Não adianta querer comparar Amsterdã com alguma outra cidade. Simplesmente não dá. Ela é única. É cosmopolita como São Francisco, mas seu ambiente é diferente. Tem canais como Veneza, mas eles se integram ao meio urbano de outra forma. Tem muito de Paris e Londres, mas, menor que as duas metrópoles vizinhas, construiu um estilo de vida mais saudável e menos estressante. Com prostitutas oferecendo seus serviços em vitrines transparentes, cafés onde se compra maconha, festas em barquinhos que parecem não parar nunca, um conjunto de museus de fazer inveja até a grandes centros e uma população que adora pedalar e privilegia as bicicletas em sua mobilidade urbana, a capital holandesa reserva uma surpresa a cada esquina. Melhor dizendo, a cada ponte. Ponte é o que não falta. Amsterdã é um prodígio da engenharia. A cidade está abaixo do nível do mar e grandes diques em seus arredores impedem que tudo se inunde. Mas a água chega às suas ruas, literalmente. Os canais cortam toda a sua extensão e formam uma teia que faz o transporte por barcos um dos mais eficientes, sobretudo no verão. As embarcações com turistas estão por toda parte, navegando ou ancoradas. O turista tem ainda à sua disposição redes de pequenos trens que atendem todas as regiões da capital holandesa. Quem estiver mais em forma pode alugar bicicletas e se locomover pelos 400 quilômetros de ciclovias que trançam pelas ruas e parques. Estima-se que haja cerca de 700 mil bikes em Amsterdã que respondem por quase 40% do transporte local. Isso se reflete em qualidade de vida, que fica mais evidente nesta época do ano, de férias e sol. E a luz da Holanda é famosa, imortalizada em telas de gênios da arte, como Van Gogh e Vermeer. Os parques estão cheios de crianças, os bares abarrotados de jovens, as ruas repletas de gente de todas as idades. Amsterdã é uma cidade convidativa em vários aspectos. Tudo funciona e os turistas são bem atendidos, se sentem bem recepcionados e seguros. Há muitos pontos para informações, quase todo mundo fala inglês, tudo é sinalizado. O ideal é fazer longas caminhadas em torno dos canais, sempre com atenção nos ciclistas. Se por acaso ouvir o som de pequenos sinos é porque você está no caminho deles. Até as buzinas das bicicletas da capital holandesa têm seu charme singular.-Imagem (Image_1.371864)-Imagem (Image_1.371865)