reverter e mantivemos a captação”, informou ele na ocasião.

O espaço dos lobo-guarás ganhou melhorias, assim como o recinto das cobras, mas na área dos grandes mamíferos são visíveis os resquícios de obras não concluídas. “A grande maioria desses animais a gente vê na natureza, no lugar onde moramos”, contou um casal de Confresa (MT) que visitava o Zoo nesta quinta-feira (7). “Eu achei aqui meio abandonado”, comentou a mulher.

<h2>Mato serve de rota de fuga, diz supervisora</h2>

Para fortalecer a configuração política da base de apoio do Paço Municipal, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) nomeou em outubro do ano passado a enfermeira Daiane Vieira Lopes para o cargo de supervisora geral do Zoológico de Goiânia. Ela substituiu o médico veterinário Raphael Cupertino Teixeira Mello, que respondeu pela função durante quase 19 anos. A enfermeira foi nomeada depois que Danilo Alvino assumiu a presidência da Agetul. Ela foi indicada pelo vereador Juarez Lopes, que integra o grupo da deputada federal Flávia Morais (PDT).&nbsp;

Em resposta aos questionamentos do POPULAR, Daiane informou que, “quando necessário”, a roçagem do mato nos recintos é feita diariamente. Segundo ela, “alguns recintos ficam com pastagem mais alta para servir de rota de fuga e complemento de pastagem dos animais”. Sobre as placas de identificação, ela explicou que “já existe um processo de compra em andamento”. A supervisora geral do Zoológico explicou que não fala sobre as obras e que já está providenciando banheiros químicos para atender os visitantes até que a reforma do banheiro central seja concluída.&nbsp;

O engenheiro civil Heitor Antônio, da Agetul, afirmou que as obras no Zoológico começaram no primeiro semestre de 2023 e têm previsão de término ainda neste semestre. Segundo ele, grande parte do que foi anunciado já foi concluído, como o aumento dos tanques nos recintos dos grandes carnívoros. “A medida que o clima permite, os serviços estão sendo executados.” O engenheiro explicou ainda que o banheiro que está paralisado, “demanda apenas pequenos ajustes, já em andamento como pintura externa e montagem de louças e metais”. Segundo ele, “a entrega será em breve”.

<img attr-cid="policy:1.3116416" attr-version="policy:1.3116416:1709854734" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3116416/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Operários da Comurg faziam roçagem e poda nesta quinta-feira (7) (Fábio Lima)

<h2>Urubus são faxineiros alados</h2>

Ao longo da história os urubus são vistos como aves de mau agouro, sinistras, feias e sujas por se alimentarem de carniças. E, talvez por isso, ainda incomode tanto quem visita ou vive nas proximidades do Zoológico de Goiânia, o ponto da capital onde são mais vistos, no chão e no alto. Há muito tempo, porém, essas aves foram redimidas pela ciência, fato que pouca gente sabe. A espécie, principalmente o urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus), o mais conhecido e mais urbano, é aclamado por especialistas como lixeiros da natureza, daí a sua importância ecológica.&nbsp;

Como eliminam até 95% das carcaças de animais mortos (muitos são oferecidos na alimentação de algumas espécies que formam o plantel do Zoológico), contribuem para evitar a propagação de doenças e a multiplicação de microrganismos. As bactérias presentes nas carcaças causam doenças como botulismo, antraz, raiva e cólera que poderiam afetar outros animais, inclusive domésticos, e contaminar o lençol freático.&nbsp;

O urubu não é uma ave suja. Mais da metade do dia fica se limpando porque a plumagem precisa estar em perfeitas condições para decolar. E é lá do alto que consegue ver e sentir o cheiro do alimento disponível por causa da visão e olfato apurados. A espécie fica horas planando, aproveitando as correntes de ar quente.&nbsp;

Num movimento que nasceu na África do Sul e na Inglaterra, vários países do mundo já celebram o Dia Internacional de Conscientização sobre os Urubus. Ele é comemorado no primeiro sábado de setembro. Zoológicos do País, parques e instituições dedicadas ao estudo de aves de rapina têm atuado para ampliar o conhecimento da sociedade sobre a importância dos urubus para a natureza. E o recado é simples: “Quem vê cara, não vê coração.”

Visitantes se queixam de mato alto e obras sem fim no zoológico de Goiânia

Gestão

O Popular