A divulgação da lista de despachos do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a autorização para abertura de investigação contra nove ministros do governo federal, três governadores, 29 senadores e 42 deputados federais abalou o cenário político brasileiro.Segundo a lista, todos foram citados nos depoimentos de delação premiada de ex-diretores da empreiteira Odebrecht, no âmbito da Operação Lava Jato. Para o cientista político e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Pedro Célio Alves, o impacto direto da divulgação da lista de Fachin vai depender da reação imediata da opinião pública.Ouça a entrevista:“É um verdadeiro estupor diante da lista, por mais que todos já esperassem essa lista, por mais que já soubéssemos que seria uma lista muito recheada, muito numerosa, por mais que soubéssemos que ela abarcaria diferentes partidos políticos, diferentes níveis de autoridades. Agora a lista saiu de fato. Isso coloca algumas situações imediatas no processo político. Ela cria uma imobilidade imediata nas relações do Executivo com o Congresso Nacional, em especial, no que diz respeito a tramitação da reforma da previdência”, afirmou Pedro.