-Imagem (Image_1.1124595)Diretor de Comunicação do Uber no Brasil diz que a grande vantagem do serviço para quem trabalha na empresa é a flexibilidade de horário e o fato de que não existem chefes.Quantos motoristas do Uber existem hoje em Goiânia?A gente não divulga muito esse número porque ele não é tão importante quanto parece. Até porque não tem um perfil muito definido dos motoristas, tem gente que trabalha mais tempo por dia, gente que trabalha menos, então sempre marcamos que a meta importante é o tempo médio que o carro demora para chegar ao usuário. Aqui em Goiânia, está dando 3, 4 minutos, que é rápido, porque 5 minutos é o padrão. É o que a gente considera bom.Qual é o total de usuários hoje em Goiânia?Também não informamos isso. É um número que tem aumentado a nível de Brasil. Em janeiro deste ano, já era mais de 1 milhão de clientes em todo o País. Agora deve estar bem maior. Em dezembro de 2015, a gente completou um bilhão de viagens, agora chegamos a 2 bilhões. Ou seja, demorou cinco anos para chegar a 1 bilhão e, em seis meses, duplicou. É um crescimento exponencial.Há muitos novos motoristas, mas muitos afastamentos e desistências também. Esta é uma tendência esperada por vocês?O ponto legal da plataforma é exatamente a flexibilidade. Às vezes, as pessoas querem trabalhar neste modelo de não ter chefe nem horários fixos e, às vezes, preferem largar para ter um vínculo formal. É normal que um motorista trabalhe por um tempo, depois pare e, em seguida, caso precise de um dinheiro a mais, volte. O perfil é muito heterogêneo.Existe limite de motoristas?Quando a gente entra no mercado, avaliamos duas coisas: o desafio de mobilidade da cidade e a quantidade de carros. O mercado é basicamente do tamanho do total de carros. Se muita gente anda de carro, você tem, potencialmente, muita gente que pode deixar o carro em casa para usar o Uber. Não impomos limites, especialmente porque o mercado vem crescendo constantemente em todas as cidades.É possível ter renda suficiente, hoje, apenas como motorista do Uber?Olha, depende do seu perfil. O ponto na verdade é o tipo de oportunidade que a plataforma dá, que é a flexibilidade. Depende muito do que você quer. Tem gente que se dá muito bem com esse tipo de serviço.Motoristas reclamam que ganhos e custos estão quase empatando. Como equacionar isso?O ponto aí é como você vê o mercado. Quando você tem uma plataforma como o Uber, com um jeito específico de lidar com demanda e oferta, você consegue aumentar a demanda com a permanência do preço baixo. Quanto mais pessoas utilizando o serviço, mais o motorista trabalha por hora. O ponto é chegar num equilíbrio de preço em que você tenha viagens suficientes a ponto do motorista ganhar dinheiro e o usuário continuar usando.