Pesquisa feita pela geógrafa e professora do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais (IESA) da Universidade Federal de Goiás (UFG) Gislaine Cristina Luiz, em 2015, mostrou que o Setor Campinas é o bairro mais quente na cidade e a razão seria a falta de arborização e áreas verdes no local. “É importante a manutenção dos parques e das praças, especialmente para que se tenha condições de formarem corredores de arborização, o que melhoraria a qualidade do ar nesta época do ano”, diz Gislaine. Para ela, o que falta em Goiânia são as áreas entre os parques. Gislaine cita como exemplo os Parques Areião e Vaca Brava, que ficam isolados em uma mesma região da cidade e poderiam ser ligados por corredores de vegetação. “O Puama, se construído, seria um exemplo disso, sendo um parque linear”, avalia a geógrafa. O botânico e paisagista paulista Ricardo Cardim explica que o principal fator para importância da arborização urbana é a saúde pública. “Onde há arborização as pessoas são mais saudáveis, porque é capaz de diminuir a temperatura e melhorar a umidade do ar”, afirma. No caso de cidades com épocas de seca, como no Cerrado, “a vegetação tem papel fundamental para retirar água do solo”, segundo Cardim. Ele reforça ainda que áreas com maior biomassa vegetal, ou seja, com uma maior quantidade de árvores plantadas, como os parques, dão melhores resultados.