A implantação de mais cinco corredores para o transporte coletivo de Goiânia e finalização do Corredor na Avenida T-63 volta a gerar insatisfação em comerciantes localizados nas vias que vão ganhar as obras de mobilidade. A maior discussão é por espaço, ou seja, estacionamento. Com redução das vagas devido aos corredores, lojistas temem perder a clientela que não teria lugar para parar o veículo. Para corroborar com a ideia, utilizam o exemplo de lojas fechadas na Avenida T-63 desde o ano passado, além da mesma situação nas Avenidas T-7 e T-9, que já estão com estacionamento proibido.O receio é tanto que o projeto do corredor preferencial na Avenida 24 de Outubro, no Setor Campinas, ainda nem está pronto e já é questionado por proprietários de comércios da via. O vice-presidente da Associação dos Empresários de Campinas, William Marcório, diz que os comerciantes temem que muitas lojas tenham de ser fechadas, de acordo com o que teria ocorrido na Avenida T-63. “Aqui não existe problemas de fluidez de trânsito, nem mesmo tem congestionamento, o único problemas que temos é a falta de estacionamento e o corredor do ônibus vai tirar justamente isso.”Atualmente, na 24 de Outubro, o estacionamento é alternado, ou seja, é permitido em uma quadra e na seguinte não, onde justamente há os pontos de ônibus. Marcório explica que muitos comerciantes dizem que as decisões da Prefeitura para o Setor Campinas são feitas sem diálogo e que não resguardam o comércio da região. O coordenador de Implantação dos Corredores Preferenciais da Companhia Metropolitana do Transporte Coletivo (CMTC), Domingos Sávio Afonso, relata que o projeto será sim debatido com a sociedade organizada assim que ele estiver definido. “Estamos agora mobilizados com a finalização do projeto para a Avenida T-7, não há uma data para trabalharmos com a 24 de Outubro”, conta.Presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg), Helenir Queiroz, diz que os empresários são favoráveis aos corredores, mas que eles devem ser feitos em diálogo com os comerciantes. “Na Avenida T-63 não teve negociação. Fizeram sem definir pontos de carga e descarga e rebaixamento das calçadas. O Corredor Universitário não teve tantos problemas porque foi mais planejado.” Em março do ano passado, quando o Corredor T-63 passou a funcionar e o estacionamento a ser proibido, os comerciantes organizaram diversos protestos, pois afirmavam estar no prejuízo.-Imagem (Image_1.622409)